Se há um setor que, definitivamente, não entrou na lista da
crise, este atende pelo nome de e-commerce, que deve fechar 2015 com um
surpreendente faturamento de R$ 43 bilhões, segundo o e-Bit. A necessidade
aliada ao vício de teclar e ficar antenado a tudo o tempo todo, está fazendo o
brasileiro descobrir um novo meio de consumir, por meio dos aplicativos,
sobretudo de produtos e serviços.
Se depender dos números, as empresas podem se preparar para
atender esse público potencial de consumo digital: no ano passado foram
vendidos no Brasil mais de 50 milhões de smartphones e hoje mais da metade da
população está conectada à internet.
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel,
a cada segundo a empresa registra 1,8 novo pedido para acionar linha de
internet.
São 180 milhões de conexões ativas, número que não representa o
total absoluto de conectados, já que muitas pessoas têm múltiplos acessos à
rede mundial de computadores, seja em casa, no trabalho, pelo celular ou pelo
tablet. Se continuarmos nesse ritmo, o Brasil deverá ultrapassar este ano o
Japão e se tornar o 4º país com o maior número de acessos à rede. Serão 107,7
milhões de usuários, conforme projeções da consultoria eMarketer, número que
deve chegar a 126 milhões em 2018.
Esse boom da internet é que fez o Brasil decolar na indústria de
aplicativos, que atualmente movimenta US$ 25 bilhões anuais, com expectativa de
alcançar US$ 70 bilhões em 2017, de acordo com projeção do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). As duas principais app stores, Google
Play e App Store, acumulam quase três milhões de softwares, onde destacam-se
aplicativos de games, entretenimento, educação, lifestyle e negócios,
impactando diretamente no O2O (Online to Offline).
Embora o termo à primeira vista não pareça popular, ele é parte
de uma operação multicanal, que se adapta às demandas de conveniência do
cliente e proporciona economia de custos para as empresas, associada aos
consumidores.
Um bom exemplo de O2O, que vem despertando o gosto do brasileiro,
é o serviço de delivery on-line, seja pela comodidade de realizar pedidos de
casa, evitando filas e o trânsito, a dificuldade de encontrar uma vaga de
estacionamento e até mesmo a questão da insegurança, colocando o consumo
digital cada vez mais em evidência.
O fato é que conforto e acessibilidade são as palavras da vida
moderna. Novas plataformas surgem no mercado, inclusive com a proposta de se
transforarem em um concierge pessoal de deliveries, mostrando que o consumo
digital está se diversificando, se inovando e se reinventando para que nosso
dia a dia seja cada vez mais prático e tenhamos mais tempo para nos
preocuparmos com o que realmente importa: ser feliz.
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