sábado, 1 de agosto de 2015

Por uma educação de nível satisfatório e realizador.

A educação é questão de exemplo. É da natureza do homem imitar o que vê fazer, tendo os atos mais força para o convencimento e persuasão do que palavras e instrução. O que atrai é o testemunho.

Está provado que a criança aprende mais pelos olhos que pelos ouvidos. Vendo os pais trabalharem, acostuma-se ao trabalho e mais, aprende facilmente aquele ofício. De igual forma é vendo fazer o bem e recebendo bons exemplos que aprende a praticar as virtudes. Pelos exemplos, aprende a caridade, a obediência, a piedade, o amor ao trabalho, entre outras virtudes.

O fato de crianças não aprenderem a diferença entre o certo e o errado é devido a não terem recebido tal ensinamento dos pais e da escola.

Especialmente na educação, temos de estar bem cientes de que ninguém dá aquilo que não tem. Daí a necessidade de se investir muito na formação de professores.
A repressão pela força não serve para uma boa educação, mas sim à correção dos defeitos e à formação da vontade. Para tal, é importante a disciplina, já que sem ela as crianças serão incapazes de se comportar, incapazes de fazer renúncias, de refrear as más inclinações, de se manterem firmes em seus propósitos. Igualmente ao desfrutarem de liberdade sem limites, não aprendem o autodomínio e a luta contra as más tendências, ficando sem capacidade para enfrentar problemas.

Infelizmente, em nosso país a educação de qualidade há muito deixou de ser prioridade, não só para o governo como para os próprios pais. Eles consideram bom o ensino ministrado a seus filhos, quando, na maioria das vezes, tem sido este de qualidade duvidosa, senão péssima.

Nos países nos quais o povo conhece o real valor da educação, a maioria não aceita senão a melhor qualidade - o que não ocorre em nosso país. Pessoas conscientes cobram e até punem seus governantes quando a qualidade deixa a desejar. Ah! Como estamos longe disso!

Não está sendo feito o exame necessário a fim de bem analisar os desafios impostos ao mundo do conhecimento pelos novos contextos culturais, sociais e políticos. Vê-se, por parte dos responsáveis, pouca sensibilidade aos desafios da educação frente às modificações do mundo e às dificuldades que elas implicam. 

Não estão sendo dadas as respostas adequadas e válidas às necessidades atuais, em que a preocupação não se limite ao ensino e estudo, mas abranja também a investigação e, principalmente, o despertar da vontade de aprender, a curiosidade, apresentando os novos instrumentos para tanto.

Não é porque o jovem tem a sua disposição todo o tipo de informação - sendo isso talvez fonte de maior preocupação, pois ainda não está apto a filtrá-la - que os pais e a escola possam relegar aos meios eletrônicos e à internet a boa instrução e formação. Mesmo não sendo a única responsável por educar e cuidar, a escola exerce papel fundamental na formação de uma pessoa, daí sua importância. Triste constatar que a educação está relegada a planos secundários, tendo os pais - não só de famílias menos aquinhoadas - dificuldade em fazer a escolha de boas escolas, que despertem desafios intelectuais.


São abundantes as informações oriundas dos novos meios de comunicação. O ensino num mundo de uso constante de iPads e iPhones, da internet e microcomputadores, implica considerar os novos contextos culturais, sociais, políticos e educacionais, impondo inúmeras modificações, que tardam a chegar. Está havendo o esquecimento de que a juventude que nasceu no mundo cibernético exige novos métodos e informações. Sendo os estudantes completamente diferentes dos de 10 ou 20 anos atrás, precisam ter suas peculiaridades atendidas para que mantenham a vontade de aprender.

É fundamental que as escolas abandonem a antiga forma de aprendizado com a memorização de conteúdos, buscando relacionar estes entre si e com a realidade do mundo atual. Isso não é fácil, mas constitui a única forma de manter os alunos interessados em aprender e a desenvolver sua capacidade reflexiva.

Lastimavelmente, a proposta pedagógica que implique o comprometimento em realizar um bom trabalho, que contemple uma formação global e integradora, desenvolvendo habilidades e competências, deixou de ser considerada - por muitos - fundamental. Até por vezes é esquecida, deixando de incentivar o aluno a aceitar desafios e de despertar sua capacidade de pensar. A boa educação deve também atentar para o humor dos estudantes, pois resta provado que o humor saudável tem relação com a capacidade de aprendizado.

Sabe-se que, sem uma boa preparação e uma educação de nível, torna-se mais difícil atingir o sucesso em qualquer profissão, e é na escola que se deve aprender que o êxito dependerá da postura do profissional diante das oportunidades, bem como do tempo que dedicou ao papel que irá desempenhar.

Enfim, é imprescindível orientar os filhos - crianças e jovens - no discernimento da direção que devem dar à própria vida, tendo a família e a escola de harmonizar disciplina e bondade, a fim de ser alcançada uma educação de nível satisfatório e realizador.



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