O marginal comum – aquele que age com menor
dolo e movido pelo oportunismo – pode ser considerado marginal-sabonete.
Isso é, quando pressionado de um lado,
“escorrega” para outro, onde possa encontrar facilidade de ação, para
arrombamentos e furtos de pequenos objetos.
Assim agem punguistas, batedores de carteiras,
assaltantes de transporte coletivo e oportunistas (que furtam material em
exposição, nas portas de casas comerciais etc).
É natural que, até mesmo pelo pequeno efetivo
disponível, a Brigada Militar, como força de repressão, fica concentrada sobre
os registros com maior repercussão, como assaltos, infestação de marginais
junto ao comércio, furtos de motos, bicicletas, arrombamento de veículos, entre
outros.
Com isso, deixam em aberto outros setores que
são aproveitados pelos marginais, assim como um jogo de gato e rato, tornando
difícil um equilíbrio entre as duas partes, principalmente levando-se em conta
que um grande número de registros policiais estão alicerçados na presença de
menores, que não podem ser presos.
Os crimes mais violentos, como homicídios,
latrocínios e agressões graves, entre outros, dificilmente podem ser evitados,
porque são imprevisíveis, mas, entendemos que ações sobre o marginal comum
podem evitar crimes comuns.
Para
tanto, lembramos antigas rondas policiais à noite, com passagem constante de
viaturas junto a escolas, em horários de entrada e término das aulas, quando
marginais ficam à espreita dos alunos, que podem ter sua eficácia. Professores
e alunos do Bibiano de Almeida, como exemplo, reclamam dos constantes assaltos
quando do término das aulas.
A parada de coletivos, com revista dos
passageiros, em meio ao percurso, também pode ser acionada, detendo marginais
armados e inibindo essa prática.
Isso não seria um fato novo no Rio Grande, e
podemos lembrar que, quando feita, obteve sucesso. Bater forte sobre a ação de
marginais-sabonete é reduzir, ao mesmo tempo, ações em várias áreas. Importante
mantê-los sob o medo da presença de forças de segurança.
Quanto a revistas dentro de coletivos,
entendemos que só pode ter medo de polícia quem praticou algo fora do normal,
ou aquele que não quer entender que ele é o grande beneficiado.
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