Assim como a semente que germina, também a criança necessita ser
fortalecida para saber lutar no ambiente social.
Reflito a respeito disso
quando falo da mulher moderna no seu papel de mãe educadora. Dar amor, alimento
e espaço para desenvolver os talentos naturais da criança é a tarefa da mãe.
Contudo, o equilíbrio nessa relação pedagógica é importante, e a orientação é
atentar para as atitudes superprotetoras dentro da família.
Com a superproteção "corta-se as asas" e bloqueia-se o
crescimento do jovem. Não tendo o espaço necessário para romper a terra (casca)
sozinho, com esforço pessoal, a criança ou o jovem permanece atrofiado, preso,
dependente do núcleo familiar.
Não sabendo enfrentar as dificuldades do
ambiente social em primeira pessoa, acomoda-se, frustra-se, não encontra a
estrada ou, como no dito popular, "morre na casca".
Em uma oportunidade, presenciei os movimentos de um casal já
maduro com a filha de aproximadamente dez anos. A menina era convidada a permanecer
na mesa, enquanto a mãe questionava: queres um pãozinho? Massinha? Bifinho?
Peixinho? Queres um presuntinho? E assim sem cessar.
Durante as idas da mãe ao buffet, a menina permanecia na mesa
com o pai, que cortava os alimentos para a menina.
No absolutismo da posição da mãe, o pai compra a ideia. A
criança, inerte, aceita as limitações e as imposições. O dependente torna-se
exigente.
Aceita a dependência, mas sabe que é capaz. Prostitui-se para
tirar vantagem imediata na relação familiar, chama a atenção através da
dependência sugerida. Com isso aceita a invalidez e a incapacidade que sabe não
ter.
A mãe está posicionada com boa fé, mas tende a agir de modo a
fazer com que os filhos sejam eternos parceiros dependentes.
Esse empenho torna
a mulher, mãe, única mediadora na relação filho e mundo, contribuindo para ser
fraco, infantil e incapaz de entrar na competição social em primeira pessoa, de
modo direto, vencedor.
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