Nos últimos dias,
aplicativos como Uber e WhatsApp estão em meio a polêmicas por estarem
enfrentando ambientes de monopólio (táxis) e oligopólio (telefonia). As
empresas do ramo da telefonia querem que as ligações do WhatsApp (de baixa
qualidade pela demora entre uma pessoa falar e a outra receber) sejam regulamentadas,
pois elas afirmam que o aplicativo utiliza o número de telefone para fazer a
ligação.
Os taxistas afirmam que têm profissão
regulamentada e que as pessoas que trabalham para a Uber não são
regulamentadas, não pagando impostos pelo serviço.
A Uber apresenta um
serviço de caronas pagas para as pessoas. Algumas notícias que vi mostram que a
Uber é mais cara que o táxi convencional. Porém, o serviço exige que os
motoristas atendam a alguns critérios. Um deles é que o carro tenha, no máximo,
três anos.
Dado isto, vamos à
Teoria Econômica. Na teoria econômica, na qual o melhor dos mundos é a
concorrência perfeita, onde a quantidade de vendedores é tão grande que eles
não podem determinar o preço do produto, sendo ele determinado pelo mercado.
Esse exemplo não existe na vida real, mas é um ponto a ser atingido. O aumento
da concorrência retira o poder dos empresários e repassa ao consumidor: preços
altos resultam em redução das vendas e, por consequência, dos lucros.
A Uber e o WhatsApp
apresentam serviços de qualidade diferente: o primeiro mais caro, porém com
melhor qualidade. O segundo com pouca qualidade, mas sem custo adicional ao
estar na internet.
As empresas
telefônicas não aceitam que o serviço seja gratuito, enquanto elas perdem fatia
de mercado e são regulamentadas pelo Estado (diga-se de passagem, de quem
demandam a intervenção).
Os taxistas oferecem
serviços de que podem ser de qualidade ou não, mas não aceitam melhorar seus
serviços: querem que o governo os garanta o monopólio.
A concorrência só
pode trazer benesses para a sociedade, mas esta não se une para defender os
seus interesses. Enquanto isso, em outro mundo, a arrecadação aumenta, a
inflação chega a dois dígitos e os juros estão altos.
Maldita
concorrência, que melhora os serviços e reduz os preços.
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