Os filhos da ânsia são aqueles que nada lhes foi negado, sempre
tiveram todos os seus desejos atendidos, sob pena de ficarem ''traumatizados''.
Ao entrarem na vida adulta, são eles que também vão comandar o mundo e ditar
comportamentos doentios, marcados pela egolatria e pela infantolatria, palavra
que lhes confere a supremacia. Em uma família saudável, a criança se adapta ao
cotidiano da mesma.
Mas, os filhos da ânsia crescem e vão exercer funções sociais,
onde também vão desempenhar papéis nas repartições públicas e na política,
achando que o mundo também está a seu dispor. Seu verbo? - ''Querer.''
Essa miséria espiritual que vivemos em todas as áreas e setores
da sociedade, essa cobiça desmedida, mostra o quão mal informados dos nós fomos
e somos por quem detinha e detém o poder e permitiu, que as leis fossem brandas
e frouxas aos corruptos, políticos e toda verve ruim, permitindo que as leis
punam, com severidade, os degenerados, os excluídos e as classes indefesas,
para dar exemplo. Viu?
A corrupção é, hoje, a máquina motriz e fazedora de um círculo
de vícios que envergonha o povo brasileiro. Cada cidadão de bem deve ficar
constrangido, quando abre um jornal e vê seu Brasil varonil com a foto de
políticos ‘’rindo’’ da justiça, pois sabem das brechas das leis que os
protegem, eles fazem as leis!
Brasil virou o paraíso do crime e da impunidade, onde surrupiam
o dinheiro público para usufruir nos paraísos fiscais com suas famílias felizes
e sorridentes, blindadas dos escândalos, que acontecem nas terras tupiniquins.
Esse sistema, há mais de 500 anos, empurra as classes
vulneráveis para um abismo de miséria e ignorância, a situação é tão grave que
muitos não conseguiram vencer ainda este abismo, apesar das políticas públicas
que os últimos governos têm feito em favor dos menos favorecidos.
Esse grito maior, que falta em favor dos excluídos , pode ser o
egoísmo herdado lá no berço. A reta singela dos princípios, para se viver com
dignidade, diz-se que o ser humano não precisa de muito para viver...esse
capitalismo exagerado nem nos diz mais respeito, não temos mais o capital!
Parece querer nos dizer que a moeda de troca hoje pode ser o
amor, a simplicidade, essas coisas pequenas que são grandes e significantes.
Se sou bom, serei melhor, se não, serei aquele que frustra os
anseios da sociedade, agindo de forma tortuosa, prevaricando e lesando a coisa
pública.
Assim, como frutos caídos pelas estradas, vamos espalhando
nossas influências, nossa ânsia aflorada, dando o melhor e o pior de nós
também.
Patologizou-se a sem-vergonhice, popularizou-se o Dolce &
Gabanna, (coisas do capital) e vulgarizou-se a educação. Quanta disforia
encontramos nesse mundo! E, muitas vezes, não podemos fazer nada.
Quando somos escravos dos desejos no sonho do outro, custamos a
evoluir, castração violenta dos próprios desejos...talvez nosso papel, muitas
vezes, seja esse, ser um mero expectador da própria desesperança.
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