quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Você faria o mesmo que Tiago Leifert? A resposta não é tão simples quanto parece

 

Decidir parar mesmo quando já se conquistou tudo é difícil para muita gente. Fazer isso com um mundo inteiro a ser conquistado é um ponto fora da curva.


Eu sei que muito provavelmente você abriu este texto já com uma opinião em mente: "Ah, com o tanto de dinheiro que ele acumulou nos últimos anos, é fácil demais resolver 'dar um tempo'". Sim, ele não tem que se preocupar com contas a pagar. Mas não é por aí que quero conduzir essa conversa.

A história da humanidade prova que, via de regra, somos insaciáveis. E, justamente por isso, evoluímos. É o desejo contínuo por mais que nos move enquanto espécie. Caso contrário, talvez até tivéssemos inventado a roda, mas estaríamos até hoje a usando simplesmente para mover carroças.

Quantos outros homens milionários pararam a carreira no auge para se dedicar à família? Caso encontre alguns, talvez consiga contar nos dedos de uma mão. Esse é um ponto.

Mas olhemos para você, não milionário. Imagine que no auge da carreira se encontre diante da seguinte bifurcação:

Caminho A: muito trabalho, pouco tempo para a família, mas grandes chances de, lá na frente, conquistar uma vida bem melhor;

Caminho B: paz e tranquilidade, uma vida estável e previsível, um salário que paga as contas e provê o básico sem exigir que você faça grandes sacrifícios na vida pessoal.

Reservadas as proporções, muitos de nós somos impelidos frequentemente a tomar decisões como a de Tiago Leifert. Esqueça os milhões que ele tem na conta. Concentre-se nos sonhos, nas ambições, no desejo de alcançar o próximo degrau que você já sabe que consegue alcançar, pois é disso que se trata. Concorda comigo que a decisão não é simples?

Cada um tem sua régua e toma decisões com base nela, principalmente quando o assunto é carreira.

O objetivo real nunca é simplesmente ganhar dinheiro suficiente para nunca mais ter de se preocupar com contas a pagar. Se assim fosse, a Rede Globo não teria mais nenhuma de suas estrelas no ar. Os clubes de futebol da Europa não entrariam mais em campo. Cantores pop não subiriam mais aos palcos.

Decidir parar mesmo quando já se conquistou tudo é difícil para muita gente. Fazer isso com um mundo inteiro ainda a ser conquistado é um ponto bem fora da curva.



Tiago Leifert é um maluco, então?

Erasmo de Roterdã, em seu clássico "Elogio à Loucura", diz que sem um pouco de insanidade nada acontece (não foram bem essas as palavras, mas a ideia é por aí). Mas acho que nem é esse o caso de Tiago Leifert. Pelo contrário, vejo um movimento muito consciente e seguro. Justamente na hora em que a Globo faz sua mais drástica dança das cadeiras, sair do jogo não seria abrir mão do que provavelmente seria sua melhor oportunidade? Talvez, sim. Mas quem disse que para ele o significado de "a melhor oportunidade" é o mesmo que para nós?

Essa decisão tomada me deu a impressão de segurança. Segurança a respeito do próprio talento, da visão de longo prazo que tem para a própria carreira, do que considera importante na vida. Pense nisso.

A propósito, comprovando a capacidade de mobilização do caso e do tema em questão, uma série de enquetes promovidas pelo perfil do Administradores no Instagram (@administradores), no domingo (12), recebeu cerca de 20 mil respostas para cada pergunta: 78% dos seguidores respondentes afirmaram que fariam o mesmo no lugar de Leifert; 96% consideram que a atitude do apresentador representa coragem (enquanto para 4%, foi um ato de fraqueza); e 92% reconhecem que o episódio os ajuda a repensar seus objetivos de vida.

Administradores.com.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

A pessoa pode ser boa de cama e ferrar com o seu emocional quando estiver vestida.


Um orgasmo não é motivo para colocar a pessoa na sua vida. Quando o seu emocional apita dando sinais de insatisfação é hora de olhar para isso como carência e não como amor.

As confusões sobre o que vem a ser o amor leva muitas pessoas a relacionamentos conturbados e problemáticos.

As pessoas se envolvem em roubadas por enxergarem amor onde não ele não existe, nem nunca existirá.

Romantizam comportamentos e sentimentos que não deveriam, enredando-se em jornadas que, desde o início, estão fadadas ao fracasso. Quando o seu emocional apita dando sinais de insatisfação é hora de olhar para isso como carência e não como amor.

  A grande maioria das pessoas procura o amor de sua vida, pois, de certa forma, uma das características do ser humano é a necessidade de amar e ser amado.

Seja por razões biológicas, pelos enredos de contos de fadas que povoam a infância, seja pelo medo da solidão, a busca por alguém, por um relacionamento, faz parte dos objetivos de muita gente.

O problema é que, com frequência, achamos que o amor tem que ser perfeito, navegando em um mar de rosas.

Muitos de nós idealizamos os relacionamentos, como se os mesmos pudessem ser tais quais roteiros de filmes água-com-açúcar, previsíveis, lineares. Mas não.

Relacionar-se implica embates, ajustes, olhar além de si mesmo, o que nunca será tranquilo. É nesse enfrentamento do outro e de si mesmo que se solidifica o amor entre as pessoas.

Temos que nos bastar primeiro, para conseguirmos vislumbrar com clareza o que queremos e o que não aceitaremos em nossas vidas.

Temos a certeza de que não merecemos migalhas e de que o amor acontece para muito além da cama nos tornará mais seguros para não confundirmos, inclusive, atração e tesão com amor.

Temos que anular qualquer traço de carência afetiva, ou seremos facilmente manipulados por quem só quer usar as pessoas a seu bel-prazer.

 O amor requer paciência, entendimento, amor-próprio. Não basta uma noite, uma declaração, uma hipótese.

Amor se constrói, sem que nenhuma das partes seja destruída. Há muitas séries, filmes e romances, por exemplo, que atrelam o amor tão somente ao prazer carnal.

O prazer tem que ser um dos vários componentes dos relacionamentos, mas nunca sozinho.

O amor não será sempre tranquilo, o tempo todo. Mas sempre será acalentador. E não depende só de prazer.

NÃO ROMANTIZEM O SEXO. A PESSOA PODE SER BOA DE CAMA E, AINDA ASSIM, FERRAR COM O SEU EMOCIONAL QUANDO ESTIVER VESTIDA.

Um orgasmo não é parâmetro para você trazer alguém para a sua vida.

 Prof. Marcel Camargo.

 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Incrivelmente simples: curando cáries sem obturações

 

Cientistas criaram um produto que pode induzir o crescimento do esmalte dentário, o que significa que finalmente poderíamos ter um tratamento revolucionário para tratar as cáries.

Em 2018, pesquisadores da Universidade de Washington anunciaram o desenvolvimento de um tratamento baseado em peptídeos; cadeias curtas de aminoácidos que não são longas o suficiente para serem consideradas proteínas completas.

Quando aplicado nas lesões dentárias criadas artificialmente em laboratório, o produto remineralizou o esmalte dentário, “curando” a lesão.

“A remineralização guiada por peptídeos é uma alternativa saudável à assistência à saúde bucal atual”, disse o cientista de materiais Mehmet Sarikaya.

O esmalte dentário é produzido por um tipo de célula chamada ameloblasto que secreta as proteínas que formam esmalte enquanto o dente ainda está na gengiva.

Infelizmente, uma vez que o processo de formação do esmalte dentário está completo e o dente emergiu, nossos ameloblastos morrem e prosseguimos perdendo esmalte durante toda a nossa vida.

“Bactérias metabolizam açúcar e outros carboidratos fermentáveis em ambientes orais e ácidos, como subproduto, desmineralizamo esmalte dentário”, disse a pesquisadora de odontologia Sami Dogan.

Em pequena medida, nossos dentes podem ser remineralizados com a ajuda de saliva, creme dental com flúor e aditivos na água potável.

Mas uma vez que há uma cárie visível no dente, ele precisa ser tratado por um dentista; o que geralmente significa perfurar, e preencher o buraco com resina.

Para desenvolver seu novo tratamento, a equipe recorreu a uma das proteínas produzidas pelos ameloblastos. Chamadas de amelogeninas, essas proteínas desempenham um papel fundamental na regulação da formação do esmalte dentário.

A equipe projetou peptídeos à base dessa proteína e criou um tratamento com o peptídeo como ingrediente ativo.

Eles aplicaram em lesões dentárias em um ambiente laboratorial e descobriram que ajudou a formar uma nova camada mineralizada nas áreas desmineralizadas, integrando-a com o esmalte natural.

(ACS Publications)

Eles também trataram lesões semelhantes com flúor, mas apenas o tratamento de peptídeo resultou na remineralização de uma camada relativamente espessa – assemelhando-se à estrutura do esmalte saudável.

Serão necessários mais experimentos para ver como a solução de peptídeo funciona em pacientes reais, e se os resultados são tão sólidos quanto os do laboratório.

E para cáries profundas que atingem a camada de dentina sob o esmalte, um preenchimento ainda seria necessário.

Mas os pesquisadores acreditam que seu produto ainda poderia ser vendido como parte de uma rotina preventiva de cuidados dentários cotidianos, na forma de cremes dentais ou gel, para ajudar a minimizar caras visitas ao dentista para as cáries mais rasas.

“As formulações com peptídeos serão simples e serão implementadas em produtos clínicos ou sem prescrição médica”, disse Sarikaya.

A equipe publicou sua pesquisa na revista científica ACS Biomaterials Science & Engineering.


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Lidar com transtornos mentais de forma empática e sem preconceitos faz toda a diferença


Sabe aquele seu amigo, parente ou conhecido que gosta de dividir com você o que ele está sentindo? Talvez você não leve muito a sério o que ele diz. Ou acredita que enchê-lo de conselhos e críticas é a melhor forma de apoiá-lo.

Por mais que alguém adote essa postura de forma bem-intencionada, interagir assim pode prejudicar quem está enfrentando um transtorno mental.

É uma situação delicada, que exige cuidados e orientações bem específicas. Entendê-las é fundamental para evitar o agravamento da situação. E, quem sabe, revertê-la.

Porque falar pode, literalmente, mudar tudo.


Conhece uma pessoa que parece estar sempre irritada, triste ou ansiosa? Antes de julgá-la ou evitá-la, pense que ela pode estar sofrendo muito. E com dificuldades para se abrir a respeito.

Muitas vezes, isso acontece por falta de interlocução. A compreensão dos transtornos mentais ainda sofre com preconceitos e falta de informação.

Quem os enfrenta precisa se sentir seguro e acolhido para falar abertamente sobre aquilo que sente. E quem escuta deve ouvir e apoiar, jamais criticar ou menosprezar.

Esse cuidado é ainda mais importante em tempos de pandemia. Muita gente passou, e ainda está passando, por perdas e traumas. Também sentem medo e insegurança. É um impacto psicológico imenso, que deve ser aceito e compreendido, em vez de ignorado ou "escondido".

Ir ao psiquiatra é algo bem mais comum hoje do que há algumas décadas. Certas ideias equivocadas, entretanto, persistem.

Psiquiatra não é "médico de louco". É o profissional capaz de diagnosticar o transtorno mental e definir os melhores caminhos para tratá-lo.

Talvez apenas a psicoterapia, entre outras alternativas que não envolvem medicamentos, seja suficiente. Mas, caso seja necessário usá-los, também não há motivos para medo ou vergonha.

Os medicamentos psiquiátricos avançaram muito. Também estão mais diversificados, com opções voltadas para diversos tipos de transtornos. Com o acompanhamento médico adequado, podem fazer uma enorme diferença na vida no paciente.

É comum o temor de que a medicação irá "mudar a personalidade" ou a vida da pessoa para a pior. O que muitas vezes acontece, porém, é o inverso: isso ocorre, em grande parte, pela falta de tratamento.

Apenas o profissional habilitado saberá lidar com todas essas variáveis. Se você acha que está com um transtorno mental, procure um deles. E, se você suspeita que alguém está sofrendo, estabeleça uma relação empática com a pessoa. Você não só pode ajudá-la a conseguir ajuda profissional, como se oferecer para acompanhá-la até o local da consulta.

Também tome cuidado com palavras e temas "gatilhos", capazes de despertar crises.

Enfrentar os transtornos mentais começa com pequenos passos. Mas suas consequências podem ser enormes. Faça sua parte nessa jornada com cuidado e carinho.

Agradecimento especial a Dra. Giuliana e Dr. Neury que chancelaram e contribuíram com este conteúdo.

 

domingo, 26 de setembro de 2021

Semana de apenas 4 dias úteis é um sucesso retumbante: experimento gigante


Durante quatro anos, entre 2015 e 2019, cerca de 2.500 islandeses foram envolvidos em dois grandes experimentos para ver como uma semana de trabalho mais curta afetaria a produtividade. Os resultados saíram – e os experimentos parecem ter sido um sucesso retumbante.

Alguns pontos-chave: reduzir uma semana de trabalho para 35 ou 36 horas não levou a qualquer queda na produtividade ou na prestação de serviços, enquanto o bem-estar do trabalhador melhorou substancialmente em uma série de métricas, incluindo estresse percebido e burnout.

Desde que os experimentos foram realizados, cerca de 86% de toda a força de trabalho na Islândia mudou para uma semana de trabalho mais curta, e há esperança de que essas ideias possam ser aplicadas em outros países também.

“Em ambos os ensaios, muitos trabalhadores expressaram que, depois de começar a trabalhar menos horas, se sentiram melhor, mais energizados e menos estressados, resultando em mais energia para outras atividades, como exercícios, amigos e hobbies”, afirma o relatório.

“Isso então teve um efeito positivo em seu trabalho.”

Uma ampla gama de locais de trabalho estavam envolvidos no período de quatro anos coberto pelos experimentos, de hospitais a consultórios, e mais de 1% de toda a população trabalhadora da Islândia participou. Os trabalhadores recebiam o mesmo salário, mesmo com menos horas de trabalho.

E as horas realmente foram reduzidas – os resultados publicados pela Associação para Sustentabilidade e Democracia (Alda) na Islândia, e pela empresa britânica Autonomy, mostraram que não houve aumento notável nas horas extras para a maioria dos funcionários. Reuniões mais curtas, mudanças de turno e corte de tarefas desnecessárias ajudaram os trabalhadores a manter seus novos horários.

Trabalhar quatro ou cinco horas a menos por semana realmente forçou as pessoas a serem criativas sobre como realizavam seu trabalho – e enquanto alguns participantes dos testes disseram que inicialmente lutaram para se adaptar, a maioria dos envolvidos logo se acostumou com a nova rotina.

“Em vez de fazer as coisas da mesma forma, rotina habitual como antes, as pessoas reavaliaram como fazer as coisas e, de repente, estão fazendo as coisas de maneira muito diferente de antes”, disse um dos participantes dos ensaios.

Do lado do bem-estar, os envolvidos relataram menos estresse no trabalho e um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Em entrevistas de acompanhamento, os participantes mencionaram benefícios, incluindo ter mais tempo para fazer tarefas domésticas, mais tempo para si mesmos e poder praticar mais exercícios.

O relatório publicado declara os experimentos na Islândia “um grande sucesso”, com gestores e funcionários conseguindo passar menos tempo no trabalho sem realmente afetar a quantidade e a qualidade do trabalho – algo já observado em pesquisas anteriores.

E a maioria dos participantes estava interessada em continuar com a nova maneira de trabalhar.

“Tornou-se cada vez mais claro que poucos desejam voltar às condições de trabalho pré-pandemia: o desejo de uma semana de trabalho reduzida está para definir ‘o novo normal'”, conclui o relatório.

Por Marcelo Ribeiro.

sábado, 25 de setembro de 2021

Estudo sugere ‘peça-chave’ para tratamento de depressão em pacientes idosos


A qualquer momento da vida estamos sujeitos a sofrer de algum transtorno mental. Descobertas da psiquiatria mostram que problemas como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, borderline, bipolaridade, etc, são encontrados em pacientes desde a infância até a velhice. Existem muitos desafios para a psiquiatria ainda, mas falar sobre o assunto ajuda a deixar de trata-lo como tabu.

Uma das grandes dificuldades, quando se fala em transtorno mental, é conseguir tratamento adequado na hora certa. Muitas pessoas deixam de procurar profissionais porque acreditam que tudo não passa de “frescura”, porque é assim que se pensou por muito tempo. Em função disso, e de muitos outros fatores, muitas pessoas acabam recebendo diagnóstico apenas na terceira idade.

O problema disso é que, nestes casos, os tratamentos disponíveis não alcançam a mesma eficácia. Muitas vezes o paciente sofre de comorbidades e a receita de medicamentos psiquiátricos acaba sendo restrita. O cenário acaba se tornando um verdadeiro quebra-cabeças para o profissional. Somado a isso, muitos idosos acabam sendo avessos a terapia com psicólogos, por não sentirem confortáveis falando sobre seus problemas.

O resultado de tudo isso, e mais coisa, somado é o seguinte: idosos sofrem com transtornos mentais e nem sempre conseguem tratamento adequado. Mesmo quando conseguem, ainda, podem não gerar as mesmas respostas que gerariam alguns anos antes. O que a ciência tem feito em relação a esta barreira conhecida? A resposta é: bastante.

A psiquiatria é uma área da medicina que, lamentavelmente, não recebe a mesma atenção e investimento que muitas outras. Ainda assim, existe muita gente qualificada mundo afora tentando novas descobertas, novos tratamentos, novos medicamentos, etc.

Estimulação magnética

 

No Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, pesquisadores estão propondo a estimulação magnética transcraniana como uma alternativa saudável para o tratamento de depressão em idosos. Por mais assustador que a expressão possa parecer, o procedimento é simples e nada invasivo.

Os benefícios não param por aí, inclusive. Leandro Valiengo, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, destaca outros pontos positivos do estudo. “Como não é um tratamento farmacológico, ele não tem interação medicamentosa e não interage com outros órgãos. Isso é importante para o público idoso“, explicou.

O procedimento se baseia em pequenos estímulos magnéticos no cérebro, mas tudo feito de forma não evasiva. Os estudos preliminares apontam uma eficácia de 50% a 60%. Existem ainda muitas dúvidas sobre o procedimento, mas, se os estudos provarem ser um tratamento seguro, ele pode ser a chave para pacientes idosos.

Christiane Machado Santana, diretora do SBGG, destaca que se trata de um procedimento pouco usado. Ainda assim, destaca os desafios para a pesquisa e os benefícios que o tratamento pode trazer. -Não é um método muito usado. Mas é interessante pensar em uma forma praticamente isenta de efeitos adversos para uma população tão exposta a medicamentos, afirmou.

 

O tratamento já foi liberado pela Anvisa, em 2012, mas esbarra em um obstáculo para se popularizar: o alto custo. A aplicação é cara às clínicas, o que torna o procedimento caro ao paciente.

Fonte: Usp.com.br

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Prefiro as conquistas silenciosas, longe da inveja alheia!

Com o tempo, a gente aprende tanta coisa, sobre as pessoas, sobre nós mesmos, sobre a vida.

Amadurecer dói, mas traz muito aprendizado, para quem estiver disposto a ouvir, a refletir, a perceber as consequências que correm atrás de nós, todos os dias.

UM DOS APRENDIZADOS MAIS ÚTEIS É COMPREENDER QUE AS CONQUISTAS SÃO NOSSAS E NÃO PRECISAM DE HOLOFOTES.

Em tempos de vitrines virtuais ostentando refeições, viagens, salas de jantar, relacionamentos, o olho grande de quem se sente vazio e se preenche de inveja fica sorrateiramente à espreita, acompanhando vidas que não são suas.

E a inveja possui uma carga energética muito negativa, ela leva a pessoa a desejar que o outro seja infeliz, que seja o espelho da própria infelicidade que o invejoso carrega.

Pessoas invejosas não suportam te ver feliz. Elas não querem chegar onde você está, porque nem competência elas têm para isso. Elas querem tirar de você o que você conseguiu.

Piores pessoas. São capazes de mentir, de puxar tapetes, de tentar destruir a nossa imagem, a nossa família, a nossa vida, com as armas mais baixas, sem se importar com os sentimentos de ninguém.

Isso não quer dizer que deveremos parar de postar, de contar nossa felicidade, de querer sempre mais, porém, cautela nunca fez mal a ninguém.

 É preciso, sobretudo, contentar-se com si mesmo, vibrar com as conquistas, principalmente junto a quem torça por você de verdade, a quem ficou ao seu lado enquanto você lutava, caía, chorava, suava.

Não tem nada mais satisfatório do que comemorar com quem te abraça por dentro, por quem te admira, te motiva, te ama.

É por isso que eu adoro as conquistas silenciosas, sem alarde, sem vitrine, sem holofotes. Elas alcançam somente aquelas pessoas que torcem verdadeiramente por nós, ou seja, quem importa, quem jamais seria capaz de olhar com inveja e maldade aquilo que conquistamos por merecimento.

Melhores pessoas.

  Prof. Marcel Camargo.


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Apesar de comum, hábito de dormir sem roupas pode não ser tão bom assim


Se você é adepto das redes sociais, deve saber que se encontra de tudo pelas redes. Desde páginas sobre esportes, a páginas sobre saúde, entretenimento, curiosidades e por aí vai. De vez em quando, algum assunto acaba viralizando e ganhando as atenções por um tempo. Foi exatamente isso que aconteceu com o Dr. Anthony Youn.

Youn é cirurgião plástico e conhecido por sua atividade intensa nas redes sociais. Foi através de uma postagem no Tik Tok que ele acabou chamando a atenção e viralizando. No vídeo, ele defendia argumentos sobre o porque você não deve dormir nu, especialmente se estiver acompanhado.

O doutor afirma que, em média, eliminamos gases entre 15 a 20 vezes por dia (isso mesmo, em um dia normal e saudável, você deve peidar umas 15 a 20 vezes). Youn explica ainda que esse processo pode acontecer durante o sono e é nesse ponto que reside o “problema”. Mas o que há de importante nisso?

Segundo a publicação do médico, toda vez que eliminamos gases, também eliminamos algumas partículas de fezes. Deu para ter uma ideia agora do porque ele sugere que ninguém durma sem roupa totalmente? Sem nenhuma camada de roupa para impedir as partículas de fezes, elas podem parar em qualquer lugar, inclusive na roupa de cama, entre as suas pernas ou no seu parceiro.

Por isso, Youn sugere que seja usado pelo menos uma peça de roupa íntima. Mas será que essas informações são realmente verdadeiras?

Só sei que nada sei

 


Trocadilhos a parte, a verdade é que realmente pouco se sabe sobre o ato de liberar gases. A medicina sabe bastante sobre gases, enquanto eles ainda estão no intestino. Uma vez que são eliminados do corpo humano, pouco sabemos. A teoria de que somos capazes de eliminar partículas de fezes a cada peido, por exemplo, não é pacificada entre cientistas.

Por mais incrível que pareça, não existem tantos estudos assim sobre a eliminação de gases pelo ser humano. Então é possível que a teoria do dr. Youn esteja realmente correta. No entanto, mesmo que esteja, é difícil projetar a real dimensão do quanto isso pode mesmo ser grave ao ponto de causar transtornos. Afinal de contas, se existe a eliminação de partículas de fezes, de quanto estamos falando?

É difícil saber, a menos que novas pesquisas sejam conduzidas sobre o assunto. No entanto, é possível afirmar que a precaução sugerida pelo médico até faz sentido. Em muitas situações na vida, é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?

Por outro lado, também é verdade que não se sabe a eficácia do uso de roupas para “filtrar” os gases. Isso porque esse teste nunca foi realmente realizado, então é uma área onde existem muitas dúvidas e incertezas. Mas no que diz respeito a segurança: você não está correndo risco de saúde ao dormir sem roupas. No entanto, no aspecto da higiene…vai depender do quão apegado a certas noções de higiene você realmente é, ou não. Se estiver com disposição para correr o risco, vá em frente!

Roberta M.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

BEZERROS APRENDEM A 'USAR BANHEIRO' PARA DIMINUIR IMPACTO AMBIENTAL

 

A gente está acostumado a ver cachorros e gatos treinados para fazer suas necessidades no lugar certo, mas não bezerros — já que esses animais costumam viver em lugares onde isso não importa tanto assim. Porém, cientistas da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) e do Instituto Leibniz para Biologia de Animais de Fazenda (Alemanha) se uniram em um projeto para ensinar os bezerros a "usarem o banheiro". O motivo é o meio ambiente.

O problema é que o xixi das vacas tem grande concentração de nitrato, uma substância que, ao se decompor, acaba poluindo o solo e pode até contaminar cursos de água próximos. Além disso, ela produz óxido nitroso — um gás que é 300 vezes pior para o efeito estufa do que o próprio CO2. Isso sem falar na amônia, outro componente tóxico. Enfim, o xixi da vaca é bastante letal e, por isso, os cientistas estão buscando formas de concentrá-lo em uma latrina, onde possa ser tratado adequadamente.

Como ensinar os bezerros?

Os especialistas explicaram que o treinamento com os bezerros não é muito diferente de ensinar uma criança a usar um penico, com recompensas e punições para acertos e erros. 

O teste dos cientistas foi realizado com 16 bezerros, que ganhavam comida quando faziam xixi no lugar certo e eram esguichados com água fria quando erravam. O resultado foi muito bom: três quartos dos animais aprenderam direitinho, após 15 dias. Aliás, eu não duvido que os bezerros sejam mais eficientes do que certos homens na hora de acertar onde fazer xixi.

O bezerro bonzinho vai para a latrina. (Imagem: Chicago Sun Times/Reprodução)


Nela, ganha comida por fazer seu xixi no lugar certo. (Imagem: Chicago Sun Times/Reprodução)


De qualquer forma, os cientistas ficaram animados com o projeto, que recebeu o nome de MooLoo. Eles dizem que isso pode diminuir bastante as emissões de gases de efeito estufa. "Mostramos uma prova de conceito de que podemos treinar bezerros e treiná-los facilmente", afirmou o professor de Psicologia Douglas Elliffe, da Universidade de Auckland. 

Parece que o teste foi tão bem-sucedido que já tem gente interessada em comprar o MooLoo: a indústria de laticínios da Nova Zelândia pode se adequar às novas regras ambientais do país com esse sistema. Que "bons garotos" esses bezerros!

 EVANDRO VOLTOLINI.