sábado, 28 de abril de 2012

A invisibilidade



A invisibilidade é um assunto que fomenta o imaginário de pessoas de todas as faixas etárias, desde crianças de tenra idade, passando por pré-adolescentes incentivados por desenhos e filmes; e até mesmo os adultos sonham por algumas vezes realizar, praticar ou saber de tudo aquilo que a matéria corporal não lhes permite.

Quem em suas brincadeiras de infância não imaginou ser invisível por alguns momentos? A primeira ideia que pode ser construída a partir deste tema está ligada a um “status”, um diferencial positivo, que faria com que a sociedade reconhecesse o indivíduo por essa capacidade fantástica. Todavia, essa invisibilidade do mundo imaginário é uma construção da mente que possivelmente não seja alcançada pela ciência humana.

Entretanto, de outra banda, temos uma invisibilidade que é tão presente e real dentro da nossa sociedade que passa paradoxalmente a não ser percebida, dando vazão ao significado mais controverso acerca do tema, qual seja, a invisibilidade sob o aspecto denotativo, com o mais amplo conceito semântico. Afinal, onde queremos chegar com essa quase parábola acerca da invisibilidade?

Uma simples pergunta, mas como uma resposta no mínimo tormentosa para muitas pessoas, pois estas podem se identificar, como dizem alguns, em gênero, número e grau com as reflexões e também indagações aqui presentes. Dessa forma, vejamos: quantos de nós ontem, ao sairmos de casa desejamos um bom dia ou uma boa tarde a uma pessoa desconhecida que nos ombreava em uma calçada qualquer ou mesmo em um estabelecimento comercial?
Quantos cumprimentaram um funcionário que nos atendeu em um caixa ao pagarmos nossas contas ou compras?
Quantos cumprimentaram um funcionário da limpeza pública?
Quantos agradeceram quando um funcionário de qualquer empresa que frequentemos, abre ou fecha a porta para a nossa passagem?
As atitudes corteses que eram frequentes em décadas passadas a cada dia se tornam mais escassas. Alguns consideram sem propósito já que estas pessoas são desconhecidas, ou mesmo pensam que sua obrigação é nos servir, ou ainda por não fazerem mais parte de sua educação familiar essa atitude.

O certo é que muitas pessoas que estão no outro polo desta relação simplesmente não são visíveis com o passar dos anos ou com a repetição dos comportamentos aqui considerados reprováveis. E nesse sentido iniciamos a construção de uma das mais perversas nuances do ser humano: a capacidade que outrora era considerada fictícia de ser invisível, ou melhor, de transformar pessoas que não são importantes para ele em invisíveis.

Muitas pessoas que são grandes mestres desta arte nefasta se utilizam de seus cargos, funções, graus e títulos de toda ordem, pois necessitam “invisibilizar” os demais para se sentirem mais austeros e importantes na sociedade, nas acepções mais depreciativas alcançadas por essas palavras.

Caráter e valores não são como o conhecimento ou “status” social que surgem normalmente advindos de critérios objetivos, mas são construídos e perpetuados pela tradição familiar, pelo bom círculo de amizades e pelo amadurecimento moral, individual e da sociedade.

Ser invisível em nossa sociedade é o primeiro passo para efetivamente não ser considerado ser humano, pois qual a diferença entre uma pessoa que trabalha na mais humilde das funções para o que ocupa o mais intelectualizado cargo do País? Por muitas vezes a resposta está na oportunidade que por diversos motivos o segundo dispôs, que o primeiro sequer imaginou ter. No entanto, isso não deve fazer este melhor do que aquele.

Enfim, ser melhor é não criar invisibilidades e sim promover visibilidades, tratando pessoas de maneira humanizada, não “coisificada” artificialmente...


Por: Carlos Alexandre Michaello Marques.

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sábado, 21 de abril de 2012

Canalha é substantivo, cafajeste adjetivo....



Vi um grupo de mulheres nessa semana conversando sobre a diferença entre o canalha e o cafajeste; qual era o pior; como saber quem é quem e coisas do gênero.
Pois bem. Para tentar elucidar tal dúvida cruel, conversei com amigos sobre tal diferença e aqui vão algumas dicas para saber com qual tipo de homem você está se envolvendo:

Situação 1 - A pessoa ficou contigo umas duas vezes e, sem mais nem menos, você a viu com outro alguém em um lugar público. Daí você resolve questionar o comportamento do tipo.
O canalha fala: “Olha só: nunca disse para você que eu queria algo sério. Sou tão livre quanto você. Nos curtimos e a vida é assim: cheia de encontros e desencontros”.
O cafajeste fala: “Linda, para que tanto estresse? Aquela pessoa era minha prima e a gente estava apenas tomando um café, de boa. Posso te ligar para jantarmos?”.

Situação 2 – Você se apaixona por alguém meio que de imediato e resolve dizer isso para a pessoa amada.
O canalha diz: “Olha, também de curti, mas estou gostando da minha liberdade. Se você quiser curtir agora comigo, beleza. Mas não quero nada sério por agora. Prefiro ser sincero a ter que te mentir”.
O cafajeste diz: “Nossa, que bom! Também gosto de você. Acho que temos algo em comum e a nossa química fechou. Só um segundo que minha mãe está ligando – dai a pinta saí de perto e diz: Oi nega, como que está? Também estou com saudades… Vamos fazer algo hoje?”

Situação 3 – Você estão se pegando de forma mais do que caliente e dentro de um bar. Daí uma das partes diz que precisa sair um pouco para fumar um cigarro.
O quê o canalha faz: Corre para o bar do lado porque lá tem mais uma de suas vítimas esperando pelo bote. E nem disfarça.
O quê o cafajeste faz: Sai para fumar o cigarro mesmo, mas não se priva de conversar com outras pessoas. Inclusive mulheres.

Resultado: O canalha é aquele cara seco, reto, grosso, mas que tenta ser sincero com relação aos seus sentimentos. Frase exemplificadora: “Se tu não quer, tem quem queira. A fila anda”.

Já o cafajeste é o legítimo mussum ensaboado. Diz que faz uma coisa, mas faz outra e está sempre tentando ludibriar a mulher. Ele envolve a pessoa nas suas maracutaias. Frase exemplificadora: “Você e a mulher da minha vida, mas eu não te mereço”.


por Daniel Bittencourt.

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sábado, 14 de abril de 2012

Andar, guiar e dirigir: Qual a diferença?



Classifico em três categorias os diversos tipos de motoristas em atividade no país.
Os primeiros, apenas andam de carro e poderiam fazer isso no banco do carona ou traseiro, sem qualquer prejuízo, pois andar de carro é o menor nível de compromisso imaginável do motorista na relação com o volante, o câmbio, os pedais, pedestres e outros veículos. Ou seja quem anda de carro, apenas se desloca, sem considerar que faz parte de um sistema complexo,quase totalmente aleatório e por sua vez entrópico, encerrando múltiplos riscos e possibilidades.

Já os que guiam, se preocupam basicamente em não abalroar o próximo, sem ter qualquer noção de como operar a máquina de forma econômica e racional,como se estivessem num brinquedo de parque de diversões,com para-lamas e para-choques emborrachados, arrancando em segunda marcha e pisando na embreagem até o fundo, antes de usar o freio para evitar que o motor desligue. Muitas vezes sua visão não alcança a dianteira do veículo, isso quando não estão portando na cabeça um glorioso chapéu cuja aba prejudica a visibilidade e o giro da cabeça.

A terceira categoria, é a daqueles motoristas que justificam o verbo dirigir. Sabem até onde podem esticar a marcha e quando devem trocá-la. Ao pararem no semáforo o fazem invariavelmente no ponto morto ou neutro, usam marchas reduzidas para poupar os freios, respeitam e dão preferência sempre para pedestres, bikers e motoqueiros.

São gentis no trato com semelhantes e apesar de qualquer possível barbeiragem alheia, toleram com cavalheirismo e paciência os erros dos outros, colocando-se numa posição de parceiros, nunca de julgadores ou didáticos, comportamento que muitas vezes provoca as reações mais violentas e irreversíveis entre motoristas.

O que preocupa é a minha informal medição dos percentuais de presença dos motoristas encaixados em cada classe: 72 % apenas andam, 22% guiam e apenas 6%,dirigem. Durma-se.

Por Mauro Blankenheim.

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

As palavras convencem, os exemplos arrastam



As sentenças colhidas nas estradas da vida são cheias de sabedoria e jamais as esquecemos. Pais e professores faziam questão de cultivá-las como lições de vida. Entre centenas delas cito“mais vale um gosto do que um vintém” e“as palavras convencem, os exemplos arrastam”.

A primeira é supimpa, porém, desconfio agora,pode estar na raiz da nossa cultura de poupar pouco (a geração de hoje quer o aqui e o agora), já a segunda só gera perplexidade.Que exemplo positivo pode esperar o brasileiro comum se hoje em dia nem a palavra dada tem valor?

Todos os dias somos inundados com posturas deprimentes de quem deveria ser exemplo aos jovens. Há carência assustadora de posturas morais, procedimentos éticos, gestos altivos. Não se trata de episódios aqui ou acolá, vivemos uma epidemia, uma cultura de imoralidade sem precedentes em nossa história.

Quem o pai dedicado citaria de exemplo para um filho se espelhar? Seria injusto dizer que hoje o Brasil lembra a Grécia de Diógenes que, de dia, perambulava pelas ruas com uma lamparina à procura de um homem honesto?

Quando criança meu pai, homem curtido na roça, tinha admiração especial pelos juízes. Para ele o juiz de direito estava próximo da santidade. Constatei que os juízes são humanos durante a ditadura militar e, de uns tempos cara, que o barro com que alguns são feitos é de péssima qualidade; o que não é privilégio deles (em geral o que chamamos de elite nacional, independente de viés ideológico, profissão, escolaridade, tamanho da grana não passaria no controle de qualidade de uma boa olaria).

Deixemos o Lula de fora, cego, não conseguiu enxergar os malfeitos que assolou seus governos. Podemos citar o oponente? Em 2004, ao disputar a Prefeitura de São Paulo, José Serra, do PSDB, assinou documento se comprometendo a exercer o mandato sem renunciar para se candidatar a outro cargo.

Além de não honrar a palavra empenhada agora desdenha a cobrança que fazem dizendo que “apenas assinou um papelzinho”. Não é o Serra que fica menor com tal atitude, a politica e os políticos perdem estatura com tal empáfia.

Podemos citar José Sarney do PMDB, presidente do Senado Federal, organismo emblemático das democracias? Pelo conjunto da obra não há na história da republica exemplo mais deprimente de tudo o que não é republicano reunido nesse senhor que cresceu na ditadura e se fortaleceu à sombra dos governos democráticos.

O que dizer do governador Tarso Genro do PT no caso do piso dos professores? Como é triste, especialmente para nós gaúchos, ver um ex-ministro da justiça fazendo exatamente o contrário do que disse e afrontar a cultura da “do fio do bigode” tão cara para o Rio Grande do Sul.

O que dizer do Mano Menezes dirigindo embriagado e se negando a fazer o teste do bafômetro? Fico imaginando estrago no imaginário das crianças e jovens que olham embevecidos para a camisa amarela da seleção brasileira, para os jogadores e para seu treinador... Até dai saem maus exemplos?

Que lista: tido como um dos maiores defensores da ética, da lisura na politica o senador goiano Demóstenes Torres, dos Democratas, descobre-se agora, está atolado até o pescoço na meleca do submundo que tomou de assalto parte do Congresso Nacional. Como chegamos nesse estágio? Adianta chorar, espernear contra a impunidade? No fundo, creio que todos e cada um de nós têm culpa no cartório, afinal o Brasil é nosso!

por: Ivaldino Tasca.

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terça-feira, 10 de abril de 2012

Los dioses e sus locuras



O condutor anda com o carro em zigue-zague. É parado pela polícia. Mal consegue descer do carro, de tão embriagado. As palavras saem tão contorcidas que o entendimento é impossível. Parece uma garrafa de vodka ambulante. Como muitos bêbados conseguem manter algumas conexões neuroniais sob forte fluxo etílico, lembra-se dos grandes debates sobre a nova legislação (nem tão nova quanto ineficaz , ineficiente e inefetiva) contra o álcool no volante.

Toda a mídia envolta com as autoridades governamentais na certeza de que agora se alcançará um porto seguro que coíba bebida e volante. Esqueçeram de fiscalizar. Também esqueceram de avisar o STJ.
Voltemos. O Ébrio (este com letra maiúscula de tão ébrio) se negou a fazer o bafômetro e, é claro, nem cogitou o tal do exame de sangue (ébrio, não burro). Vários advogados amigos o alertaram que ninguém pode ser obrigado a fazer prova contra si mesmo.

É um direito fundamental do cidadão. Tudo o que aconteceu foi visto por inúmeras testemunhas, associadas a incontáveis garrafas de sminorf, ice e cerveja no interior do veículo, devidamente consumidas.
Gravações de vídeo foram veiculadas na TV. A jovem que estava com o condutor protagonista desta estória resolveu esconder o rosto entre as mãos, estática no banco do caroneiro (ninguém sabe se foi vergonha ou falta de condições de caminhar e sair do local). Independente da veracidade do relato, assemelha-se ao que acontece no cotidiano. Uma pessoa em tal estado de embriaguez pode matar muitas pessoas, pois o veículo se transforma numa arma letal.

Poderia ceifar a vida de algum parente de quem lê este texto ou a sua própria existência. É por esta razão que a legislação brasileira trouxe a penalização criminal para quem possuir mais de 6 decigramas por litro de sangue. Trata-se de uma quantidade mínima, que em pessoas normais pode não afetar muito os reflexos.

Mas afeta, é claro. A legislação buscou estancar o número superior a 40 mil mortes no trânsito por ano (o Brasil alimenta uma guerra do Vietnã, pelas baixas americanas). Esqueceram de fiscalizar. Não avisaram o STJ que, com a decisão posta (a comprovação de 0,6 somente pode ocorrer com o bafômetro ou exame de sangue), o infrator fica sujeito somente às sanções administrativas (multa e apreensão da carteira). Isto se algum advogado não se utilizar de similares argumentos do STJ para aproximar o direito administrativo sancionador do direito processual penal, até mesmo porque estão próximos, para anular as cominações administrativas.

De qualquer forma, na esfera penal, o meliante estará salvo. E as demais provas admitidas no direito processual brasileiro? Nada valem? Sinto o cheiro fétido da escola formalista da Exegese, alicerce do positivismo jurídico do séc. XIX. Talvez o indivíduo fique sem conduzir, mas se for de família abastada, o que isto significa senão a conseqüência de ser conduzido por familiares ou motoristas?

É meus amigos. O STF já fez a aquela confusão há três semanas, desdizendo o que sentenciou. Parecia que não poderia piorar. Ledo engano. É a vez do STJ. Los dioses parecen locos, pero los dioses son los dioses!

por: Giovani Corralo.

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Cachaça deve ser reconhecida por Obama como produto tipicamente brasileiro




Cachaça é usada tradicionalmente na caipirinha, bebida conhecida no exterior por ser do Brasil


Brasília - As relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos vão parar muitas vezes na Organização Mundial do Comércio (OMC) por divergências na imposição de barreiras tributárias e elevados impostos. Mas, na reunião hoje entre os presidentes Dilma Rousseff e o norte-americano Barack Obama as tensões ficarão de lado devido ao reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro, facilitando sua exportação para os Estados Unidos.

Obtida pela destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado, a cachaça é tradicionalmente usada na elaboração da caipirinha, que virou marca do Brasil no exterior. No país, são produzidos por ano cerca de 1,5 bilhão de litros de cachaça – a maioria em destilarias e uma parte de fabricação artesanal, em pequenos alambiques. São mais de 30 mil produtores e 5 mil marcas.

Paralelamente, Obama e Dilma negociarão acordos sobre aviação e comunicações. Também foi solucionada a pendência sobre o suco de laranja, pois os norte-americanos vetaram a entrada do produto brasileiro no país. No entanto, após a interferência da OMC, os Estados Unidos aceitaram rever suas leis.

Estarão ainda em discussão acordos sobre a carne suína e a lei agrícola. O mercado dos Estados Unidos se abriu para a carne suína de Santa Catarina, e os negociadores tentam ampliar a parceria para que a certificação beneficie outras áreas.

As discussões sobre a nova lei agrícola norte-americana são acompanhadas pelos negociadores brasileiros, pois isso pode causar impacto nas exportações nacionais.

No ano passado, os Estados Unidos foram o segundo principal parceiro comercial brasileiro, depois da China. De 2007 a 2011, o intercâmbio comercial brasileiro com o país cresceu 37%, passando de US$ 44 bilhões para US$ 60 bilhões.

De janeiro a fevereiro de 2012, o intercâmbio comercial dos Estados Unidos com o Brasil aumentou em 20% em relação ao mesmo período de 2011, passando de US$ 7,9 bilhões para US$ 9,5 bilhões. As exportações brasileiras cresceram em 38% e as importações, 6% no mesmo período.


Por: Agência Brasil

domingo, 8 de abril de 2012

Óculos de velório



Pois as últimas duas décadas revelaram uma utilização ainda mais diferenciada dos clássicos óculos de sol. Aproveitados para proteger as nossas emoções mais pessoais, os óculos viraram ferramenta de privatização dos sentimentos de quem perde um ente querido.

Confesso que da primeira vez que presenciei o fato, fiquei chocado. Hoje, velório sem lunas escuras é como enterro sem defunto.

Fiquei pensando na dupla tristeza, a de perder alguém e além disso não se permitir demonstrar em público a força da dor dessa perda.Será que não queremos escancarar nossa fragilidade ou pensamos que a maioria das pessoas que frequentam esse ato estão ali para cumprir tabela e não tem nada a ver com nossas emoções?

A verdade é que a sociedade nos cobra de forma tão severa nossas reações, principalmente as emotivas, que qualquer passo em falso pode destruir nossa reputação percebida. Somos obrigados, entre aspas, a encarar o falecimento de alguém muito próximo, apenas como um pequeno revés, uma zebra, algo que deu errado na vida do sujeito, afinal se alimentava bem, tinha acesso à saúde, condições econômicas, como se pudéssemos por nossos meios decidir acrescentar um côvado à longevidade de quem quer que seja.

Na competitividade em que estamos metidos, uma simples gripe, pode virar pneumonia dupla na voz do povo e um tumorzinho benigno metido a besta, metástase. Os contratos profissionais entre empresas atestam bem isso: “...em caso da falta do titular,ou de seu impedimento, o mesmo fica automaticamente cancelado sem ônus para a outra parte”.

Para terminar, em velório ou funeral, homem não chora, mulher tampouco, afinal tudo isso são fraquezas inaceitáveis para quem é vencedor e está apenas se despedindo de um familiar que muito representava.Um amigo que me impõe o papel de ghost-writer, sacou:
-Não é que querem esconder as lágrimas. De fato querem esconder que não estão sentindo absolutamente nada pela morte do parente.

Então, tá.

Por Mauro Blanke.

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Entre acertos e muitos erros



Você conhece um ramo de atividade em que o profissional é considerado bem-sucedido se conseguir acertar 50% de suas realizações? Imagine um cirurgião com uma média de sucesso em apenas metade de suas intervenções.

Esse médico, com certeza, em pouco tempo estaria trabalhando em um açougue, vendendo maminha pelo preço de filé. Ou ainda um engenheiro que só acerte 50% dos cálculos. Você o contrataria para fazer sua casa? Leve essa lógica para outras profissões: o professor, o policial, o piloto de avião (ops, neste caso o piloto só teria uma chance de insucesso na hora do pouso).

Pois existe uma atividade em que o sujeito pode se dar bem com um índice de acertos apenas razoável: jogador de futebol. Dou exemplos. O Grêmio tinha, até pouco tempo, um armador que, nos dias ruins (e não eram poucos), chegava a errar 60% das jogadas. Esse meio-campo chegou a ser convocado pelo Mano. E Messi agradece até hoje. Já o Inter tinha um volante, na década passada, que era bom no desarme, mas errava a maioria dos passes. Esse atleta é considerado um vencedor e sempre jogou em grandes clubes.

A verdade é que ficamos lenientes quando o assunto é futebol, um esporte cada vez mais competitivo. Os espaços em campo estão cada vez menores, dizem os especialistas. Esse é o futebol atual, que tanto idolatramos.

Mas me ocorre agora que existe outra atividade que consegue superar os boleiros nesta lógica: o político profissional. Nesse ramo o sujeito pode errar tudo, enganar a todos, aprontar como nunca e, quatro anos depois, acabar reeleito.

O senador Demóstenes Torres que o diga. O parlamentar goiano que sempre pintou como um paladino da integridade nacional agora se vê em meio a denúncias de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, para espanto geral.
No futebol, pelo menos, nós vemos o jogador pisar na bola. Na política, a bola é sempre nas costas do eleitor.


Por Sérgio Pereira.

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ele se foi, mas justificou a dignidade da bengalada



Recebi de um querido amigo mensagem sobre Yves Hublet, o homem de 72 anos que deu uma bengalada em 2005 em José Dirceu, então deputado federal, processado por liderar o escândalo do “mensalão”, chamando-o de corrupto e mau caráter. A mensagem noticiava a morte de Yves, cuja informação foi obtida através de seu editor, Airo Zamoner, declarando que após o episódio das “bengaladas” em José Dirceu, Yves não teve mais sossego no Brasil, viu-se obrigado a se mudar para a exterior, possuía cidadania belga.

E que em maio de 2010, para tratar de assuntos urgentes, Yves voltou ao Brasil, indo direto para Curitiba, depois Brasília, antes de regressar para o exterior. Ao descer do avião em Brasília, Yves foi preso e levado incomunicável para um presídio federal daquela capital, segundo seu editor lá teria adoecido, conforme informação do presídio.

Uma amiga residente em Curitiba foi avisada da morte do escritor, por uma assistente social. Seu corpo cremado rapidamente, mesmo sem autorização de qualquer parente. Termina a mensagem, entre outras, dizendo que se registrava mais uma morte misteriosa, com certeza insolúvel como tantas (lembra-se do caso Celso Daniel?).

Amigos de Curitiba pretendem desvendar tudo por vias judiciais, pois o governo nada informa. “Por enquanto fica a imagem do amigo Yves, fazendo o que muitos brasileiros gostariam de fazer: dar violentas bengaladas em políticos corruptos que infestam esta nação”.

Acrescento ainda, conforme o noticiário, os políticos brasileiros são os mais caros do mundo contabilmente, afora as negociatas.

Como não sou adepto a violência, por que não se tem o direito ir as vias de fato, fazer justiça com as próprias mãos, muito embora seja um país que deixa os corruptos soltos e ditando regras, tem-se o direito de se indignar, não restando a quem apelar. Busquei outras informações a respeito da morte de Yves, invocando a razoabilidade da dúvida, pois não se pode confiar em tudo que recebemos pela internet, foi me passado outra versão.

Um amigo do escritor chamado Claudio Ribeiro, que o hospedou em sua casa, quando ele regressou a Brasília, postou em seu “Face” o seguinte.
De que Yves estava muito doente, resistindo a ir consultar. Até que conseguiram convencê-lo a visitar o médico, quando foi constatado um câncer no reto. Ele iria se tratar na Bélgica, quando foi embarcar, possuía uma ou duas armas de coleção, as quais despachou, sendo as mesmas flagradas em sua bagagem, foi preso, tendo o juiz decidido, por prisão domiciliar, em razão de sua idade e o tipo de crime.

O seu estado começou a se agravar tendo que ser hospitalizado, vindo posteriormente falecer. Claudio não informa se o corpo de Yves foi cremado. Mas a matéria que postou é rica em detalhes, que nos faz refletir, na busca da verdade real. Informando, ao invocar o testemunho de sua esposa, que vivenciou com ele os últimos dias de Yves, tudo leva crer no seu relato.

Trazendo informações que se pode deduzir, Yves amava muito nossa terra e ao sentir a gravidade de sua doença veio para o Brasil e de uma forma ou de outra, tudo fez para aqui terminar seus dias de vida! Esta história pressente de melhores informações, mesmo para repor a verdade. Pois, homens como Yves que se indigna com o status quo, não merece ser esquecido como um ser qualquer, tem que ter uma estátua em praça pública, ele se foi mas deixou um exemplo e um caminho, que nem tudo esta perdido, quem sabe em alguma sala de aula relatem a história da Bengalada e de Yves, enquanto não julgam os 40 ladrões, seu chefe e mentor, que continua dando as cartas na política brasileira!

por Jabs Paim Bandeira.

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Dez coisas que você (e eu também) precisa saber sobre as mulheres...



Um dos seres mais complexos da face da Terra vive entre nós, homens. De desnecessária apresentação, tal espécime é peça fundamental desde a construção de nosso caráter, até a desestruturação nervosa que ocorre quando não às compreendemos.
E é por isso (e demais pontos cruciais) que elenco aqui algumas dicas extremamente vitais para a melhor compreensão e convívio com este “bicho” tão contraditório quanto sublime.

Dez coisas que você (e eu também) precisa saber sobre as mulheres:

1 – Nenhuma mulher é idiota. Ela até pode parecer meio non sense, outsider ou desligada, mas no fundo ela tem um radar supersônico altamente potente e direcionado para tudo e todos. Então? Se liga, bico!

2 - Jamais, em hipótese alguma, tente tolhir a liberdade dela. Isso é o primeiro passo para o declínio do homem. E quer saber o motivo? É que com uma atitude dessas, você abre precedente para que ela também te regule nos seus compromissos solo. E daí, meu velho, tu se ferrou valendo.

3 – Preste mais atenção! Este é um ponto chave na relação homem-mulher. Fique ligado nas cores das unhas, nos cortes e tons de cabelo, na maquiagem (ou na falta dela), nas roupas e acessórios (ou na inexistência dos mesmos). A cada momento tudo isso pode mudar de forma sutil e, se você não se ligar nestes detalhes… Pobre coitado.

4 – Não faça burradas que você venha a se arrepender mais tarde. E se fizer, não mande flores no dia seguinte. Mulher sente o cheiro do esgoto a quilômetros de distância (vide tópico 1).

5 – Evite ao máximo querer parecer o Macho Alpha. Para as mulheres, mesmo que elas concordem que você seja um, o cara nunca passará de uma versão Beta, mal acabada, e cheia de bugs do que um dia poderia vir a ser um esboço de Macho Alpha. Sempre!

6 – Nunca esqueça das datas comemorativas (não falo do 20 de setembro, 15 de novembro e coisas do gênero). PS: Aniversário da sogra também entra nesse quesito.

7 – Se você está nas redes sociais da internet e não sabe como usá-las de forma apropriada, esqueça. Ou pague para que um profissional especializado nisso personalize seu perfil.

8 – Celulares, tablets e computadores são alvo fácil delas. E não é por maldade, é cu-ri-o-si-da-de (AHAM). Então, trate de andar na linha ou troque a senha de desbloqueio a cada dia. Dá um trabalhão danado e nem sempre vale a pena.

9 – Sim é não. Não é sim. E o talvez? Nem tente entender. Nem elas sabem o que significa.

10 – As que flutuam são as melhores. E também as piores…

por. Daniel Bittencourt.

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domingo, 1 de abril de 2012

Somente o bafômetro...



Em reunião do Tribunal Superior de Justiça, ficou decidido que, além da prova detectada por exame de sangue, somente a utilização do bafômetro será permitida como prova incriminatória sobre o teor alcoólico no sangue do motorista responsável por algum acidente de trânsito. Eliminada a possibilidade de prova testemunhal.

Entendemos como correta essa decisão, considerando que pode existir, como defesa, a hipótese de que um motorista possa ser acometido por algum problema e se sentir tonto ao volante (crise de labirintite, como exemplo) e, com isto, perder a noção do espaço para cometer atropelamento ou abalroamento de outro veículo. Para quem simplesmente observa a cena, pode ficar a nítida impressão de que o motorista teria ingerido bebida alcoólica em níveis superiores ao permitido pela legislação do trânsito. Teoria que somente será desmentida após o exame de sangue.

Acreditamos que importante é punir, de maneira exemplar, o motorista flagrado em estado de embriaguez, com apreensão direta da CNH, além da devida ação jurídica pelos danos causados ou pelas perdas de vida, considerando o ato praticado.

Em caso de novo flagrante, em que o motorista perde a carteira de habilitação, mas continua dirigindo, que a punição seja cadeia, quer pelo crime de se sentar à frente de um volante sem as condições necessárias para tal, quer por colocar em risco a vida de terceiros por irresponsabilidade.

É fato comum um motorista irresponsável ser flagrado em vários acidentes, pelos quais vai perdendo pontos até que sua licença seja caçada, mas, mesmo assim, continua dirigindo e colocando a vida de outros em risco, sem se ter conhecimento de punição exemplar para quem assim age. Sem um sistema mais rigoroso, os casos de direção sem habilitação vão se multiplicando.

Outro tema importante foi a notícia sobre a pesada derrota imposta ao crime organizado em São Paulo, com a apreensão de duas toneladas de maconha, além de cocaína, crack e substâncias outras, para aumentar a tonelagem da cocaína que se encontrava escondida em uma garagem de bairro do centro urbano.

Os criminosos usavam tecnologia de ponta, conforme nos mostrou a notícia.

Subterrâneo dentro da garagem, com tampa movida a controle remoto e que somente (assim acreditamos) denúncia poderá ter levado a polícia à descoberta do esconderijo.

Estes são, realmente, fatos que os veículos de comunicação devem se abastecer, mostrando o trabalho que a polícia vem desenvolvendo no combate ao crime organizado que, segundo o delegado responsável pelo flagrante, renderia aos criminosos soma superior a R$ 20 milhões.

Por Moacir Rodrigues


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