A busca para encontrar
a pessoa certa está cada vez maior, mais difícil e até cansativa para muitos.
As colocações são as mais variadas: “Me cansei de encontrar só pessoas
erradas”, “Que dedo podre que tenho”, “O
que fiz para não encontrar ninguém que preste para me relacionar?”.
Mas o que é a pessoa
certa?
É aquela que fará bem a
outra? A que suprirá suas carências? Ou ainda a que complementará a outra
parte, já que esta não consegue “ser” sozinha? Para uns, alguém que venha somar
e contribuir para uma parceria de ganhos em todos os sentidos, para outros a
necessidade de tirar o foco de si mesmo e se distrair olhando para fora, vendo
qualidades e se deliciando com tais características, que são admiradas aos seus
olhos.
Em contrapartida seus
defeitos estão em foco, para que possa criticá-los e assim não olhar para os
próprios, pois julgar o outro e dizer o que faria em seu lugar é bem mais fácil
do que entender o porquê esta pessoa o atraiu.
Aliás este é um tema
interessante, quem atrai quem?
Entendo que somos como
um imã, os padrões formados e existentes dentro de nós irão fazer com que me
vincule a determinadas pessoas ou não. Por este motivo cabe aqui algumas
reflexões: A importância de estar sempre me olhando, buscando a possibilidade
de mudança destes mesmos padrões para que minhas relações amorosas possam ser
cada vez mais saudáveis e de maior aprendizado. E ainda de utilizar minhas
escolhas como minha responsabilidade e não como uma escolha mal feita, que gera
a culpa e com isso a mágoa em relação a mim mesmo, o que decididamente não
ajuda nada a melhorar minha angustia.
Tenho casos em meu
consultório de relacionamentos amorosos que se repetem, se repetem e se
repetem. Observo que as críticas são constantes ao companheiro(a) e acredite: O
outro é como é, só muda se quiser.
Mas será que sempre é a
pessoa que terá que se adaptar à sua maneira?
Talvez seu olhar para
os tais padrões já ditos aqui, seja a saída para descobrir o porquê eles se
repetem. Penso que a busca saudável está em que tipo de relação você quer para
você e não o que fazer para mudar o outro.
Temos também a velha
ideia de que o amor é cego, já dizia o provérbio brasileiro: “Já que o amor é
cego, o importante é apalpar”.
Complemento que além de
cego, é autoritário, desrespeitoso, me parece muito mais a paixão que o amor,
pois quando nos apaixonamos, o objeto que é foco desta paixão é colocado em uma
“caixa mágica” e nela são depositados todos os desejos e expectativas de quem
os coloca.
É como a caixa de
pandora, que segundo a mitologia grega foi a primeira mulher criada por Hefesto
e Atena a pedido de Zeus e com ela a origem de todas as tragédias humanas com o
intuito de agradar os homens. Com a liberação de tudo o que existia em sua
caixa instalou-se a desordem no mundo terreno.
Fazendo este paralelo,
quando se destampa esta “caixa mágica”, a visão imatura, desrespeitosa,
autoritária e infantilizada é liberada e aí se dá a necessidade de tapá-la
novamente colocando então nossas expectativas e ideais em relação ao nosso par.
A partir daí instalam-se a frustração, a decepção e o desejo que a atitude
tenha que ser do outro e as acusações em relação a seu comportamento acontecem
e o ciclo vicioso é completado.
Enfim, a pessoa que
atraio hoje para mim está adequada para relação amorosa que quero ter?
A boa notícia é que o
autoconhecimento que gera a mudança te possibilita atrair a pessoa que quer e
que é a mais adequada para o momento do aprendizado que você necessita, afinal
somos seres em constante evolução.
Considere a
possibilidade de sair da posição de vítima e seja o autor da sua vida, com
tanta angústia, tristeza e cansaço, não existe a menor possibilidade de você
atrair alguém que valha a pena. Você pode produzir qualquer coisa com seus
pensamentos, foque o que você quer e realize.
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