sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A Letargia ameaça o futuro



O mundo enfrenta a letargia de si mesmo e das atitudes sem transparência. Nada mais é como antes porque agora não dá mais para ocultar as reais intenções daqueles que detêm o poder. Nas finanças e na política prevalecem os interesses particulares. Permanecem os egoísmos e tudo acontece aceleradamente, mostrando, de forma clara, se de fato havia ou não boas intenções; por isso cresce a insatisfação e se reduz a paz.  A confusão se instala onde quer que se olhe. Para que ocorra cooperação e solidariedade entre os humanos, necessário se faz a sinceridade e o real desejo de alcançar a melhora geral.

Estamos bem próximos do caos. Há uma inércia geral enquanto a turma da velha política e seus comparsas vai bem, e por isso não se preocupa com a situação da economia nem com os mais de sete bilhões de pessoas que vivem no planeta e precisam de trabalho, saúde, escola e tudo o mais. Eles têm permitido a deterioração da qualidade de vida, a destruição das matas, a poluição dos rios, a desestruturação das cidades, contanto que continuem acumulando riqueza. O que mais falta fazer para lançar o mundo no abismo? Ou cuidamos do planeta e sua população ou ficaremos sem futuro.

Uma situação que não pode continuar sendo ignorada é o apagão mental, gerador do apagão ético, moral e profissional. É necessário que os jovens aprendam a pensar com clareza e raciocinar com lucidez. A internet trouxe um novo paradigma com a aceleração das informações, mas os jovens têm de aprender vendo fazer e fazendo. Todo o trabalho é dignificante, seja manual ou mental. A responsabilidade com o melhor futuro compete a todos nós.

Não é de hoje que os governantes borram nas contas. Deixam o equilíbrio sempre para depois, e lá vão eles gastando o que não têm, absorvendo a liquidez do mercado, pagando juros e comissões, descontrolando tudo, em vez de estabelecerem um plano eficaz de equilíbrio.
Iniciam obras faraônicas ou projetos armamentistas em que muitas vezes o dinheiro fica enterrado sem proveito em projetos inúteis ou obras paralisadas. Até agora finanças e política têm sido um território livre para esses perdulários. Muita coisa foi privatizada pelo mundo, o que foi bom para reduzir os rombos e desvios, mas aonde foi parar o dinheiro? Os Estados continuam com dívidas crescentes.

A cada dia as fendas vão aparecendo. Falta uma construção sólida na sociedade, o desenvolvimento dos talentos e a continuada busca da melhora. As fendas também aparecem na arte, no desinteresse pelo belo e pela estética. As novas gerações não estão sendo orientadas para a necessidade de se ocupar seriamente com a construção de um futuro melhor.

Estamos diante de acontecimentos marcantes, mas a cegueira é geral, e pior ainda nas elites políticas que só têm olhos para o poder; enquanto isso, vamos avançando nas crises – a econômica e financeira – que abrem fendas no social, enquanto a insensatez se amplia, empurrando os problemas com a barriga. Muitas coisas precisariam ser mudadas, mas os interesses deixam?

O grande plano que tem faltado é a busca do aprimoramento humano, afinal de contas para que estamos vivos? No entanto, esse mais elementar objetivo tem sido postergado por fatores supérfluos e o resultado é o caos que ameaça tomar conta de tudo. Falta o principal que sempre faltou: estadistas sinceros, leais, sábios que buscam o melhor para o fortalecimento da população e da qualidade de vida.

Os falsos líderes continuam se digladiando para ver quem manda mais, quem fica com o pedaço mais suculento, e dessa forma o melhor futuro vai ficando cada vez mais distante e as novas gerações, despreparadas para a sua responsabilidade. O Brasil e o mundo precisam de governantes sábios que pensem com clareza no progresso do país e da população.

 
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