E ela é derivada de
uma miopia que embaça a capacidade de detectar as conseqüências.
A pressa e o imediatismo são algumas das principais características do
mundo moderno. Existe uma ânsia acelerante regendo as relações sociais, as
atitudes, o andamento das instituições, o trânsito, o caminhar nas calçadas, o
falar, o fazer, o acumular, o descartar e o pior de tudo: o decidir.
Vivemos uma Era do Atropelo, derivada de uma miopia que se aprofunda
cada vez mais, embaçando a capacidade de detectar com precisão, antever e
imaginar a amplitude das consequências daquilo que as pessoas geram com a tomada
acelerada e precipitada de decisões. Especialmente as destrutivas.
Contaminados pelo individualismo e pelo ritmo frenético que o ato de viver vem impondo, imaginamos que temos a premência de agir em sintonia com essa velocidade exageradamente acelerada. E aí decidimos correndo, agimos por impulso, metemos o trator por cima rumo ao objetivo, sem pensar em tudo aquilo que vai sendo derrubado ao redor por tabela, capaz de gerar ondas de destruição às voltas sem que tenhamos previsto e cujos efeitos podem vir a desabar sobre nossas próprias cabeças, um pouco mais adiante. Sem falar nos mortos e feridos que nada tinham a ver com o pastel. Mas nada interessa. Interessa é arremessar o tijolo certeiro na cabeça do alvo e vê-lo se partir. Esfregamos as mãos e sorrimos cantando vitória, indiferentes ao desastre incontrolável que geramos no entorno, e aí vai-se o boi com a corda e vai-se a vaca ao brejo.
Depois, claro, começam a chegar as faturas decorrentes dos atos, palavras e feitos adotados sem reflexão. Vão se empilhando, uma em cima da outra, e aí nos sentimos vítimas do destino.
Contaminados pelo individualismo e pelo ritmo frenético que o ato de viver vem impondo, imaginamos que temos a premência de agir em sintonia com essa velocidade exageradamente acelerada. E aí decidimos correndo, agimos por impulso, metemos o trator por cima rumo ao objetivo, sem pensar em tudo aquilo que vai sendo derrubado ao redor por tabela, capaz de gerar ondas de destruição às voltas sem que tenhamos previsto e cujos efeitos podem vir a desabar sobre nossas próprias cabeças, um pouco mais adiante. Sem falar nos mortos e feridos que nada tinham a ver com o pastel. Mas nada interessa. Interessa é arremessar o tijolo certeiro na cabeça do alvo e vê-lo se partir. Esfregamos as mãos e sorrimos cantando vitória, indiferentes ao desastre incontrolável que geramos no entorno, e aí vai-se o boi com a corda e vai-se a vaca ao brejo.
Depois, claro, começam a chegar as faturas decorrentes dos atos, palavras e feitos adotados sem reflexão. Vão se empilhando, uma em cima da outra, e aí nos sentimos vítimas do destino.
Sempre míopes, não conseguimos ligar as consequências às causas,
originadas por nós mesmos, e culpamos de novo os outros, o mundo, Deus, o
governo, os políticos, a crise, o nhenhenhé, o nhonhonhó, mas nunca nós mesmos.
Individualistas ao extremo,
míopes e frenéticos, blindamo-nos contra nosso dedo acusador de culpas, e
recarregamos as energias para metralhar para todos os lados mais uma vez, em
represália às consequências dos nossos próprios atos anteriores, mergulhando em
um redemoinho interminável de causas e efeitos gerados por uma destrutiva
cegueira que oculista algum é capaz de corrigir. E salve-se quem puder!
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