É natural ser de direita, política, social e economicamente
falando, mesmo que as pessoas não percebam isso. E não percebem porque houve,
durante décadas, um esforço concentrado na educação para que se confundisse
solidariedade com valores de esquerda, valores que a dita “esquerda” não possui
nem pratica, apenas divulga.
Até certa idade é engraçadinho ser de esquerda, assim como os
primeiros passinhos de um bebê ou suas soltas palavras, aquela revolta adolescente
contra o mundo (na verdade contra os pais – que são o seu mundo), o romantismo
de algo fantasiado, aquele tempo de ser menino com coisas de menino.
Até certa idade, porque depois, basta um estudo mais sério e uma
capacidade de raciocínio um pouco mais desenvolvida para notar que a realidade
da esquerda é uma fábula, uma criminosa e mentirosa fábula, já comprovadamente
fracassada mundo afora, sendo o exemplo mais recente a Grécia e porque não
dizer o próprio Brasil.
Por que então tantos “adultos” defendem os ideais de esquerda?
De forma geral claro – porque traumas e psicopatias são traços
individuais –, mas num amplo leque é possível conjeturar que essas pessoas não
aceitam que tenham sido enganadas ou elas tem interesse em alimentar essa tragédia
na intenção de enganar outros e angariar votos ou ainda, necessitam de alguma
forma primária de atenção – são crianças mal resolvidas num corpo crescido.
Justiça social, distribuição de renda, igualdade humana não são
vínculos com a “esquerda”, ao contrário, onde essa ideologia nefasta conseguiu
o poder, o que se viu foi justamente um agravamento dessas condições, inclusive
com execuções sumárias e a implantação da pobreza generalizada, uma vez que
somente assim se domina um povo: pela violência e fome.
A direita sabe que um povo somente será forte e soberano quando
ressaltados a individualidade, responsabilidade e capacidade do cidadão, como
também sabe e pratica o cuidado e resgate para com os grupos mais fragilizados
dando-lhes, primeiramente, condições de lutar, seja por meio de assistência
social direta e específica ou por meio de educação realmente de qualidade, não
transformando essas pessoas em fornecedores eternos de sangue eleitoral.
O brasileiro necessitado aceita as benesses do Estado socialista,
mas não deseja ou reconhece que esse Estado tenha direitos sobre sua vida e
morte, longe disso, esse Estado invasivo é desprezado, ridicularizado e
hostilizado, porque esse povo sente que isso não é válido, é somente um
embuste, por mais que tenha, essa elite esquerdista, tentado convencê-los do
contrário, ela nunca conseguiu impor o que é antinatural.
A rejeição homérica à corrupção, à política social e
incompetência governamental concretizada nas manifestações pacíficas nacionais,
nas quais se misturam todas as classes sociais, é uma prova que nosso povo
maior não está ideologicamente comprometido com esse matiz vermelho, nem o
próprio governo está realmente (por força da situação caótica), somente alguns
bitolados mais embaixo, se considerando mais reais que o rei, não querem
enxergar o óbvio e ululante fracasso.
Uma das razões para tal comportamento de repulsa ao
Estado-pai-mãe é a simples constatação que dentro da sociedade civil quem mais
age em prol dos menos favorecidos são organizações de cunho direitista, onde
prevalecem a religião, os valores familiares e tradicionais, onde prevalecem as
convicções de que “eu posso fazer, não dependo do governo ou do dinheiro
público”.
– Quantas agremiações de socorro e amparo social de esquerda
existem no Brasil? As de ordem políticas são muitas, mesmo porque não precisam
fazer muita coisa, não se importam em fazer, querem que o seu deus-estado faça,
a culpa e responsabilidade não é pessoal.
Por isso e por muito mais, ser de direita é um orgulho, é a constatação
que homens e mulheres sérios e honestos se preocupam verdadeiramente com o bem
estar de sua sociedade, não fingem simplesmente, numa fuga da dura realidade
abraçando um discurso vazio e mentiroso – a direita trabalha e faz da justiça
social verdadeira um caminho diário, com ou sem governo.
Para os defensores da esquerda restam seus brinquedos de
infância e sua raiva mal disfarçada contra os adultos.
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