domingo, 20 de setembro de 2015

O "golpe" da Dilma



É hilário ao cubo, patético ao quadrado, a surrada e ultrapassada tática utilizada pela presidente Dilma Rousseff e aliados para tentar ludibriar a opinião pública.

Tão antiga quanto a data em que o ser humano perdeu a inocência - e a decência - a estratégia palaciana é desviar o foco do essencial para o supérfluo, dos problemas reais para factoides.

Com ares de heroína injustamente acusada, posando de vítima de "trama antidemocrática", a presidente - devidamente apoiada na claque - espalha e planta na mídia ser alvo da tentativa de golpe.

"Todos os países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum país propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise. Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe", disse ela durante entrevista.

A tática é esta: criar cortina de fumaça para encobrir o novo "pacotão de maldades", tentando desviar a atenção da imprensa e da sociedade, centrando-a na discussão de suposto "golpe" para derrubá-la.
Perceba: enquanto a coletividade observa o voo da águia, as ratazanas fazem a festa e roem os ossos; os corvos alvoroçados comem os olhos da população.

Felizmente, o povo amadureceu politicamente e não mais se deixa seduzir pelo canto da sereia. O papel de coadjuvante, senão de massa de manobra, gestou cidadãos com senso crítico, atentos aos movimentos políticos e conscientes de que são os verdadeiros donos do país.

 Jamais os políticos e seus financiadores. O impeachment da presidente, nos aspectos éticos e morais, se justificaria por ela ter cometido estelionato eleitoral na campanha da reeleição, estivesse isso previsto em lei - sem dúvida.
Hoje a realidade do país comprova as mentiras ditas e repetidas durante a disputa. O processo de impeachment, no entanto, é preceito constitucional para a retirada do presidente que cometer crime de responsabilidade.

Se for provado que Dilma - assim como ocorreu com Collor - praticou atos ilegais e contrários à Constituição, ela pode, sim, ser deposta do cargo por meio de ação do Congresso Nacional. E não seria "golpe", como tentam fazer crer.

A lei é para todos e deve ser cumprida à risca. Isso vale para o cidadão comum, presidentes, governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores...


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