segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O grito de Joaquim



Ao comemorarmos mais um aniversário da Independência do Brasil, quando lembramos figuras que tanto lutaram para ver este País libertado dos grilhões que o prendiam à Coroa Portuguesa, no objetivo de gerir seu próprio destino, como José Bonifácio, Joaquim Ledo, Joaquim José Xavier (Tiradentes) - que terminou, juntamente, com outros companheiros, sacrificando a própria vida pelo ideal de liberdade – chegamos à conclusão que, embora passado tanto tempo, ao que tudo indica, uma grande parcela de brasileiros, ainda, não sabe seguir o caminho dos idealistas, amando à Pátria, como ela merece.

Certamente, aqueles que nos legaram o direito administrativo, o fizeram acreditando que o tempo faria do Brasil uma nação voltada ao crescimento contínuo e que, pelas suas riquezas naturais, com divisão de renda justa, onde aqueles que viessem substituir a realeza, após Proclamação da República, o fizessem voltados ao bem estar do povo, sem discriminação e sem interesses próprios ou de grupos aliados.

Muitos foram os presidentes que passaram e desenvolveram gestões eficazes, para a superação das dificuldades encontradas para colocar o País nos trilhos da democracia e da atividade laboriosa harmônica, enquanto outros, nem tanto.

Os velhos tempos, quando Portugal levava para a Europa grande parcela do resultado da produção brasileira, comercializada apenas com os países amigos, estão novamente presentes, desta vez na forma de corrupção escancarada e degradante, onde bilhões de reais passam por nossas fronteiras, deixando de serem investidos em benefício da Nação, rumo a contas na Suíça ou paraísos fiscais em nome de alguns poucos que esqueceram o sacrifício dos idealistas do 7 de setembro.

Aqueles que lutaram, como Dom Pedro desembainhando sua espada e proclamando a Independência do Brasil, lá, onde estiverem, deverão estar perguntando, ao assistir o Brasil, que ultrapassou o ano dois mil: Será que lutamos para ver este Brasil?

É festa da Independência e da esperança de outro Joaquim, que possa gritar, desta vez por justiça, para este povo tão sacrificado e que ama o País onde vive.



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