Sabe aquele momento em que o
filho insiste com os pais na compra de um produto supérfluo? Pois na maioria
das vezes o filho vence esta "batalha" e acaba conquistando algo que
não estava na lista das compras para a família.
De acordo com pesquisa do
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL), seis em cada dez mães não resistem ao apelo dos filhos quando
o assunto é comprar. O estudo analisou a reação das mães, com crianças e
adolescentes entre dois e 18 anos, na aquisição de itens considerados
desnecessários, como brinquedos, roupas e doces.
De acordo com o levantamento -
divulgado pela Agência Brasil -, o passeio em um centro de compras ou
supermercado na companhia dos filhos estimula ainda mais o consumo. Nessa
situação, quatro em cada dez mães consultadas admitem gastar mais que o planejado.
Uma das entrevistadas, de 35
anos, admitiu ter dificuldades para controlar as despesas quando está com a
filha de cinco anos. "Ela só pede as bonecas mais caras quando a trago
para shopping. Por isso, evito. É difícil, porque, às vezes, ela até chora, faz
birra e passo vexame", declarou a mãe.
A diretora do Instituto Alana,
organização sem fins lucrativos voltada à garantia da vivência plena da
infância, e coordenadora do Projeto Criança e Consumo, Isabella Henriques,
analisou o cenário. Lembrou que vivemos hoje numa sociedade de consumo que tem
mediado as relações, inclusive as de afeto. Muitas vezes as famílias, ao se
depararem com pedidos das crianças, têm dificuldades de negar a compra,
principalmente se elas têm condições financeiras de arcar com o produto. Já se
ela não tem condições é mais fácil, pois a criança acaba tendo de aceitar.
A especialista afirmou que é
necessário resistir aos apelos.
Os pais não sabem como é importante dizer não
e sabe-se, pela psicologia do desenvolvimento, que é importante à formação da
autoestima da criança ouvir o não.
Isso para ela saber lidar com a
frustração no futuro, quando for adulta.
Ensinamentos que fazem parte da
educação.
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