A decepção é algo intrínseco à vida humana, nos
decepcionamos quando pequenos se não ganhamos o esperado presente de natal ou
mesmo quando aquela promoção do trabalho não chega, mais ainda quando
fantasiamos os diálogos, ações e gestos das pessoas que gostamos, queremos que
elas sejam aquelas personagens perfeitas, que digam o que foi ensaiado no
teatro da nossa mente.
Esquecemos que as pessoas têm sentimentos próprios e
estamos atuantes na lei do livre arbítrio.
Quando o fim de um relacionamento chega é difícil prever
pois não tem data de validade nem um aviso prévio, é um ato de egoísmo de
algumas das partes seja pela insistência do termino ou por querer perdurar o
momento, mas é um ato de amor próprio, liberta-se de tudo e aquilo que não nos
fazem bem.
Sempre tive medo de namorar, porque inconscientemente tinha
medo do “termino”, era um fantasma que me assombrava. Acreditava como uma boa
menina, que seria feliz para sempre com a pessoa do meu lado, que o primeiro
namorado seria o companheiro de toda minha caminhada, tinha medo da lacuna que
o fim do namoro me causaria, não sei lidar com despedidas, dizer “Adeus” é como
se uma luz dentro de você se apagasse. Se pudesse teria todos os meus amigos a
todo tempo comigo, colocaria eles de
“chaveiro” na minha bolsa.
Mas o tempo foi passando, e aquilo que tinha mais medo
aconteceu, precisei dizer “Adeus”, um amigo meu fez uma analogia com o livro do
“O pequeno príncipe”, a raposa quer
cativar e ser cativada, mas as vezes o Principezinho prefere voltar com a rosa
e espetar o dedo nos 3 espinhos do que aprender com a raposa. Ora somos a
raposa ora o pequeno príncipe.
O amor deve ser algo libertador, devemos ser pássaros que
voam mas tem a certeza que terá para onde retornar quando as intempéries
voltar, não buscamos alguém que nos completem, mas que nos agreguem.
A vida não tem um “manual” de instrução que diz com quem
que você deve se relacionar, aí que está a magia, cada pessoa que passa na
nossa vida tem um motivo, um ensinamento e se elas saem da nossa vida deve
também ter uma explicação.
Somos seres
errantes, que saímos em busca de amizade, carinho, compreensão, devemos
encontrar a reciprocidade, a troca e se não houver isso, sinto muito meu amigo
não se há nada. Seja a troca de olhares, gestos, carinhos, não precisa pedir esse é dado com todo o coração.
Não mendigamos um abraço nem um beijo esses devem vim com o
ato de amar, seja amor de amigo ou de amante, se isso acontece já é um sinal
que não somos honestos um com o outro.
O perdão é algo que devemos tanto para a pessoa amada quanto
para nós mesmos, nos perdoar de não ter dado certo, perdoar pelas vezes que
mentimos e dizemos “esta tudo bem” e principalmente aceitar que não era para
ser.
A despedida indica que estamos fechando um capitulo, mas
abrindo um outro. Se não for o primeiro que seja o segundo ou terceiro amor.
Merecemos mais do que isso, alguns “alguéns” me diziam “nascemos para ser
felizes”, a vida é uma tentativa o que
implica em erros, liberte-se das amarras do convencionalismo, da comodidade, o
amor é como aquela criança que ficou triste de ter perdido a brincadeira mais
certamente quererá se aventurar em outras. Não sejamos pássaros engaiolados!
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