sábado, 31 de julho de 2021

Pense antes de falar: A palavra levanta ou derruba, emociona ou fere, aproxima ou afasta

Existe um ditado que diz:

QUANDO ESTAMOS CALADOS AS PESSOAS TÊM DÚVIDAS SE SOMOS INTELIGENTES OU IDIOTAS… QUANDO ABRIMOS A BOCA A DÚVIDA ACABA!


 

“O que você vai dizer antes de dizer à outra pessoa, diga a você mesmo”, sabedoria dita pelo pensador romano Sêneca, que as pessoas deveriam, ao menos, tentar pôr em prática.

Todos sabem que a palavra é o reflexo do que se pensa e deseja e que ela tem impacto direto na vida, seja para agradar ou agredir alguém. E não é só quem não tem papas na língua que se atropela ao falar demais, da forma ou na hora errada.

Na maioria das vezes, não se mede o impacto que uma palavra pode ter.

Tem o poder de exprimir o amor, a alegria, o respeito, a admiração, a generosidade, mas também, da forma como é falada, pode carregar a inveja, o ódio, o sarcasmo, o ressentimento.

Por isso, é tão importante ter cuidado com o que você fala e como se fala, o tom da voz. E não se esqueça que a palavra vem acompanhada de gestos, da respiração, de um ritmo que também fará parte de como ela será compreendida.

Saiba que, cada instante da sua vida é moldado pelo que se fala. E não é à toa que muitos repetem por aí que pensamentos positivos e palavras otimistas ajudam, enquanto os negativos encontram obstáculos a mais.

Mas para aqueles que estão despertos é possível entender aqueles que defendem que a palavra é um mantra em ação. Materializada, ela reflete os sentimentos.

Sendo assim, fique atento!

Cuidado com suas escolhas, porque uma palavra mal colocada afeta relacionamentos e a convivência. E a fala dita no momento certo, com a entonação adequada, gera compreensão, amor e se torna uma mensagem poderosa de união entre as pessoas.

Antes de você falar, ouça. Antes de agir, pense. Antes de criticar, olhe para os seus atos. E antes de desistir, tente.

Que tudo o que você for falar daqui em diante seja um ato de amor!

Por Robson Hamuche

 

sábado, 24 de julho de 2021

A gente até estranha quando o amor é calmo, mas não deveria!


 

Amor é esteio, acalanto, é calmaria. Amor é colo.

Recentemente, a Bruna Marquezine disse que não sabia que o amor pudesse ser calmo e tranquilo, como o que ela está vivendo atualmente. Foi esclarecedor, porque muitas pessoas ficam tateando na escuridão de um relacionamento turbulento, em vez de procurarem por águas tranquilas, como deve ser o amor. E vivem apenas momentos de chuva, instantes passageiros.

NA VERDADE, MUITOS DE NÓS PARECEMOS NÃO FICAR MUITO À VONTADE COM O QUE ESTÁ DANDO CERTO.

Quem nunca estranhou quando as coisas estão tranquilas, quando estamos felizes, como se ficássemos desconfiados, esperando algo dar errado?

É como se não nos achássemos no direito de estar nos sentindo bem.

É como se não fôssemos merecedores daquela felicidade toda.

Crescemos sob conceitos que envolvem culpa e pecado, sob o olhar julgador da religião e isso vem conosco a vida toda.

Vivemos em meio a uma diarreia de regras impostas por gente que se acha capaz de ditar o que é certo e errado.

Condenam o que vestimos, comemos, a forma como amamos, o que escolhemos, o que não queremos.

Dentre tantas formas possíveis de estarmos errados, como podemos nos julgar merecedores de felicidade plena?

E isso influencia diretamente a nossa maneira de encarar o amor. Se não há desconfianças, receios, hesitações e discussões, a gente chega a estranhar.

Questionamos até se o outro nos ama realmente, quando ele não fica invocando por ciúmes.

Logicamente, todo relacionamento requer ajustes e passa por algumas tempestades, mas são passageiras e servem para fortalecer os sentimentos.

Brigas frequentes e infelicidade constante são sinais de que algo está muito errado.

A gente não pode se acostumar com as tempestades, com a infelicidade, com o vazio, com a dúvida, com o medo, com as inseguranças.

A GENTE NÃO PODE NORMALIZAR O QUE MACHUCA, O QUE FERE.

O AMOR TEM QUE SER NOSSO PORTO SEGURO, EM MEIO A ESSE MUNDO DOIDO E VIOLENTO.

*Por Prof. Marcel Camargo

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Não tenha medo das mudanças!


 

O amor que sentimos pelos nossos, pela nossa família, pelo nosso companheiro ou pelos nossos filhos, são também pontos fixos da nossa essência vital.

Bem, o amor não é uma entidade estável no tempo. O amor também se transforma e se adapta. Um exemplo disso é nosso próprio relacionamento como casal.

Os dois membros devem estar se adaptando às mudanças de vida que surgem com o tempo: mudanças de emprego, a chegada dos filhos, equilibrando o crescimento individual com o crescimento do parceiro.

Todos estes são momentos que vão exigir a nossa dedicação, a nossa sabedoria e a capacidade de avançar como duas pessoas na mesma unidade existencial.

Compartilhamos essas mesmas raízes nutridas pelo amor, mas erguemos nossos ramos pessoais para continuar crescendo pessoalmente.

Chaves para assumir as mudanças com sabedoria

– Você é a prioridade, o protagonista da sua vida e você é importante no seu mundo.

Não se apegue ao medo ou à indecisão porque, a longo prazo, virá a frustração, o arrependimento por uma vida não vivida.

– Nunca pare de cuidar dessa “criança interior”.

Você deve estar animado por si mesmo e pela vida, ser espontâneo com toda a sabedoria que adquiriu. Não se ancore nos erros do passado nem se alimente de saudades, a vida não espera por quem se detém na sua própria escuridão.

A vida procura a luz e a sua liberdade, deixe-se crescer com ela, com otimismo, esperança e simplicidade.

Tudo muda o tempo todo, muda e passa, então, fique bem, relaxe, tranquilize-se, tudo vai ficar bem.

Por Resiliência Humana

 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

A miopia dos conceitos de geração X, Y e Z

 

Essas expressões representam um olhar reducionista, desconsiderando variáveis culturais, psicológicas, sociais e econômicas que realmente determinam nossos modos de ser e consumir.


Sempre digo que o mundo digital é muito fértil. Ele faz aflorar a cada dia novos personagens que se autoproclamam super especialistas dessa arena online, que é extremamente dinâmica, complexa e movediça, quanto mais você se mexe, mais perigoso vai se tornando.

Criam-se neologismos a bel prazer, termos bonitos, expressões super sexys, infográficos moderninhos, stories cheios de efeitos, keynotes, powerpoints que brilham no escuro, uploadam vídeos super bem produzidos filmados em 4K, além de mega palestras com microfoninho afixado na bochecha e todos os etceteras que você desejar.

Se alguém chegar na sua frente, bater no peito e dizer que é um super especialista dessa cena digital, olhe bem no fundo do olho dele, dê um passo à trás e desconfie. Para mim, isso ainda não existe. Afinal, estamos todos no mesmo barco em um complexo processo de aprendizagem mútua de como entender as lógicas e engrenagens desses novos espaços comunicacionais online. Nessa arena online que habitamos, devemos dar cada passo de forma minuciosa. Tudo é muito difuso e hesitante.

Dentro de toda essa euforia discursiva que o palco do mundo digital nos apresenta, a cada dia vemos novos termos sendo criados no intuito de se desenvolver algum tipo de categorização para esses novos fenômenos. Geração Y, Millenials, Geração X, Z, W, Humanóides, etc, etc. são alguns dos termos que vejo, concebidos despudoradamente e que tenho lido de anos pra cá. Outro dia vi um dito professor mostrar uma tabela excel com datas, anos de nascimento e a qual respectiva geração cada um de nós pertencia. Oi? Não é tão cartesiano assim a parada, meu chapa. Eu não gosto desses termos, eles são rasos e reducionistas. Acho que são termos muito marqueteiros e usados de forma por vezes meio leviana, sabia? E tem gente que carrega um estandarte com esses edulcorados termos e que fazem vender livros, palestras, ganham views, likes, seguidores etc.

Os chamados "e-Books" sobre esses temas, então, pululam por nossas timelines. Aliás, chamar essas coisas de e-Book é rir da nossa cara, né? Outro dia, apareceu um desses em minha timeline, sagazmente amarrado com uma boa estratégia de inbound e captura de emails, e me dei ao trabalho de baixar. Para minha surpresa, era "vendido" como livro, mas quando baixei se tratava de um powerpoint safado com cerca de 30 slides. O que me preocupa, e que me deixa levemente angustiado, é que muitos desavisados e muita gente pelo Brasil afora caem nessas armadilhas fáceis e tomam aquilo como verdade. Afinal, pra quem tem sede de conhecimento, qualquer golinho de água serve.

Pegando apenas o exemplo do Brasil, somos um país gigantesco, continental e com mais de 220 milhões de pessoas. Um país fragmentado, plural e com uma das maiores desigualdades sociais do planeta. Quer dizer que jovens nascidos dos anos 2000 pra cá são da geração tal e todos se comportam desse jeito blá, blá, blá??? Não é bem isso. Não podemos comparar jovens da classe alta de São Paulo, moradores do bairro dos Jardins, com um jovem de classe baixa de uma cidadezinha do interior de Rondônia. E praticamente todas essas categorizações de geração isso ou aquilo colocam todos no mesmo balaio a partir apenas dessa variável etária. Simplesmente dão de ombros para essas outras inúmeras variáveis essenciais.

De novo, chamar pessoas de geração X ou Y, ou seja lá o que for, eu acho algo frágil, refratário e irresponsável. É um olhar muito reducionista que simplesmente desconsidera outra centenas de variáveis culturais, psicológicas, sociais e econômicas, e que realmente determinam nossos modos de ser e consumo de mídia, por exemplo. É claro que essas classificações são sedutoras e usadas como atalhos mentais muito astutos e que simplificam o entendimento da pessoa de um modo mais fácil. Mas seja cauteloso. Compreensão de hábitos de determinados segmentos de consumidores a fim de os colocarmos em caixinhas para algum tipo de sistematização de comportamentos exige um extremo rigor metodológico, estatístico, sociológico e geográfico. Sugiro um mapeamento preliminar cuidadoso mais representativo, de natureza mais quantitativa, e depois um aprofundamento mais qualitativo para se buscar algum tipo de nitidez de entendimento. Uma pesquisa empírica baseada na mera observação também é uma técnica valiosa e que também certamente oferecerá bons insights. Há estudos de geração Z, por exemplo, que colocam jovens de diversas partes do mundo na mesma cesta e buscam categorizações, ao meu ver, completamente míopes. Se estamos falando de Brasil, o mundo então é algo absolutamente ainda mais fragmentado, diverso, heterogêneo e multifacetado. Quando vejo esses gráficos, sempre vou buscar a fonte na cantinho, e quase sempre são institutos e empresas de baixíssima relevância e confiança.

Você sabia que nosso Brasil tem cerca de 100 milhões de pessoas que nem acesso à internet têm? Você sabia que nosso país tem cerca de 100 milhões de pessoas que nem acesso à água encanada têm? Você sabia que uma entre cada três pessoas acima de 16 anos em nosso país é desbancarizada? Você sabia que metade de nossos mais de 5000 prefeitos nem faculdade tem? Pois então, durma com esse barulho. O Brasil tem muitas virtudes e seríssimos problemas para resolver ainda.

Cuidado para não deduzir hábitos de consumo de mídia a partir de seu entorno, a partir de sua bolha de classe média privilegiada. Por exemplo, prega-se que essas novas gerações de jovens são novos seres, que são multitarefa, multi-isso, multi-aquilo. Que as crianças hoje em dia fazem mil coisas ao mesmo tempo, que bebezinhos com meses de vida já conseguem desbloquear o iPhone com o dedinho. Mas será que tudo isso são características peculiares dessas novas gerações? Será que é possível termos drásticas mudanças geracionais em 20 ou 30 anos apenas? Oras, se dessem um iPad na nossa mão quando éramos criancinhas, será que também não sairíamos dominando o touchscreen de forma íntima? É claro que sim! Na nossa época nossos brinquedos eram outros. Eu tenho 42 anos hoje e quando era criança não existia o tal iPad, nem smartphones, nem nenhuma outra engenhoca que se aproxime desses incríveis dispositivos eletrônicos, nem dos videogames que temos hoje. Meus brinquedos eram apenas outros, pipas, piões, bola, jogos de tabuleiro etc.

Eletronicamente falando, nem um reles Pense Bem eu tive. Mas tive um Atari e um Tele-Jogo. Yes! E ganhei um Colossus do meu pai aos 10 anos de idade. E essa molecada hoje tem iPad, iPhones, Smart Watches, X-Box, usa TikTok o dia todo, assiste a uma miríade de canais de YouTube, usa aplicativos pedagógicos, fica no Discovery Kids o dia inteiro. Eles são muito mais estimulados do que nós fomos na nossa longínqua infância e, por isso, tendem a adquirir uma capacidade sensório-motora um pouco mais polida que a nossa. Apenas isso. Simples assim.

O uso do videogame deixa a criança mais inteligente? Metade dos especialistas dizem que sim, outra metade diz que não. Ele deixa a criança mais violenta? Metade fala sim, e metade fala não. Games deixam crianças mais ansiosas? Sim! Videogame vicia? Com certeza! Devido a esse tamanho estímulo que essas gerações mais recentes recebem, eles serão mais inteligentes que a gente quando chegarem aos 20 ou 30 anos? A resposta é: talvez sim, talvez não, a resposta é uma folha em branco, não sabemos. Oras! Mas o filho do meu primo estuda e ao mesmo tempo escuta música com fone de ouvido, e joga Minecraft no iPad, e assiste a um vídeo do canal favorito do YouTube, tudo ao mesmo tempo de forma simultânea. Tsc! Tsc! Não, cara pálida! Ele faz uma coisa de cada vez, ninguém faz mil coisas ao mesmo tempo. Quer dizer, talvez a minha avó Elsa tivesse sido sim multitarefa, pois ela criou meu pai e mais 5 irmãos, e cozinhava, lavava, passada, arrumava a casa, produzia conservas e cerveja artesanal para vender na cidade. Tudo ao mesmo tempo!

Analisar esses novos fenômenos da cena digital, destilar nossa opinião e cair em argumentos simplistas é uma armadilha fácil e irresistível para alguns desavisados. E vejo muitos "gurus de plantão" caírem nessa arapuca. Por isso, entendo que devemos nos preparar, estudar, pesquisar de verdade, e ter a lupa bem ajustada para tentarmos ter algum tipo de lucidez em interpretar essa nova arena online. Seja muito cauteloso com relação ao que pauta esses discursos sobre a revolução-tecnológica-do-futuro-que-já-chegou. Vamos sempre tentar abandonar esse determinismo tecnológico e compreender as tecnologias como parte dos desdobramentos socioculturais que envolvem redes de pessoas, projetos e instituições. A sedutora ideia do TUDO MUDOU me parece um tanto ingênua e essencialmente arrogante.

Temos hoje grandes pensadores que entregam a vida ao entendimento dos processos e fenômenos da cultura digital, então por que não segurar na mão desses nomes e analisar esses novos fenômenos à luz deles? Cito aqui alguns deles apenas: Vinicius Pereira e Erick Felinto da UERJ, Henry Jenkins, Gisela Castro da ESPM, Beatriz Polivanov da UFF, Nestor Canclini, Manuel Castells, André Lemos da UFBA, Beth Saad da ECA USP, Pierre Levy. Tudo gente graúda! Jogue os nomes deles no Google, YouTube, and have some fun. A dica de ouro é: muito cuidado com o que se lê! Seja muito, mas muito criterioso e não se impressione com mini-CVs gigantescos e cheio de termos bacanas. Cuidado com fake news! Não é porque está na web, que é verdade, certo? O mundo digital é um ecossistema infestado de falsos profetas, charlatões cibernéticos, produtores ininterruptos de vídeos em HD e futurologistas baratos que fariam inveja à Mãe Dinah (RIP).

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