segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Consumo digital decola paralelo à retração econômica



Se há um setor que, definitivamente, não entrou na lista da crise, este atende pelo nome de e-commerce, que deve fechar 2015 com um surpreendente faturamento de R$ 43 bilhões, segundo o e-Bit. A necessidade aliada ao vício de teclar e ficar antenado a tudo o tempo todo, está fazendo o brasileiro descobrir um novo meio de consumir, por meio dos aplicativos, sobretudo de produtos e serviços.

Se depender dos números, as empresas podem se preparar para atender esse público potencial de consumo digital: no ano passado foram vendidos no Brasil mais de 50 milhões de smartphones e hoje mais da metade da população está conectada à internet.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, a cada segundo a empresa registra 1,8 novo pedido para acionar linha de internet.

São 180 milhões de conexões ativas, número que não representa o total absoluto de conectados, já que muitas pessoas têm múltiplos acessos à rede mundial de computadores, seja em casa, no trabalho, pelo celular ou pelo tablet. Se continuarmos nesse ritmo, o Brasil deverá ultrapassar este ano o Japão e se tornar o 4º país com o maior número de acessos à rede. Serão 107,7 milhões de usuários, conforme projeções da consultoria eMarketer, número que deve chegar a 126 milhões em 2018.

Esse boom da internet é que fez o Brasil decolar na indústria de aplicativos, que atualmente movimenta US$ 25 bilhões anuais, com expectativa de alcançar US$ 70 bilhões em 2017, de acordo com projeção do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). As duas principais app stores, Google Play e App Store, acumulam quase três milhões de softwares, onde destacam-se aplicativos de games, entretenimento, educação, lifestyle e negócios, impactando diretamente no O2O (Online to Offline).

Embora o termo à primeira vista não pareça popular, ele é parte de uma operação multicanal, que se adapta às demandas de conveniência do cliente e proporciona economia de custos para as empresas, associada aos consumidores.

Um bom exemplo de O2O, que vem despertando o gosto do brasileiro, é o serviço de delivery on-line, seja pela comodidade de realizar pedidos de casa, evitando filas e o trânsito, a dificuldade de encontrar uma vaga de estacionamento e até mesmo a questão da insegurança, colocando o consumo digital cada vez mais em evidência.

O fato é que conforto e acessibilidade são as palavras da vida moderna. Novas plataformas surgem no mercado, inclusive com a proposta de se transforarem em um concierge pessoal de deliveries, mostrando que o consumo digital está se diversificando, se inovando e se reinventando para que nosso dia a dia seja cada vez mais prático e tenhamos mais tempo para nos preocuparmos com o que realmente importa: ser feliz.


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