segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

O que é apocalipse quântico e existe razão para preocupação?

Especialistas em segurança dizem que um salto na computação quântica pode revelar todos os nossos segredos

Especialistas em segurança dizem que um salto na computação quântica pode revelar todos os nossos segredos. Devemos nos preocupar?

Imagine um mundo onde arquivos secretos criptografados são repentinamente abertos e revelados —um fenômeno conhecido como "apocalipse quântico".

Isso poderia acontecer graças ao avanço da tecnologia e dos computadores quânticos, uma fronteira de inovação que está sendo estudada por pesquisadores e empresas no momento.

Os computadores quânticos funcionam de maneira completamente diferente dos computadores atuais, cujo conceito principal foi criado no século passado. Em teoria, computadores quânticos poderiam eventualmente se tornar muitas vezes mais rápidos do que as máquinas atuais.

Isso significa que, diante de um problema incrivelmente complexo e demorado —como tentar decifrar senhas— onde existem bilhões de permutações, um computador normal levaria muitos anos para computar essa tarefa.

Mas um futuro computador quântico, em tese, poderia fazer isso em apenas alguns segundos.

Esses computadores poderiam resolver todos os tipos de problemas para a humanidade. O governo do Reino Unido está investindo no Centro Nacional de Computação Quântica em Harwell, Oxfordshire, na esperança de revolucionar a pesquisa na área.

Mas também há um lado sombrio.

Ladrões de dados

Vários países, incluindo EUA, China, Rússia e Reino Unido, estão investindo grandes somas de dinheiro para desenvolver esses computadores quânticos super-rápidos com o objetivo de obter vantagem estratégica na esfera cibernética.

Todos os dias, grandes quantidades de dados criptografados —incluindo os seus e os meus— estão sendo coletados sem nossa permissão e armazenados em bancos de dados, prontos para o dia em que os computadores quânticos dos ladrões de dados sejam poderosos o suficiente para decifrá-los.

"Tudo o que fazemos na internet hoje, desde comprar coisas online, transações bancárias, interações de mídia social ? tudo o que fazemos é criptografado", diz Harri Owen, diretor de estratégia da empresa PostQuantum.

"Mas quando surgir um computador quântico funcional, ele será capaz de quebrar essa criptografia... Ele pode quase instantaneamente criar a capacidade de quem o desenvolveu de limpar contas bancárias, para desligar completamente os sistemas de defesa do governo, as carteiras de Bitcoin serão drenadas."

Ilyas Khan, executivo-chefe da empresa Quantinuum, com sede em Cambridge e Colorado, concorda com esse prognóstico. "Os computadores quânticos tornarão inúteis a maioria dos métodos existentes de criptografia", diz ele.

"Eles são uma ameaça ao nosso modo de vida."

Mitigação

Mas se isso tudo soa tão apocalíptico, então por que não ouvimos mais sobre isso?

A resposta é que sim, tudo isso realmente acontecerá se nenhuma precaução for tomada. "Se não estivéssemos fazendo nada para combater isso, coisas ruins acontecerão", diz um funcionário de Whitehall que pediu para não ser identificado.

Na prática, os esforços de mitigação já estão em andamento há alguns anos. No Reino Unido, todos os dados governamentais classificados como "ultrasecretos" já são "pós-quânticos", isto é, usando novas formas de criptografia que os pesquisadores esperam que sejam à prova de quantum.

Gigantes da tecnologia como Google, Microsoft, Intel e IBM estão trabalhando em soluções, assim como empresas mais especializadas como Quantinuum e Post-Quantum.

Mais importante ainda, há atualmente uma espécie de "desfile de beleza" de criptografia pós-quântica ocorrendo no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA (NIST) nos arredores de Washington DC.

O objetivo é estabelecer uma estratégia de defesa padronizada que proteja a indústria, o governo, a academia e a infraestrutura nacional crítica contra os perigos do apocalipse quântico.

Nada disso é barato.

A computação quântica é cara, trabalhosa e gera grandes quantidades de calor. O desenvolvimento de algoritmos quânticos seguros é um dos principais desafios de segurança do nosso tempo.

Mas especialistas dizem que a alternativa —não fazer nada— simplesmente não é uma opção.

Frank Gardner

 

 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

POR QUE OS BRASILEIROS SÃO APAIXONADOS POR REALITY SHOWS?

 

Há mais de duas décadas, a cada janeiro, boa parte dos brasileiros fica diante da televisão para assistir a anônimos que, basicamente, compartilham sua intimidade. Falamos, claro, do programa Big Brother Brasil, reality show criado pela empresa holandesa Endemol que se baseia na exposição da convivência de pessoas anônimas e, mais recentemente, de famosos.

Independentemente da opinião que se tenha sobre esse tipo de programa, a verdade é que os brasileiros adoram reality shows. Para se ter uma ideia, o Brasil é um dos países em que o formato do Big Brother foi mais bem-sucedido. Na estreia do BBB 22, a Globo registrou 28 pontos de audiência em São Paulo e 30 pontos no Rio de Janeiro. São números muito expressivos para um programa exibido há tanto tempo e com uma fórmula tão simples.

Mas o sucesso do Big Brother Brasil diz mais a respeito do brasileiro do que pode parecer. Por isso, discutiremos aqui a questão: por que gostamos tanto de reality shows?

O que é um reality show?


(Fonte: Record)

Programas reality shows se sustentam em uma premissa básica: não são produtos de ficção, não criam um universo imaginado — típico, por exemplo, das novelas. Os personagens desse tipo de programa são pessoas que “representam a si mesmas”, ou seja, estão lá com seu nome real e sua história.

Mas o mais essencial desses programas é que eles prometem captar coisas que outros programas não conseguem: as interações “não ensaiadas”, como se as pessoas que participam neles estivessem sendo filmadas em suas casas, ou em lugares em que estão relaxadas, e não diante de uma emissora de TV. Não por acaso, em programas como BBB, os participantes ficam meses confinados — a ideia é que eles cansem dos “papéis” que gostariam de representar para o público e comecem a se mostrar como realmente são.

Uma tradição nacional 


(Fonte: SBT)

Se você é jovem, possivelmente não acompanhou os reality shows mais antigos que estrearam no Brasil no início dos anos 2000. O primeiro programa nacional neste estilo se chamava Vinte e poucos anos, e era uma produção da MTV Brasil — uma versão tupiniquim do reality show The Real World, da MTV americana. 2000 também foi o ano em que a Globo lançou No Limite, competição de provas de resistência — que também era uma franquia do programa Survivor.

A estreia dos reality shows de convivência também foi marcada por uma disputa. A Globo havia comprado os direitos da franquia Big Brother, mas o SBT estreou um programa com a mesma lógica, chamado Casa dos Artistas, em 2001 — antes que a Globo estreasse sua nova atração. O resultado foi que a Globo processou a rival e conseguiu a suspensão temporária do reality show do SBT. Mesmo assim, o programa foi até o fim e teve novas temporadas até 2004.

Desde então, muitos outros reality shows foram criados pelas emissoras. Dentre eles, destacam-se A Fazenda e Power Couple Brasil, da Record; os reality shows culinários, como MasterChef Brasil, da Band, Mestres do Sabor, na Globo, e Bake Off Brasil, no SBT, além de outras atrações menos conhecidas.

E por que gostamos tanto destes programas?


(Fonte: Band)

Mesmo com essa tradição, para muita gente, ainda resta a dúvida: por que os brasileiros continuam gostando tanto de reality shows? As possíveis respostas a essa pergunta são várias. O fenômeno, aliás, já foi estudado por muitos pesquisadores, por diferentes óticas.

"Tudo que envolve o processo de produção de um reality show é pensado para satisfazer as necessidades e desejos do consumidor", comentou a professora Mariana Munis, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em entrevista à BBC. "As provas precisam ser emocionantes, os participantes devem ser pessoas muito diferentes entre si para causar conflito e até mesmo o tempo de duração do programa é planejada para que haja uma história envolvente, com começo, meio e fim".

Já o professor Elmo Francfort, da Universidade Anhembi Morumbi, enxerga proximidade deste tipo de programa com o consumo feito das novelas. "Os realities conservam um elemento que era central aos folhetins e que também foi herdado pelas novelas que é a imprevisibilidade. Os brasileiros foram fisgados pelos sentimentos de curiosidade e antecipação despertados por esse gênero e adoram torcer pelos personagens, sejam eles fictícios ou reais", explicou à BBC.

Vale dizer também que o aspecto "conversação" é um dos grandes trunfos da edição brasileira — isto porque o programa se estende para além da televisão e vira tema de conversas cotidianas entre as pessoas. Não é possível desconsiderar que o fator de crise financeira tenha influência, pois há uma vasta camada da população que não tem dinheiro para outros tipos de entretenimento para além da TV aberta.

"A crise econômica, o desemprego e o ainda limitado acesso de parte da população à banda larga de qualidade explicam essa situação. Diante de um mercado de TV por assinatura em declínio, perdendo espaço para plataformas de streaming, quem dita as conversas ainda é a TV aberta", escreveu Maurício Stycer na Folha de São Paulo.

Maura Martins.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

EXCEÇÃO À REGRA

 A tecnologia é fantástica e irreversível. Dela se faça uso com humanidade.

O ‘mercado’ contém ingredientes que o tornam rei, Rei Mercado. A inflação é um componente desse quadro. O mercado responde até por um cafezinho. Se um grupo de investidores decide instalar um shopping, imprescindível analisar primeiro o mercado. Sua temperatura ora aquece ora desaquece.

Faz muita gente cair do cavalo. Responde pela prosperidade financeira de felizardos empreendedores. Constitui uma resposta pronta ao custo de vida. Num regime de preços não regulamentados a concorrência deita e rola. E vamos nessa, ao sabor de oscilações mal justificadas de aumentos abusivos de preços no comércio, na tributação extorsiva e na adoção de privilégios.

Hoje compete com o Rei Mercado Sua Alteza a Rainha Tecnologia. Composta por uma teia sofisticada de programas de computador denominados ‘sistemas’, destinados a realizar funções específicas, e dos quais somos todos hoje tão dependentes. Consequências talvez mais visíveis dessa dependência são os contratempos causados pelas enervantes “quedas do sistema”. Em si, a solução é técnica, mas deve ser monitorada com humanidade.

 Como agir administrativamente quando o sistema cai? A Rainha Tecnologia é avançada, mas não infalível, e situações há de falha sem previsão de volta, o que, num hospital, é muito sério. Uma cirurgia dependente de sistemas de tecnologia, e que não pode ser interrompida, é hoje evento corriqueiro. Médicos e funcionários a cumprir normalmente seu horário e suas funções. Mesmo em situações de não emergência, pacientes debilitados, idosos, alguns com mobilidade reduzida, obrigados a esperar, sem previsão do restabelecimento do sistema. Aí passa a viger a lei do silêncio.

Ninguém informa. Até porque, nesses casos, ninguém saberia mesmo dar uma informação consistente, reféns que somos dos mistérios da Rainha Tecnologia. Sugere-se uma norma flexível: Quem quisesse, caso a caso, ir embora e voltar mais tarde poderia ser liberado “in casu”. Um caso a pensar.

Antônio de Oliveira.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Conheça o seu cônjuge no divórcio, seus irmãos no inventário, seus filhos na velhice e seus amigos na dificuldade.

Infelizmente, essa é uma verdade que precisamos encarar. Nós só conhecemos o nosso cônjuge realmente, quando decidimos nos separar, a forma como ele reage, como ele se posiciona, se aceita ou não o rompimento, se nos culpa, nos julga, ou se torna nosso amigo, é nesse momento de separar as tralhas de um e de outro, de dividir o que precisa ser dividido, com justiça e honestidade, que nos deparamos com a verdade a respeito da pessoa que convivemos nos últimos anos.

Não são todos os casamentos que acabam em brigas e discussões mas, quando ele acaba, o que nos resta é encarar o desafio de que aquela pessoa não fará mais parte da nossa vida como antes, porém, se existirem filhos, o negócio fica um pouco mais complicado, não dá para separar a família, nem excluir um dos lados, teremos que conviver com o pai ou com a mãe das crianças de uma forma ou de outra, mesmo não estando mais vivendo no mesmo teto. E é a partir daí que as conciliações se fazem mais necessárias do que nunca, mas se não temos maturidade para isso, acabamos exteriorizando a nossa pior versão.

O problema começa quando insistimos em guardar mágoas e rancores, esse comportamento causa danos para todos, inclusive para os filhos. E se um dos dois não aceita a separação, ou age com egoísmo ou ganância, muitos acabam acordando para a verdade que não pode mais ser ignorada: Me casei com uma essa pessoa que é capaz de fazer coisas ruins. Mas a pergunta que deveria ser feita é: Por que eu escolhi essa pessoa? Que lição eu preciso tirar dessa escolha?

Caso você não faça essas perguntas para si mesmo e, insista, até que você tenha uma resposta, é bem possível que você faça novas escolhas no futuro que tragam novamente as mesmas lições não aprendidas.

É comum pessoas se separarem e, depois de um tempo, se casarem com outra pessoa que carrega características muito parecidas do parceiro anterior. E aí, a pessoa se frustra e repete frases do tipo: “Eu tenho o dedo podre!”, quando na verdade, não é o outro o problema, nunca foi o outro, o problema sempre foi a falta de entendimento a respeito das lições que deveriam ter sido aprendidas em cada relacionamento que travamos na vida.

Outro ponto é o relacionamento que constrímos com os nossos irmãos, é possível afirmar que nós só os conheceremos de fato na hora do inventário. Isso por que, podemos até ter uma vaga noção da personalidade de cada um deles, mas há uma grande possibilidade de nos surpreendermos positivamente ou negativamente quando nossos pais partirem dessa vida.

A ganância e o egoísmo em relação a herânça, ou caso estejamos enfrentando problemas financeiros para pagar o inventário, é aí que começam os conflitos de interesse e, é nesse momento, que conhecemos a verdade a respeito de quem é quem.

Nossos filhos também poderão nos surpreender na velhice, dependendo de como os criamos e da expectativa que depositamos neles. A gente já consegue ter uma noção de qual deles se dedicarão aos nossos cuidados ou se esquivarão, mas a verdade mesmo só será percebida quando a necessidade bater a porta.

Os nossos amigos, conhecemos na dificuldade, não na alegria. Essa é uma verdade incontestável. Podemos contar nos dedos os amigos que permaneceram ao nosso lado quando enfrentamos os piores dias da nossa vida.

E é essa a mensagem que eu quero deixar hoje:

NÃO SE RELACIONE COM AS APARÊNCIAS DAS PESSOAS, MAS SIM COM A ESSÊNCIA, NÃO SE ILUDA A RESPEITO DAS ATITUDES DOS OUTROS, APENAS OBSERVE COM ATENÇÃO O COMPORTAMENTO DAQUELES QUE COMPARTILHAM A VIDA COM VOCÊ. OBSERVAR, ANALISAR, REFLETIR E PONDERAR, NOS LIVRA DE MUITAS DECEPÇÕES FUTURAS.

Agindo assim, consciente de quem é quem, você vai evitar conflitos desnecessários e vai aprender a não eigir dos outros aquilo que eles não podem oferecer. E melhor, vai se supreender com aqueles que você nem esperava que poderiam ser bons, empáticos e generosos nos momentos mais difícies da sua vida.

 Entenda: Nem mesmo essas pessoas sabem, ao certo, qual será a reação delas nesses momentos decisivos da vida, portanto, não se assuste, você mesmo pode agir de uma forma que nem mesmo você, se reconhecerá.

A verdade é que a gente só conhece as pessoas na dificuldade, quando começam os conflitos, é aí que as pessoas mostram sua verdadeira face. A dificuldade não aparece por acaso, ela surge para que a gente possa separar o joio do trigo.

Não tema a dificuldade, enfrente com coragem porque ela traz revelações extremamente importantes para que você cresça como ser humano. O importante é aprender as lições para que elas não se repitam.

 Robson Hamuche.

 

 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Lições de Inovação da Marvel e Sua Empresa

 O que a sua empresa pode aprender com o sucesso da Marvel Studios e o seu universo cinematográfico?

Desde o lançamento do primeiro filme solo do Homem de Ferro, em 2008, a Marvel Studios criou um universo cinematográfico que hoje é uma das mais lucrativas propriedades intelectuais do cinema. Tendo faturado mais de 17 bilhões de dólares com bilheteria (fora produtos licenciados e merchandising em geral), o Marvel Cinematic Universe (MCU) já é formado por 22 filmes, além de séries de TV, streaming e curta-metragens.

Apesar de receber muitas críticas de cineastas mais tradicionais, como o premiado Diretor Martin Scorcese, que já comentou em um passado recente que “os filmes da Marvel não são cinema”, é inegável o sucesso econômico da franquia de super-heróis. Com isso, muitos estúdios de Hollywood têm tentado copiar a “fórmula Marvel” em suas produções. Mas será que os empresários também podem aprender algumas lições com o sucesso da casa dos vingadores?

É importante lembrar que a Marvel nem sempre foi essa empresa bem sucedida que conhecemos hoje. Na verdade, antes de ser adquirida pela Disney, a editora de quadrinhos encontrava-se em grandes dificuldades financeiras, tendo inclusive que vender os direitos cinematográficos muitas de suas propriedades intelectuais. Foi por isso que, até pouco tempo, a Marvel Studios não utilizava personagens populares como o Homem-Aranha ou os X-men em seus filmes.

Com os direitos cinematográficos dos seus principais personagens vendidos a outros estúdios, a Marvel precisou dar início ao seu universo no cinema com algumas propriedades menos conhecias. Pode parecer difícil de imaginar hoje em dia, mas antes de 2008, o Homem de Ferro era um personagem infinitamente menos popular (e rentável) do que, por exemplo, os X-men, cujos direitos para filmes estava nas mãos da FOX Studios (até então, concorrente da Disney).

Para superar esses desafios, a Marvel precisou inovar muito, se tornando uma referência no segmento cinematográfico. Você pode gostar ou não dos seus filmes, mas é inegável que a casa dos Vingadores virou uma máquina de fazer dinheiro.

A seguir, vamos comentar sobre algumas lições sobre Inovação Empresarial que podemos aprender com a trajetória da Marvel nos cinemas.

 

Arriscar onde os seus concorrentes ainda não tentaram

Nos quadrinhos, as histórias de equipes de heróis sempre fizeram muito sucesso. No entanto, algo assim nunca havia sido feito no cinema até então. Para contextualizarmos, a Warner, dona da DC Comics, por exemplo, era há anos proprietária dos direitos do Batman e do Superman, dois dos heróis mais lucrativos da cultura pop, porém nunca havia feito nenhum filme que juntasse os dois personagens, trabalhando apenas com histórias isoladas.

Já a Marvel, após ser adquirida pela Disney, aproveitou a estrutura que ganhou com a recém-constituída Marvel Studios e criou um universo cinematográfico interligado. Isso era algo que nunca havia sido tentado e, sem dúvidas, era um risco muito grande. No fim das contas, entretanto, o investimento compensou e, hoje, o MCU é uma das propriedades intelectuais mais lucrativas do mundo do entretenimento.

Eventualmente, a Warner tentou copiar a fórmula da Marvel e finalmente fez filmes unindo os principais heróis da DC Comics, porém a sua Liga da Justiça só saiu anos após os Vingadores e nunca conseguiu o mesmo sucesso de público.



Para inovar na sua empresa, é importante arriscar e tentar coisas novas. Fazer o que os seus concorrentes não fizeram, seja por falta de criatividade ou por achar arriscado demais.

Obviamente, os gestores precisam se planejar muito bem e calcular os riscos. Nem sempre você vai acertar, nem mesmo a Marvel acerta sempre (é só lembrar o fiasco que foi o “Vingadores 2 – A Era de Ultron”), mas se você quiser se consolidar no mercado como uma empresa inovadora, é fundamental fugir da zona de conforto.

 

Diversificar para se manter atual e relevante

A inovação empresarial não serve apenas para te colocar no topo, mas também para te fazer permanecer lá. Mesmo após ter alcançado recordes de público com o primeiro filme dos vingadores (que marcou o encerramento do chamada “Fase 01” do seu universo cinematográfico), a Marvel Studios manteve uma cultura de inovação para os seus próximos filmes.

Em entrevista ao Podcast da Harvard Business Review, o Prof. Spencer Harrison, que estudou durante anos o modelo de negócios da Marvel, apontou como a empresa consegue manter os seus filmes sempre atuais e inovadores, mesmo que sempre em um mesmo universo ficcional.

Ele destaca que, apesar de existir uma cúpula estratégica que pensa os filmes e o MCU a longo prazo, cada filme é trabalhado individualmente e a empresa prioriza a contratação de profissionais com grande diversidade criativa.

Ao invés de contratar apenas equipes especializadas em filmes de super-heróis ou grandes blockbusters, a Marvel dá oportunidades a pessoas que se destacam em outros segmentos, inclusive em produções menores ou independentes.

Taika Waititi, o diretor do filme Thor Ragnarok, por exemplo, fez a sua carreira dirigindo filmes de comédia. Seria uma escolha no mínimo estranha para a direção de um filme de orçamento gigantesco sobre um Deus Nórdico (especialmente considerando que os filmes anteriores do personagem foram focados muito mais na ação e nos efeitos visuais), porém a sua escolha foi justamente para trazer algo novo à formula do MCU.

Esses novos ingredientes que são colocados na mistura geram um universo cinematográfico que está em constante inovação. Assim, mesmo após mais de duas dúzias de filmes, sempre existe aquele gostinho de novidade.

Na sua empresa, essa postura de inovação também é importante. Ainda que você venda com sucesso o mesmo produto ou serviço há anos, uma mudança na forma de apresentá-lo ao seu cliente pode fazer toda a diferença para a percepção de valor. Se os filmes da Marvel fossem sempre todos iguais, o público de certo já teria enjoado deles. A mesma coisa pode acontecer com o seu produto.

Formar uma equipe de profissionais multidisciplinares ajuda no processo de inovação, pois a sua empresa não fica aprisionada naquela bolha comum. Por exemplo, um escritório de contabilidade que tenha alguém com conhecimento em tecnologia da informação na sua equipe pode muito mais facilmente inovar e tornas os processos eficientes com o uso da informática do que um outro escritório de contabilidade que tenha apenas contadores e técnicos em contabilidade na sua equipe.

 

Ouvir e respeitar o seu público

O mais recente filme do MCU, “Homem-Aranha: Sem volta pra casa”, produzido em parceria com a Sony Pictures (que ainda detém os direitos cinematográficos do “cabeça de teia”) é um exemplo de como trabalhar de forma eficiente na Era do Consumidor.

Novamente, a Marvel Studios fez o que parecia ser impossível (ou, pelo menos, uma fantasia distante de algum nerd fã do Homem-Aranha) ao unir em um único longa-metragem as três versões live-actions do personagem.

Não à toa, o filme é o mais assistido no mundo inteiro desde o início da pandemia, já tendo faturado mais de um bilhão de dólares em bilheteria. Às vezes inovar é simples assim: basta saber ouvir o que o seu público deseja e entregar isso a ele.

No seu negócio, conhecer o seu cliente pode ser uma ferramenta importantíssima para a sua inovação empresarial. Saber o perfil do seu consumidor, o que o leva a adquirir aquele produto, quais as suas necessidades e como melhorar a sua satisfação é o primeiro passo para a inovação.

Esse feedback pode ser utilizado para desenvolver novos produtos ou até mesmo para melhorar os que já existem, deixando-os mais adequados ao seu público. O cliente percebe quando algo é feito pensando nele e isso agrega muito valor àquilo que ele consome.

Esses são apenas alguns dos ensinamentos sobre inovação que podemos aprender estudando essa gigante do entretenimento. Enquanto os diretores da Marvel Studios manterem essa gestão inovadora, parece que ainda veremos muitos super-heróis por aí, salvando o universo e enchendo os bolsos dos executivos da Disney de dinheiro.

Não perca tempo, inove também na sua empresa e siga avante com os seus negócios!

 

André Charone Tavares Lopes


sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A rebelião das novas elites - Os anarquistas do terceiro milênio

 A elite da elite dos millennials se caracteriza pela hipocrisia e o individualismo

a rebelião das novas elites - os anarquistas do terceiro milênio

Os millennials são constituídos de 3 grandes tribos distintas:

1) Pela grande massa dos destituídos, com baixa educação e poucas possibilidades de inserção na Economia 4.0;

2) Pela elite bem educada, que tem amplas possibilidades de plena inserção nos grandes avanços que já se realizam pela inteligência artificial, pela computação quântica, pelo 5G;

3) E pela elite da elite, "o crème de la crème" dos millennials, que chamo dos anarquistas do século XXI.

A rebelião das novas elites ou dos anarquistas do século XXI se constitui, também, numa tribo com características bem próprias que marca o nosso tempo. Pensam à esquerda, mas vivem à direita.

Em geral são ricos, já que regiamente recompensados pelas inúmeras organizações em que, transitoriamente, prestam serviços, sem quaisquer vínculos mais profundos de compromisso e dedicação.

Vestem-se sem ostentação, ora casual ora formal, ajustando-se às circunstâncias apropriadas, como se não tivessem tanto dinheiro ou se apresentando nos "trinques", quando necessário.

Gostam de passar férias em lugares exóticos, principalmente em países africanos e asiáticos, nas montanhas do Himalaia e da Nova Zelândia ou nos desertos da Austrália.

O máximo permitido é Cuba, a Disneylândia da esquerda brasileira.

Mas não dispensam os voos de classe executiva e o dernier cri da última trapizonga tecnológica.

Compadecem-se da miséria e da fome nos países subdesenvolvidos, mas não abrem mão do vinho dernier cru e das delícias da nouvelle cuisine.

As novas elites são, assim, um híbrido não muito bem definido entre hippies e yuppies: vocalizam os valores de liberdade e de afirmação dos anos 1960, mas focam a ação profissional na busca da riqueza em moto-contínuo.

Moralizam a transgressão e produzem um discurso de rebeldia ao establishment, mas, contraditoriamente, atuam na busca permanente por usufruir o máximo de conforto, benefícios e privilégios que sejam capazes de apropriar e acumular, típica dos millennials.

A rebelião das elites é a contracultura às organizações que se pretendem autocultuar como se fossem verdadeiras seitas do trabalho. Constituem-se como verdadeiro apartheid social no mundo empresarial globalizado.



São os anarquistas do terceiro milênio. Não aceitam limites ou laços permanentes com lugares, pessoas ou organizações. Em verdade, nem com cidades, regiões ou países. São os novos nômades dos tempos globalizados.

Não são anarquistas contrários à globalização, tão comuns nas manifestações de rua nos últimos tempos em todo o mundo.

Ao contrário, centram a sua rebeldia em um anarquismo individualista, no qual buscam tirar partido temporário das circunstâncias onde quer que estejam. "O negócio é levar vantagem em tudo". Para esse grupo dos millennials, a moral cedeu lugar ao moralismo da hipocrisia. E hipocrisia vira o vício da moda; e o vício da moda vira virtude.

Vagam como predadores, de organização em organização em busca de sua autorrealização, prestígio e reconhecimento, a despeito das consequências que geram nos circunstantes por suas decisões sempre voltadas para os interesses dos que detêm o poder no mundo dos negócios. São adeptos do maquiavelismo do sucesso pessoal: "que se danem os escrúpulos", apesar do discurso moralizante do politicamente correto. Praticam a escalada do "como se dar bem". São as forças mercenárias das elites globalizadas, cada vez mais requisitadas para o enfrentamento de crises específicas ou para o redirecionamento de metas, de demissões, de missões e de visões mais utilitaristas, ou para realizar as joint ventures soi disant de incorporações e fusões, compras ou absorção cruéis de empresa por outra.

Não vestem a camisa de ninguém: países, organizações, equipes, pessoas, parentes ou familiares diretos. São leais somente a si próprios e ao que temporariamente realizam. São "os donos dos castelos dos homens sem alma".

São como algumas estrelas do jet set internacional, como o jogador Ronaldinho Gaúcho que, certa vez, declarou à imprensa: ganhar o campeonato europeu com o Barcelona era muito mais importante do que participar da Copa Mundial jogando pelo Brasil.

São rigorosamente contrários à atual ordem econômica mundial, mas nada fazem para mudá-la, além de discursos ácidos, em geral, numa reunião social festiva.

Ao contrário, tudo fazem para tirar do sistema que tanto criticam o que melhor puderem obter para si.

Em suma, discutir o mercado de trabalho, novas tendências e tecnologias no florescimento da Economia 4.0 sem considerar essas tipicidades da realidade das gerações Y e Z, os millennials, que já ascendem e ascenderão às direções das organizações e dos governos na sociedade globalizada, é "querer tapar o sol com a peneira", é querer buscar refrigérios para as questões candentes que, de fato, são as causas reais das circunstâncias em que já vivemos e vamos viver no futuro.

Wagner Siqueira

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Como alcançar a prosperidade em todas as áreas da vida?

A prosperidade é um belo estado de espírito. Nada tem a ver com a quantidade de dinheiro que temos a nossa disposição.

A PROSPERIDADE É UMA ENERGIA MAIS ABRANGENTE DO QUE O DINHEIRO, AS MAIORES BÊNÇÃOS QUE ELA TRAZ NÃO SÃO MATERIAIS, MAS SIM, ESPIRITUAIS.

Quando a alcançamos, nos sentimos satisfeitos diante de tudo aquilo que somos e diante de tudo o que nos é oferecido.

Por isso, vemos poucas pessoas ricas financeiramente, e felizes em todas as áreas da vida. Geralmente, alcançam muitos bens materiais, mas internamente, enfrentam profundos desafios emocionais e familiares.

A prosperidade verdadeira é alcançada a partir da satisfação interior. Quando nos sentimos satisfeitos e agradecidos diante da vida, nos é permitido acessar toda a abundância que é emanada pela inteligência divina. desde dinheiro, sucesso, e reconhecimento, até a tão desejada harmonia e paz em todas as áreas da vida.

Mesmo que não haja dinheiro em abundancia, a pessoa próspera, se sente feliz, e contente com tudo o que possui, e nada lhe falta.

SER PRÓSPERO É SE SENTIR ABENÇOADO E AGRADECIDO, AQUI E AGORA.

A prosperidade é um estado de harmonia generalizada onde conseguimos extrair de todas as situações, até das mais desafiadoras, suas valiosas lições!

As pessoas prósperas são capazes de agradecer, verdadeiramente, cada uma delas!

São capazes de ver a luz apesar das ilusões do mundo.

Conseguem antever soluções para problemas antigos e passam a transformar realidades a partir da sua paz interior, da sua confiança, diante da sua alma amadurecida!

Um ser próspero entende que, não há maior riqueza do que limpar os seus lixos emocionais!

Como confia na vida e em si mesmo, se compromete a fazer essa limpeza diária e, quanto mais se purifica, mais e mais sucesso conquista, mais e mais reconhecimento, mais e mais companhias iluminadas se aproximam! Companhias essas, que abrem caminhos para que a abundância adentre e ilumine todas as áreas da sua vida!

Quem vive insatisfeito não se torna próspero, ou seja, não consegue acessar o bem-estar, porque acredita que só será feliz quando tiver muito dinheiro, quando conquistar o sucesso, quando for amado, e assim por diante…

Quanto mais julga a vida, se compara, critica, e se sente insatisfeito, mais acontecimentos infelizes o encontra desprevenido. E com tantas situações desastrosas acontecendo em sua vida, ele se entrega as lamentações, e reclama de tudo.

Reclamando de tudo, ele não consegue perceber o que existe de bom em sua vida. Ele não consegue perceber que existem pessoas que dariam tudo para viver a vida que ele tem. Ou porque não possuem saúde como ele, ou porque não possuem um lar, uma família, não podem ter filhos, perdeu a vários entes queridos na pandemia, não tem alimento hoje em sua mesa…

Cada um enfrenta uma batalha nessa vida, e mesmo que algumas sejam semelhantes, nenhuma é igual. O ser próspero consegue enxergar prosperidade em tudo, até nos desafios, que os outros acreditam ser dificuldades intransponíveis.

Ele vê nos desafios uma oportunidade de superação, de demonstrar a sua coragem, a sua força, e de vencer a si mesmo.

E a cada batalha vencida ele renasce na resiliência e se ilumina no amor.

Se você sente que a prosperidade está longe de ser alcançada por você, faça uma autoavaliação amorosa:

Admita que você critica e julga tudo e todos o tempo todo!

Para que aconteça uma mudança efetiva em nossas vidas, precisamos admitir para nós mesmos os comportamentos que estão nos levando a obter resultados negativos, repetidas vezes.

PRECISAMOS PARAR DE FINGIR SANTIDADE E PARAR DE JUSTIFICAR NOSSAS FALHAS.

Precisamos admitir para nós mesmos que fazemos para conseguirmos conscientemente parar de fazer. Só admitindo com coragem conseguimos limpar esse comportamento tóxico, porque é ele que nos distancia da prosperidade.

Experimente fazer um movimento diferente hoje e para sempre!

Use as suas palavras para motivar e não para criticar!

Olhe para o lado bom das pessoas e das situações!

Foque nos pontos fortes das pessoas e das situações, e principalmente para os seus!

Não perca tempo julgando quem quer que seja! Não perca tempo se culpando ou culpando os outros!

Quando você faz isso, você se distancia mais e mais da prosperidade e depois não sabe porque você faz tanto, mas não recebe na mesma medida!

Avalie suas ações com autorresponsabilidade.

SE PERGUNTE CONSCIENTEMENTE:

AS MINHAS CERTEZAS ABSOLUTAS, ATÉ HOJE, MAIS ME AJUDARAM OU MAIS ME PREJUDICARAM?

Elas me aproximaram da prosperidade ou me afastaram?

Seja honesto!

Dependendo da resposta que você der a essa pergunta, você saberá o que precisa ser transformado, o que precisa ser mudado, não nos outros, mas sim, nos seus próprios comportamentos e crenças!

Essa mudança será o passo decisivo para que você possa vir a ser um ser próspero daqui um tempo, mas entenda: Há mais felicidade em dar do que em receber.

O segredo é se sentir satisfeito e feliz com a própria vida, antes de desejar mais e mais, a satisfação e a felicidade são sinônimos da verdadeira prosperidade e são as chaves que abrem as portas da abundância em nossas vidas.

Iara Fonseca.