Ao comemorarmos mais um aniversário da Independência do Brasil,
quando lembramos figuras que tanto lutaram para ver este País libertado dos
grilhões que o prendiam à Coroa Portuguesa, no objetivo de gerir seu próprio
destino, como José Bonifácio, Joaquim Ledo, Joaquim José Xavier (Tiradentes) -
que terminou, juntamente, com outros companheiros, sacrificando a própria vida
pelo ideal de liberdade – chegamos à conclusão que, embora passado tanto tempo,
ao que tudo indica, uma grande parcela de brasileiros, ainda, não sabe seguir o
caminho dos idealistas, amando à Pátria, como ela merece.
Certamente, aqueles que nos legaram o direito administrativo, o
fizeram acreditando que o tempo faria do Brasil uma nação voltada ao
crescimento contínuo e que, pelas suas riquezas naturais, com divisão de renda
justa, onde aqueles que viessem substituir a realeza, após Proclamação da
República, o fizessem voltados ao bem estar do povo, sem discriminação e sem
interesses próprios ou de grupos aliados.
Muitos foram os presidentes que passaram e desenvolveram gestões
eficazes, para a superação das dificuldades encontradas para colocar o País nos
trilhos da democracia e da atividade laboriosa harmônica, enquanto outros, nem
tanto.
Os velhos tempos, quando Portugal levava para a Europa grande
parcela do resultado da produção brasileira, comercializada apenas com os
países amigos, estão novamente presentes, desta vez na forma de corrupção
escancarada e degradante, onde bilhões de reais passam por nossas fronteiras,
deixando de serem investidos em benefício da Nação, rumo a contas na Suíça ou
paraísos fiscais em nome de alguns poucos que esqueceram o sacrifício dos
idealistas do 7 de setembro.
Aqueles que lutaram, como Dom Pedro desembainhando sua espada e
proclamando a Independência do Brasil, lá, onde estiverem, deverão estar
perguntando, ao assistir o Brasil, que ultrapassou o ano dois mil: Será que
lutamos para ver este Brasil?
É festa da Independência e da esperança de outro Joaquim, que
possa gritar, desta vez por justiça, para este povo tão sacrificado e que ama o
País onde vive.
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