É hilário ao cubo, patético ao quadrado, a surrada e
ultrapassada tática utilizada pela presidente Dilma Rousseff e aliados para
tentar ludibriar a opinião pública.
Tão antiga quanto a data em que o ser humano perdeu a inocência
- e a decência - a estratégia palaciana é desviar o foco do essencial para o
supérfluo, dos problemas reais para factoides.
Com ares de heroína injustamente acusada, posando de vítima de
"trama antidemocrática", a presidente - devidamente apoiada na claque
- espalha e planta na mídia ser alvo da tentativa de golpe.
"Todos os países que passaram por dificuldades, você não
viu nenhum país propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise.
Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar
ao poder, é uma versão moderna do golpe", disse ela durante entrevista.
A tática é esta: criar cortina de fumaça para encobrir o novo
"pacotão de maldades", tentando desviar a atenção da imprensa e da
sociedade, centrando-a na discussão de suposto "golpe" para
derrubá-la.
Perceba: enquanto a coletividade observa o voo da águia, as
ratazanas fazem a festa e roem os ossos; os corvos alvoroçados comem os olhos
da população.
Felizmente, o povo amadureceu politicamente e não mais se deixa
seduzir pelo canto da sereia. O papel de coadjuvante, senão de massa de
manobra, gestou cidadãos com senso crítico, atentos aos movimentos políticos e
conscientes de que são os verdadeiros donos do país.
Jamais os políticos e
seus financiadores. O impeachment da presidente, nos aspectos éticos e morais,
se justificaria por ela ter cometido estelionato eleitoral na campanha da
reeleição, estivesse isso previsto em lei - sem dúvida.
Hoje a realidade do país comprova as mentiras ditas e repetidas
durante a disputa. O processo de impeachment, no entanto, é preceito
constitucional para a retirada do presidente que cometer crime de
responsabilidade.
Se for provado que Dilma - assim como ocorreu com Collor -
praticou atos ilegais e contrários à Constituição, ela pode, sim, ser deposta
do cargo por meio de ação do Congresso Nacional. E não seria "golpe",
como tentam fazer crer.
A lei é para todos e deve ser cumprida à risca. Isso vale para o
cidadão comum, presidentes, governadores, prefeitos, deputados, senadores,
vereadores...
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