sábado, 30 de outubro de 2021

MAPAS DE CALOR DA NASA: UMA ARMA PARA COMBATER O AQUECIMENTO GLOBAL

Mapas de calor, como os feitos pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), são ferramentas imprescindíveis no monitoramento do clima e da natureza. Recorrendo à tecnologia de última geração, é possível obtermos imagens feitas por satélites que mostram com detalhes as condições climáticas de determinadas regiões do mundo e, mais importante do que isso, registram as mudanças climáticas que tanto ameaçam ecossistemas inteiros e a vida do ser humano na Terra.

Para entender melhor como esses mapas de calor funcionam e de que modo é possível utilizá-los no meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas, o Mega Curioso conversou com o professor de Geografia Baker Perry, da Appalachian State University e explorador da National Geographic.

Habitamos um mundo muito diferente daquele onde vivemos anos atrás

“Os mapas de calor feitos pela NASA mostram que habitamos um mundo muito diferente daquele onde vivemos anos atrás”, afirmou Perry ao ser questionado sobre como essa ferramenta pode ser importante para entendermos o clima atual. “Estamos mais quentes do que antes, e áreas específicas do planeta se aqueceram muito mais do que a média global”.

Aquecimento global acelerado

Desde 1880, a temperatura média da superfície da Terra vinha crescendo 0,07 °C a cada década. Porém, a partir de 1981, esse valor subiu para 0,18 °C, o que parece pouco, mas é extremamente relevante. No total, desde o século XIX, a média da temperatura do planeta subiu 1,18 °C, uma mudança impulsionada em grande parte pelo aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e outras atividades humanas.

A maior parte do aquecimento ocorreu nos últimos 40 anos, com os 7 anos mais recentes sendo os mais quentes de todo o período registrado até hoje. Os anos de 2016 e 2020 estão empatados como os anos mais quentes já medidos.


E a Era do Gelo?

Antes que falem que tudo isso se trata de um ciclo natural de aquecimento e resfriamento da Terra, tendo a famosa “Era do Gelo” como referência, podemos usar dados concretos para mostrar que o problema é muito pior e de origem artificial.

As áreas mais geladas do mundo sofreram um aquecimento tremendo

Nos últimos 650 mil anos, 7 ciclos de avanço e recesso glacial aconteceram na Terra, com o fim da última Era do Gelo tendo acontecido há cerca de 11,7 mil anos. Quando comparamos os níveis estimados de dióxido de carbono na atmosfera, a marca de 300 partes por milhão nunca havia sido ultrapassada em nenhum desses ciclos. O valor foi superado no ano de 1950 e de lá até hoje apenas nunca mais diminuiu como já bateu as 400 partes por milhão, além de continuar subindo vertiginosamente.


Esse gráfico, baseado na comparação de amostras atmosféricas contidas em núcleos de gelo e medições diretas mais recentes, fornece evidências de que o COatmosférico aumentou desde a Revolução Industrial. (Fonte: NASA)

“Áreas mais geladas do mundo, como o Oceano Ártico, parte norte da América do Norte, Sibéria, todas elas sofreram um aquecimento tremendo”, contou Perry. Para o especialista, as grandes mudanças nessas áreas, com a perda de grandes massas de gelo, são reflexo direto dessa alteração na temperatura média da atmosfera.

O tempo ficou “doido”?

Todo esse clima “maluco”, como muitas pessoas enxergam temporadas quentes durante o inverno ou climas secos quando deveria estar chovendo, entre outros aspectos, também é reflexo do aquecimento global.

“Sempre houve um certo grau de variação no clima, mas evidências fazem que a comunidade científica concorde que estamos vendo cada vez mais climas extremos, especialmente no que diz respeito à quantidade de chuvas e, por consequência, alagamentos”, explicou Perry. “O aumento do calor faz que mais água evapore e mais tempestades aconteçam”, ele concluiu.

As mudanças no Ártico também estão diretamente relacionadas a esses problemas climáticos. O ciclo funciona assim: o derretimento das calotas no polo gera correntes de ar mais “onduladas”, que se estendem mais para o Sul e não se movem rapidamente como deveriam. Isso faz as ondas de calor no Hemisfério Norte serem mais duradouras e as altas temperaturas aumentarem a precipitação. Paradoxalmente, essas tempestades vão, posteriormente, favorecer temperaturas frias mais extremas em outra estação ou locais diferentes, ou seja, o clima está mesmo ficando “louco” e isso é preocupante.

A ciência do nosso lado

Se tudo isso está acontecendo, como explicar para as pessoas que o aquecimento global é uma realidade em um contexto em que a ciência é cada vez menos levada a sério?

“Uma abordagem possível é contar histórias sobre como as pessoas são afetadas por isso. Em minhas aulas, falo sobre experiências próprias em ver paisagens, como a do Himalaia, dos Andes e de outras cadeias de montanhas, completamente alteradas, com geleiras que retraíram ou, em alguns casos, até desapareceram”, conta o explorador. “Mas mais do que isso, devemos falar sobre como isso impactou diretamente pessoas e comunidades que vivem nesses locais”.

Para Perry, o mais importante na hora de enfrentar a negação da ciência é construir relações saudáveis com as pessoas e derrubar barreiras que nos separam. “Podemos usar mapas como esses e nos aprofundar nos dados, conversar a respeito deles, ver de onde vieram, o que querem dizer, olhar para os padrões e para o fato de que essa é a melhor compreensão que temos sobre as mudanças climáticas”, ele falou.

Quem é o culpado pelo aquecimento global?

Quem é bem-informado e entende minimamente de aquecimento global sabe que os abusos do mundo moderno colaboram demais para isso tudo ocorer. Mas o quanto da culpa é nossa como indivíduos — tomando banhos demorados, usando aquecedor no inverno e ar-condicionado no verão — e quanto isso é causado por grandes empresas, fábricas, instituições de produção massiva que afetam ativamente o meio ambiente?

Quanto mais os indivíduos e as famílias tomarem atitudes para viver de maneira mais sustentável, melhor

Para Perry, é menos uma questão de quem é o culpado e mais de quem deve se conscientizar: “O esforço tem que ser feito em todos os níveis. Quanto mais os indivíduos e as famílias tomarem atitudes para viver de maneira mais sustentável, melhor, isso é importante. E quanto mais isso acontecer, mais pessoas vão cobrar as grandes corporações de tomarem medidas de prevenção, trabalhando em paralelo como instituição e sociedade, tanto para um bem ecológico quanto para o próprio bem econômico”.

 Rafael Farinaccio.

 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Narcisista: Alguém que pensa que é melhor do que os outros!

PROVAVELMENTE, VOCÊ CONHECEU UM NARCISISTA. ALGUÉM QUE PENSA QUE É MELHOR DO QUE TODOS, DOMINA A CONVERSA E ADORA OS HOLOFOTES.

Mas os cientistas estão cada vez mais percebendo que nem todos os narcisistas são iguais – alguns são, na verdade, extremamente inseguros.

Na mitologia grega clássica, o caçador Narciso era filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liriope. Ele era conhecido por sua beleza e físico excepcionais. Um dia, quando Narciso estava caminhando na floresta, a bela ninfa Eco o viu e se apaixonou por ele. No entanto, ele rejeitou seu afeto, deixando seu coração partido.

Como punição, Nemesis, a deusa da vingança, o atraiu para uma piscina onde ele encontrou seu próprio reflexo pela primeira vez. Narciso se apaixonou por seu reflexo e, finalmente percebendo que seu amor não poderia ser correspondido e definhou até a morte.

Não se deixe enganar por um narcisista

O mito de Narciso nos alerta sobre os perigos do amor-próprio excessivo, da obsessão por si mesmo e da falta de empatia pelos outros.

Esse mito, teve uma profunda influência na cultura, arte e literatura ocidentais.

O narcisismo também é um tópico popular na psicologia. O médico inglês Havelock Ellis identificou o narcisismo como um transtorno mental no final do século XIX.

Sigmund Freud considerou o narcisismo uma parte normal do desenvolvimento de uma criança, mas argumentou que poderia se tornar um transtorno se persistisse após a puberdade até a idade adulta.

Na psicologia moderna, o narcisismo é geralmente conceituado como um traço de personalidade, que se encontra em um espectro.

Algumas pessoas são mais narcisistas, outras nem tanto. O narcisismo geralmente envolve uma visão exagerada de si mesmo, um senso de superioridade e direito e uma falta de preocupação com os outros. O retrato acima de um narcisista é familiar. Mas não é o único.

Grandioso versus vulnerável

Em uma pesquisa realizada pela Online Library, oi identificado dois tipos de narcisismo: o grandioso e o vulnerável.

Os narcisistas grandiosos são arrogantes, dominantes e extrovertidos. Eles tendem a ter autoestima elevada, são ousados ​​e assertivos e se sentem felizes e confiantes em suas vidas.

Os narcisistas vulneráveis, por outro lado, são retraídos, neuróticos e inseguros. Eles tendem a ter baixa autoestima, ser hipersensíveis e sentir-se ansiosos e deprimidos.

No entanto, esses dois tipos de narcisistas também têm algo em comum. Ambos são egoístas, sentem-se com direito a tratamento e privilégios especiais e se relacionam com os outros de maneiras antagônicas.

Você pode ser capaz de reconhecer os dois tipos de narcisistas pela forma como eles se comportam em situações sociais.

Narcisistas grandiosos são socialmente competentes. Eles tendem a ser dominantes e charmosos.

Os narcisistas vulneráveis, por outro lado, são menos qualificados socialmente. Eles tendem a ser tímidos e ansiosos em situações sociais.

Além do mais, enquanto os narcisistas grandiosos são francos e assertivos na busca de seus objetivos, buscando maximizar o sucesso, os narcisistas vulneráveis ​​são tímidos e defensivos, procurando minimizar o fracasso.

Em nossa pesquisa, examinamos os motivos sociais e as percepções de narcisistas grandiosos e vulneráveis.

Em particular, investigamos seus desejos de alcançar status social e inclusão social. Também verificamos se eles sentiam que tiveram sucesso em alcançar status social e inclusão social.

O status social refere-se a ser respeitado e admirado pelos outros. É se destacar e ser visto como uma pessoa importante na hierarquia social.

Em contraste, inclusão social refere-se a ser amado e aceito pelos outros. Envolve um bom relacionamento com os outros como parte da comunidade social.

Qualquer pessoa pode ter ou desejar tanto status quanto inclusão, apenas um dos dois ou nenhum.

Por exemplo, no programa de TV Os Simpsons, o personagem do Sr. Burns tem status elevado, mas não é particularmente apreciado e aceito, enquanto o personagem de Homer Simpson é muito querido e aceito, mas não tem status elevado.

Foram realizados dois estudos, recrutando 676 adultos baseados nos Estados Unidos. Avaliamos seus níveis de narcisismo grandioso e vulnerável. Também avaliamos até que ponto eles desejavam status e inclusão, bem como até que ponto sentiam que haviam alcançado seus objetivos.

Descobriram que tanto os narcisistas grandiosos quanto os vulneráveis ​​desejavam fortemente o status social. Curiosamente, enquanto os narcisistas grandiosos achavam que foram bem-sucedidos em alcançar esse status, os narcisistas vulneráveis ​​achavam que não tinham o status que mereciam.

Além do mais, os narcisistas grandiosos não achavam que haviam alcançado a inclusão social, mas também não a desejavam particularmente. Em contraste, os narcisistas vulneráveis ​​também achavam que não haviam alcançado a inclusão social, mas a desejavam fortemente.

Narcisistas grandiosos, portanto, sentiam que haviam alcançado seus objetivos sociais, mas os narcisistas vulneráveis ​​não.

Ambos os tipos de narcisistas anseiam pelo respeito e admiração dos outros. Mas enquanto os narcisistas grandiosos podem ser estrelas no palco interpessoal, capturando triunfantemente os holofotes, sua contraparte vulnerável pode ser um ator pouco à espreita, buscando ressentidamente, mas não conseguindo obter, os aplausos que anseiam.

Bom, agora você sabe que nem sempre o narcisista se mostra como o “bonzão” e super seguro, existem também os vulneráveis, que estão a espreita, mas sabem muito bem o que fazer para se darem bem, ambos não estão preocupados como o como, são egoístas e querem o status social a qualquer custo.

VOCÊ CONHECE ALGUÉM ASSIM?

Por: Resiliência Humana

 

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Dicas para combater depressão e ansiedade sem medicamento


10 dicas para combater depressão e ansiedade sem medicamento


Psiquiatra com vasta experiência em psicofarmacologia a americana Sheenie Ambadar diz que seria muito fácil para ela basear seus tratamentos exclusivamente em medicamentos psiquiátricos.
As medicações psiquiátricas tem ação rápida e ela as recomenda regularmente em seu consultório para tratar uma série de problemas que vão desde depressão e ansiedade ao transtorno bipolar e insônia crônica.
Apesar disto ela está sempre atenta a outras formas igualmente importantes para melhorar estas patologias diretamente ligadas ao humor e ao bem-estar.
Alguns métodos são relacionados aos nossos modos de pensar e comportamentos diários.
Dentro deste contexto cita 10 dicas preciosas para melhorar principalmente a depressão e ansiedade sem medicação.

 

1. Limite seu tempo nas redes sociais virtuais
Quando as redes sociais são usadas como uma ferramenta ocasional para manter contato com amigos ou ficar no circuito social, pode ser uma distração útil. No entanto, quando são usadas para manter o controle constante sobre os outros ou para promover certa auto-imagem pode ter efeitos negativos como levar à insegurança, ciúmes, sentimentos errados de superioridade ou alternativamente sentimentos de inadequação. Limitando o tempo em sites de mídia social será uma das melhores coisas que você fará para sua saúde mental.

2. Pare de viver a vida de alguém
Muitas vezes a depressão ocorre quando acordamos um dia e percebemos que não estamos vivendo nossos sonhos e sim tentando agradar nossos pais, cônjuge, filhos ou amigos.
Sua vida é sua. Você é o único criador ou destruidor dela, mais ninguém.
Se você precisa estabelecer limites ou desgarrar de certas influências negativas na sua vida, que assim seja. Desenvolver a coragem de seguir a nossa própria estrela-guia pessoal levanta a auto estima reduzindo a sensação de estar preso.

3. Escreva sempre que puder
Manter um diário privado ou um registro por escrito de seus pensamentos pode ser uma das maneiras mais eficazes de lidar com transtornos de humor. O simples ato de escrever nossos pensamentos e sentimentos pode servir como uma catarse profunda e é especialmente útil se temos dificuldade de nos expressar verbalmente. Muitas vezes simplesmente nos sentimos melhor e menos estressados após uma triagem sistemática de nossas emoções na página escrita.

4. Pare de se comparar aos outros
Comparando-nos com outras pessoas é uma das maneiras mais rápidas para agravar a depressão e ansiedade. Claro que isso pode às vezes nos motivar a trabalhar mais, porém na maioria dos casos não é o que acontece. Esta comparação é desnecessária e um tremendo desperdício de tempo e energia. O vizinho ou amigo que você inveja por seu carro de luxo ou uma casa enorme ou corpo perfeito tem tantos problemas quanto você (se não mais). Tente se concentrar em si mesmo, na sua própria melhoria, na sua própria vida.

5. Tome suas vitaminas
Eu recomendo rotineiramente tanto óleo de peixe quanto as vitaminas do complexo B que trazem resultados muito positivos. Estudos mostraram que tomar óleo de peixe como suplemento contendo o potente Omega 3 podem ajudar com os sintomas de depressão, ansiedade e até com o transtorno bipolar. Além disso toda a gama de vitaminas do complexo B incluindo as vitaminas B12, B6 e o ácido fólico, podem ser úteis na regulação do humor.

6. Converse com as pessoas, com qualquer um
Muitos pacientes deprimidos se sentem solitários, sozinhos e sem amor. Às vezes passam dias ou mesmo semanas sem ter uma conversa com outro ser humano. Este grau de isolamento agrava exponencialmente humor. O simples ato de falar com outra pessoa, de abrir a boca e deixar que as palavras saiam pode melhorar o humor instantaneamente. Diga oi para o funcionário amigável no supermercado ou casualmente cumprimente alguém no ônibus. Provavelmente você se sentirá melhor imediatamente!


7. Tenha sempre um objetivo, uma meta
Realmente não importa se você tem um objetivo pequeno ou grande o importante é ter. Uma vida vagando sem rumo e sem propósito cria uma sensação de desconforto e frustração, contribuindo significativamente para sentimentos negativos. Mesmo um objetivo tão simples como “eu quero perder quatro quilos em dois meses” é uma ótima maneira de botar para fora a tristeza. Se você se dedicar a algo que tem significado pessoal para você sua vida terá mais sentido e foco. Escolha metas alcançáveis mais fáceis de conquistar e observe a elevação do seu humor em pouco tempo.

8. Leia sobre espiritualidade ou Astronomia
Isto pode parecer uma sugestão estranha, mas mesmo para os ateus e agnósticos obstinados por aí, lendo livros sobre espiritualidade ou astronomia pode ajudar a ver um “enorme cósmico universal”. Ponderando sobre as grandes questões da vida e enxergando a enormidade e complexidade do universo poderá nos ajudar a levar os nossos pequenos “Eus” um pouco menos a sério!

9. Tire um tempo só para você
As pessoas que reservam um tempo para si por dia ou por semana, seja por meio de meditação, yoga, ler um bom livro, uma oração diária, ou mesmo um banho quente demorado, muitas vezes se sentem mais calmas, em paz consigo mesmas e com o mundo.
Este “time” mesmo que seja apenas 15 minutos por dia pode impedir que as dificuldades diárias e disputas mesquinhas da vida te derrubem e ajuda a manter o controle sobre sua vida.

10. Trabalhe sua felicidade, ela não virá sozinha
A felicidade é um estado de espírito que requer prática, esforço e vigilância. Você tem que estar disposto a dar uma olhada sobre sua vida, cortar maus hábitos, pessoas negativas, fazer mudanças em suas expectativas internas e de comportamento.
Mas relaxe! Você tem todo o tempo do mundo. Não leve tudo tão a sério e faça as coisas no seu ritmo.
Daqui a dez mil anos a partir de agora, você não vai estar aqui. Até mesmo toda a raça humana pode não estar aqui! Então, tente ter a vida mais agradável e tranquila que você puder pois nosso período de tempo no planeta Terra é muito curto!
Você merece!

Fonte:dUniverso.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Like não é afeto, seguir de volta não é amizade e rede social não é vida real!


 

Like não é afeto, seguir de volta não é amizade e rede social não é vida real!

Estamos carentes. No fundo, somos carentes. Embora a gente tente viver sem ter que contar muito com os outros, existem momentos que parecem pedir a presença de alguém.

É perfeitamente possível ir ao cinema, a bares, a shoppings e a baladas sozinho, bem como curtir a própria casa sem companhia alguma. Porém, em determinadas situações, poder contar com alguém faz diferença.

Com a pandemia, as redes sociais foram importantes para que pudéssemos manter o contato com as pessoas que amamos, muitos de nós precisamos nos conectar online, relegando os encontros da vida real ao quase esquecimento.

 É possível bater papo em chats virtuais, inclusive escolhendo assuntos de interesse, entre outros, o que traz a ilusão de companhia verdadeira. Mas não: há uma tela separando os interlocutores, o que encoraja muitos a fingir, mentir, mascarar.

NÃO DÁ PARA CONFIAR APENAS NO QUE O OUTRO DIGITA, OU MESMO EXPÕE VIA WEBCAM.

Somos seres gregários, somos sentimentos e precisamos de troca de energia, de sentidos, de contato, de afeto. Precisamos de proximidade, de olho no olho, de abraços apertados.

Pode ser até bom conversar virtualmente com alguém que parece nos entender e nos conhecer bem, porém, o calor humano jamais será substituído por palavras ao longe.

Saber que tem alguém que virá até nós, quando assim for preciso, acalenta e acalma a nossa alma.

Sua conta no Instagram pode ter milhares de seguidores, sua lista de amigos no Facebook pode ser imensa, você pode participar de inúmeros grupos no WhatsApp, mas quem realmente se importa com você, a ponto de responder, ali ao lado, às suas chamadas doloridas, muito provavelmente é a pessoa que faz questão de se encontrar pessoalmente com você.

E, para essa pessoa, não importa a duração ou a frequência desses encontros e sim a intensidade da verdade que seu afeto carrega.

A GENTE ACHA QUE SE BASTA, QUE NÃO PRECISA DE NINGUÉM, MAS NEM SEMPRE É ASSIM, AMIZADE VERDADEIRA É FÔLEGO PARA A ALMA E FORTALECE O CORAÇÃO.

Quando o abismo abre sob nossos pés, a gente tenta procurar mãos que nos sustentem e abraços que nos confortem.

Um amigo, um irmão, um amor, não importa: nossa escuridão acaba procurando a luz no olhar de um outro além de nós.

A fé nos fortalece e é imprescindível, mas a luz de uma amizade que se importa com a gente nos empurra, faz a gente esperançar coisas melhores.

Se você se sente sozinho e acredita que não tem com quem contar, está na hora de procurar ajuda profissional para abrir caminhos para novos relacionamentos, mais reais e honestos.

Robson Hamuche.

 

 

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Estudo aponta que restrições contra a covid podem ter tido eficácia para outra doença

Vão fazer dois anos que o mundo, com raríssimas exceções, passou a viver sob restrições e recomendações radicais de distanciamento social. A maioria de nós está usando máscaras, mais atenta a higiene das mãos, mais atenta a higiene das superfícies, evitando aglomerações e tomando cuidados. O objetivo de todas essas ações é um só: frear o avanço da covid-19. Mas e se essas mesmas medidas tiverem tido afetado outra doença também?

As restrições contra a covid-19, adotadas pela maioria dos governos do mundo, são recomendadas contra doenças virais respiratórias, a maioria delas. A covid, assim como outros vírus, se espalha pelo ar principalmente – embora também possa ser transmitida indiretamente pelo contato com superfícies contaminadas. Então, partindo dessa lógica, um “lockdown” mundial pode ter sido eficiente contra muitas das doenças respiratórias virais, certo? Ao que indica um novo estudo, sim.

O estudo foi publicado na Nature Reviews Microbiology e sugere que as medidas contra a covid-19 podem ter sido capazes de extinguir, pelo menos, duas linhagens inteiras da gripe. Por que isso é importante? A gripe pode parecer uma doença inofensiva, afinal de contas a maioria das pessoas já teve, ou vai ter. No entanto, não se pode esquecer que a gripe ainda é causada por um vírus que, assim como a Sars-Cov, tem sido capaz de evoluir e se transformar.

A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Melbourne e sugere, dentre várias coisas, que linhagens inteiras da gripe foram extintas. Mas não é só isso, o estudo aponta que linhagens sobreviventes da gripe foram estruturalmente afetadas. Isso é resultado das medidas contra a covid-19, que foram adotadas de forma global.

A pandemia de SARS-CoV-2 viu uma redução global notável nos casos de influenza dos vírus A e B”, apresentam os responsáveis pela pesquisa. “Em particular, a linhagem B / Yamagata não foi isolada de abril de 2020 a agosto de 2021, sugerindo que esta linhagem de influenza pode ter se tornado extinta, o que pode fornecer oportunidades para melhorar a disponibilidade e eficácia das vacinas contra influenza.

Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D – embora, como humanos, realmente só precisemos nos preocupar com A e B, já que o tipo C geralmente causa apenas doenças leves e o tipo D infecta apenas gado. A gripe A, que muda rapidamente e é diversa, é o tipo que causa as pandemias. Os clados da influenza B – por exemplo, B / Yamagata – tendem a se limitar a surtos de gripe sazonal.

Apesar de os tipos de Influenza B evoluírem mais lentamente, os epidemiologistas ainda conseguem ver algumas dezenas de novos vírus se desenvolvendo por mês. Desde março de 2020, no entanto, nenhum vírus B / Yamagata foi detectado. Até mesmo certos vírus Influenza A foram reduzidos, com o número de detecções de vírus H1N1 (também conhecido como gripe suína) e H3N2 caindo uma ordem de magnitude ano após ano.

É claro que isso não significa que não existe mais gripe ou que não devemos mais nos preocupar. Pelo contrário! Também é importante lembrar que este é um estudo local, que analisou dados locais. Sendo assim, embora seja uma descoberta incrível, ainda diz respeito apenas a uma área específica e precisa ser continuado em novas análises.

 

Roberta M.

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Angústia: Quando a pessoa tem tudo e não consegue ser feliz com nada

Ter metas e objetivos claros dão sentido a nossa vida, mas quando temos tudo que qualquer um daria a vida para ter e, mesmo assim, não conseguimos nos sentir satisfeitos, esse é um claro sinal de que vivemos uma patologia: a insatisfação crônica.

Você conhece alguém que tem tudo o que você sempre quis e, mesmo assim, reclama, sente angústia e não consegue sentir prazer em viver?

Ele claramente é um privilegiado e, sabe disso, mas não consegue se sentir satisfeito com a própria vida. O seu foco sempre está no problema, quando não é seu, é do outro e, por isso, ele sente que alguma coisa sempre está errada, que algo sempre falta, nada é o bastante, mas quando ele para e analisa a sua vida, ele percebe que tem tudo. Então onde está o problema?

Sentir que algo te falta deveria ser motivo de busca e não de reclamação, deveria te impulsionar a ir de encontro a satisfação, mas muitas pessoas, desenvolvem uma habilidade sabotadora de alimentar insatisfações, em vez de, valorizar as suas conquistas, esse comportamento gera angústia, um sentimento que não se sabe explicar.

A angustia chega, geralmente, quando não nos conhecemos, quando nos perdemos no corre-corre mundano e não damos atenção ao que estamos sentindo.

A essa confusão de sentimentos chamamos de angustia.

Quando temos a percepção da ausência do que queremos, desejamos suprir, porém, existem pessoas que possuem tudo e ainda assim, querem mais, criam expectativas irreais e sofrem diante da ilusão de uma vida sem problemas.

 A falta de “não se sabe o que” nos comove e nos move à conquistar aquilo que, para nós, seria o ideal, porém, quando o ideal já foi conquistado, e mesmo assim, sentimos falta de algo, isso revela que a falta que sentimos é de nós mesmos.

O ser humano é movido por prazer

Para se sentirem satisfeitos diante da vida, os seres humanos precisam da sensação de prazer. O cérebro libera dopamina, um dos neurotransmissores que causa maior dependência, por ser altamente euforizante.

As primeiras conquistas são sempre de maior impacto emocional, por marcar profundamente as circuitarias neuronais com a sensação de prazer do desejo realizado.

 Em busca dessa primeira experiência, seguimos tentando resgatar essa mesma memória afetiva positiva, com deslocamentos e substituições. Já que a experiência original jamais se repetirá.

Ao perceber que é impossível sentir prazer o tempo todo, o ser humano cultiva frustrações.

Mesmo diante de suas conquistas, muitas pessoas se sentem insatisfeitas e buscam diariamente algo que seja capaz de liberar novamente uma “cascata de dopamina” em seu cérebro.

A isso chamo de “insatisfação crônica, quando a pessoa está viciada em prazer e não conseguem valorizar o que já possui.

 Nesses tempos onde a preocupação é de parecer ser e não de ser efetivamente, a pessoa troca a essência pela aparência, e sofre os efeitos colaterais de uma vida inautêntica.

Essa insatisfação cronificada, retira o colorido dos dias. Com a vida emocional nublada, o que sobra é um manto de insatisfações a pesar sobre os ombros.

Nosso cérebro primitivo tende a sentir as emoções negativas com maior intensidade, por ser estas, altamente necessárias à sobrevivência e preservação da espécie, esse é um registro pré histórico que nos manteve vivos até então.

Compreender esse mecanismo, nos faz aceitar o programa biológico, porém, nos retira a competência de desenvolver um sistema emocional/racional equilibrado e lógico.

Nosso cérebro é um equipamento biocomputacional, de alta performance, basta sermos um programador a altura da competência dessa ferramenta, para desenvolvermos “softwares” que promovam a reconfiguração e formatação mais adaptativa e funcional do nosso sistema original.

É possível quebrar a corrente que nos prendem a insatisfação crônica, porém, precisamos antes de mais nada desenvolver a capacidade de nos sentir gratos pela nossa vida e por tudo de bom que existe nela. Essa gratidão traz alegria a vida, e a alegria é um combustível que promove a satisfação pelas pequenas coisas.

Quando efetivamente, colocamos as coisas à serviço das pessoas e não invertemos a posição dessa relação sujeito x objeto, conseguimos entender de fato o para quê, em vez de, por quê estamos aqui.

A existência humana não é uma pergunta sem resposta. Mas cada um precisa dar um sentido para a própria vida, precisa encontrar um propósito que promova o bem-estar não apenas de si mesmo, mas para os outros e para o mundo de uma forma geral.

 Quando o que fazemos, ou o serviço que prestamos não gera esse bem que é necessário para nos sentirmos realizados, por mais que ele nos conceda prazeres imediatos e gere um bom retorno financeiro, internamente, não nos sentimos satisfeitos.

A SATISFAÇÃO NASCE DO BEM QUE REALIZAMOS E SE, CONTINUAMENTE, PROMOVEMOS O MAL-ESTAR, COM PENSAMENTOS, EMOÇÕES, SENTIMENTOS E AÇÕES NEGATIVAS, PODEMOS TER TUDO, MAS NUNCA NOS SENTIREMOS SATISFEITOS COM NADA.

Se você se sente assim, insatisfeito, mesmo tendo muitos motivos para se alegrar, está na hora de procurar ajuda profissional para se curar dessa insatisfação crônica, não acha? Essa insatisfação poderá te levar a desenvolver patologias físicas, mentais e emocionais, não negligencie isso.

O que você acha que leva uma pessoa que tem tudo a se sentir infeliz com a própria vida?

Fabiano de Abreu

 

domingo, 17 de outubro de 2021

VOCÊ SABIA QUE O RIO AMAZONAS 'TEM RAÍZES' NA ÁFRICA?

 

Durante muito tempo, africanos e sulamericanos disputaram quem tinha o rio mais longo do mundo: o Nilo ou o Amazonas. Cada um tem quase 7 mil quilômetros de comprimento e essa disputa é bem difícil de resolver, porque depende de onde você começa a medir e quais são seus métodos para isso. Ainda assim, em termos de fluxo de água, o Amazonas deixa o Nilo, com uma vazão de 209 mil m3/s por segundo — mais que os sete outros maiores, juntos!

Independentemente de quem é o maior, a África também tem papel na formação do nosso maior rio — e seu nascimento está ligado a outro rio importante do continente, o Congo.

  


A bacia do Amazonas é a maior do mundo (Imagem: Wikimedia Commons)

As origens em Gondwana

Você talvez se lembre, das aulas de geografia na escola, que o mundo já teve apenas um grande supercontinente, que depois se dividiu em dois. Um deles era Gondwana, que era formado pela América do Sul, África, Antártica, Austrália e o sub-continente indiano. 

É lá que começa a história do Rio Amazonas, em um grande curso d'água que atravessava o continente. Esse curso era unido com aquele que formaria a bacia do Rio Congo. Quando os dois continentes se separaram, cada rio iniciou sua história particular.

Do lado de cá, conforme a placa tectônica sul-americana se aproximou da de Nazca, uma montanha foi formada onde hoje está o nordeste brasileiro, fechando o fluxo com o Oceano Atlântico. Nessa época, o Rio Amazonas corria "ao contrário" desaguando no Pacífico.

Contudo, milhões de anos depois, nossa placa se chocou com a de Nazca, começando a formação dos Andes. Na medida em que a cadeia de montanhas foi ficando mais alta, o Rio Amazonas não conseguiu mais desaguar no Pacífico. Com isso, se formou um grande mar (ou lago) no meio da América do Sul. 

É legal observar que, nessa separação, diversas espécies de água doce surgiram — como os botos, que são parentes dos golfinhos que vivem no mar. Também há diversos tipos de raias que vivem no Rio Amazonas que tem origens comuns com animais do Oceano Pacífico.

Então o mar virou rio

Durante uma era glacial, o grande mar começou a tomar a forma de um rio e milhões de litros de água dos Andes se integraram à bacia amazônica, contribuindo para que ela se tornasse a maior do mundo. Além disso, a erosão e outros fenômenos, ao longo dos anos, fizeram com que as montanhas do leste do continente cedessem e abrissem passagem para o rio. 

É assim que o Rio Amazonas começou a correr para o leste, desaguando no Atlântico, como hoje. Também foi nessa época que a Floresta Amazônica como conhecemos surgiu no lugar daquele enorme mar. Estima-se que o Rio Amazonas tomou sua forma atual por volta de 3 milhões de anos atrás.


O Rio Amazonas como conhecemos hoje surgiu "recentemente" (Imagem: Wikimedia Commons)

Para terminar, é interessante observar que dizer que o Rio Amazonas nasceu na África é forçar um pouco a barra: o rio atual tem origens na bacia proto-Amazonas-Congo de Gondwana e mudou muito até se tornar o que é hoje, como explicamos. Mas esse título e a história contada aqui nos ajudam a lembrar de como a natureza é dinâmica e está sempre em evolução. 

EVANDRO VOLTOLINI

 

sábado, 16 de outubro de 2021

O ignorante, infelizmente, sempre acha que já sabe tudo!

Quando não sabemos ou não temos conhecimento sobre um assunto, devemos perguntar a quem sabe, pior seria falar o que não sabe, fingindo que sabe, não acha?

O IGNORANTE NÃO ACEITA QUE NÃO SABE, ELE ACREDITA QUE SABE! ELE TEM RESPOSTAS PRONTAS PARA TUDO, E ELAS SÃO CARREGADAS DE PRÉ-CONCEITOS.

Muitas pessoas evitam de fazer perguntas porque acreditam que o que vão perguntar vai ser recebido pelo outro, que já sabe, como uma besteira, uma banalidade, e que poderá ser julgado de qualquer forma, como ignorante ou burro.

Essa vergonha de perguntar o que não sabe faz muita gente passar uma vergonha ainda maior quando concordam com coisas totalmente fora de propósito apenas porque não sabem nada sobre o assunto e por isso, acabam se deixando manipular, ou quando discordam de algo totalmente fundamentado pela ciência, e tenta impor argumentos fracos e com pouco conteúdo embasado.

PERGUNTAR NÃO AGRIDE E NÃO OFENDE, MAS AFIRMAR BOBAGENS SIM.

Portanto, sempre que não souber algo ou não tiver argumentos suficientes para defender uma tese, não se acanhe, pergunte, essa foi uma das melhores lições que aprendi durante os anos que cursei jornalismo.

Aprender a fazer perguntas e as direcionar às pessoas certas, que realmente podem trazer respostas sábias, é assumir um poder imensurável.

Perceba que eu disse “pessoas certas”, porque não adiantará em nada você perguntar algo sobre psicologia para um oficial do exército, é óbvio que se esse oficial tiver alguma formação na área, ou tiver feito terapia a vida toda, ele terá algo produtivo a te dizer, esse foi só um exemplo, o que eu quis dizer é que você deve se direcionar as pessoas que possuem experiência na área que você quer conhecer.

Como jornalista, se eu preciso saber quais são as novas descobertas da ciência em relação a mente humana eu procuro um especialista em neurociência, se eu quero saber sobre política, eu procuro um especialista em ciências políticas, e assim por diante. Não adiantará nada eu perguntar para o meu “tio”, “amigo”, “vizinho” o que eles acham do governo atual, porque eles trarão divagações e distorções que são em sua maioria, “achismos”.

O que quero dizer é que devemos perguntar sim, tudo o que não sabemos, mas para as pessoas que possuem condições de nos trazer respostas e não para aquelas que nos colocarão mais dúvidas.

Uma boa pergunta é capaz de dissolver a ignorância. Tem o poder de te tirar da ilusão e te trazer para a realidade dos fatos.

O ignorante não faz perguntas, ele tira as próprias conclusões e acaba se tornando arrogante, pois passa a defender linhas de pensamento um tanto quanto fantasiosas.

 Não podemos tirar nossas conclusões sem que antes se esgotem as perguntas. E só poderemos dizer que formamos uma opinião sólida a respeito de qualquer assunto para que possamos falar sobre ele com propriedade e credibilidade, quando as respostas que recebemos forem realmente pautadas na verdade e embasadas em estudos consistentes.

Caso contrário serão apenas distorções da verdade, criadas pelo ego inflado ou pelo ego ferido que quer a todo custo estar certo.

Não seja essa pessoa ignorante que tira conclusões precipitadas, culpa e julga os outros sem ter argumentos comprovatórios, e ainda se sente no direito de ser arrogante com as pessoas que possuem opiniões contrárias.

Perguntar o que não sabe, não é besteira, é sinal de humildade, de interesse, de vontade em aprender, em evoluir, em ser melhor.

Portanto, não se acanhe, pergunte sempre que você tiver alguma dúvida, mas pergunte para as pessoas certas, ok? Não se deixe envenenar ou enganar.

Mas se você não consegue fazer perguntas, se você tem vergonha, o melhor é fazer pesquisas online em sites verificados, e não, nunca, jamais, em sites que sejam tendenciosos para um lado ou para o outro. Outra coisa que o jornalismo me ensinou é que devemos sempre buscar a verdade e que a verdade nunca tem apenas um lados, sempre existem pelo menos dois pontos de vistas para um única questão ou fato. Por isso, precisamos sempre ouvir os dois lados.

Para ouvir os dois lados precisamos desenvolver algo extremamente difícil para o ego, a humildade. Mas como desenvolver a humildade em um mundo tomado pelo egoísmo?

Direi a você:

1 – Aceitando suas limitações – Admita que você não é o melhor em tudo – nem em nada. Não importa o quão talentoso você seja, quase sempre há alguém que pode fazer algo melhor do que você. Isso não é um exercício de comparação, ok? É apenas uma constatação e uma motivação para buscar melhorar todos os dias e para não tentar se sobrepor aos outros.

 2 – Admira os seus erros – Uma pessoa humilde nunca culpa os outros, sempre assume as responsabilidades diante dos acontecimentos da sua vida. Ela sabe que não é fácil admitir pra si mesmo, mas também sabe que jogar a culpa no outro vai a impedir se tornar uma pessoa melhor.

3 – Não fique na defensiva – a pessoa que está sempre na defensiva, morre de medo de ser responsabilizado por algo, ou de assumir a sua culpa, ou de ser descoberto, ela quer ser vista como perfeita e está sempre se gabando por aí. Não seja essa pessoa! Se você tiver feito algo, assuma a responsabilidade, só assim você poderá aprender e se tornar melhor, caso contrário, você se tornará a cada dia, um pouco pior.

4 – Não queira o reconhecimento só para si – Ninguém faz nada sozinho, por mais que você tenha feito mais ou tido a ideia, aprenda a reconhecer que você precisa dos outros, e que sem eles não seria possível chegar onde você chegou.

5 – Seja grato pelo que você tem e por tudo o que você aprendeu – A vida é uma caixinha de surpresas e quanto mais somos gratos, mais surpresas boas que nos darão motivos para agradecer se apresentam em nossa vida!

Busque sempre a verdade e lembre-se:

PERGUNTAR NÃO OFENDE, NÃO AGRIDE, E NÃO É MOTIVO DE VERGONHA, MAS AFIRMAR O QUE NÃO SABE SIM, É VERGONHOSO E DEMONSTRA IGNORÂNCIA E ARROGÂNCIA!

Por tanto, pergunte com humildade, e pergunte para quem tem conhecimento para te responder, não para quem vai divagar e discursar embasado apenas nos seus próprios interesses e controlado pelo ego.

Não se contente com um olhar ignorante diante da vida, busque experimentar algumas doses de sabedoria.

Iara Fonseca.