terça-feira, 13 de julho de 2010
Violência macabra
A mulher ao gerar e moldar em seu vaso interior, o ventre, e depois desse milagre de multiplicar a espécie humana dando-lhe vida oferece aquele momento sagrado, ao dar luz, entregando o pequeno ser a este mundo, por vezes amoroso, lindo e sensível, com viés de brutalidade e rudeza, dependendo de quem acolhe e cria o recém-nascido, enfim o ambiente que ele é iniciado. Qual a razão de umas pessoas que só sabem fazer o bem e outras que só praticam o mal? Por que alguns oferecem a própria existência para preservar a vida do seu semelhante e outros, feitos do mesmo barro, têm a preferência destrutiva de levar, por vontade própria, seu irmão à morte e ao desespero, elegendo o ritual mais escabroso e perverso?
Agora mesmo estamos assistindo consternados ao desaparecimento de Eliza Samudio, que há quatro meses deu à luz a uma criança, que lhe foi arrancada de seus braços, do seu colo e dos seios que a amamentavam. Tem-se notícia de que ela foi raptada e agredida a coronhaço de pistola, enquanto abraçava e protegia o filho Bruninho, o mesmo nome do pai e algoz. Oferecia o seu corpo como escudo a fim de preservar a incolumidade da criança. Depois, levada a uma propriedade e entregue ao justiceiro de aluguel, o ex-policial Bola, que a agrediu, asfixiou, matou e a esquartejou, atirando para os cães seus restos mortais, e após sumiu com o que ficou do corpo, os ossos.
Enquanto, a vítima passava por essa provação, implorando que já não aguentava mais apanhar, foi lhe aplicada a sentença de morte, quando o bandido lhe disse: "Você não vai mais apanhar, você vai morrer". Quando ele a estrangulou, acabou o sofrimento dela, começou o de Bruno. Enquanto o mandante do crime, que acompanhou Eliza para o sacrifício, e os demais implicados, que levaram a moça para o matadouro, após sua execução, Bruno incendiou a mala com os pertencentes de Eliza e passaram a tomar cerveja em uma varanda da casa.
A criança, o Bruninho, que foi arrancada da proteção da mãe, embora fosse a intenção do melhor amigo de Bruno, Macarrão, de também matá-la, foi impedido por Bruno, que esteve ao lado da pobre Eliza, ao vivo e em cores, em todo o seu calvário. Bruninho foi devolvido pela polícia ao pai da vítima, seu avô, agora, por decisão da Justiça passou a guarda para a avó materna.
Qual o crime que cometeu essa mulher para sofrer tanto, sem uma pessoa que lhe socorresse, o que fez ela para receber tantas sevícias? É inexplicável a atitude de um ser humano que determina ou executa a morte de seu semelhante. Esses assassinos não são normais, não têm a plenitude da consciência do que estão fazendo, ao iniciar a execução, tirando a vida do seu próximo, que tinha uma criança, seu filho em seus braços, morta por ordem do pai do menino, o goleiro Bruno.
Os homens perderam a razão, esquecendo que são humanos e por vantagens financeiras, por bens materiais, para se livrar de pagar uma pensão alimentícia ou outros motivos. Eles preferem assassinar, do modo mais perverso, uma mãe, esquecendo que está punindo duplamente o filho, que é obrigado a ser criado por outras pessoas, talvez como o próprio Bruno, um favelado que aos dois meses de idade, por falta de recurso de seus pais, foi dado à avó paterna. Criado, como agora Bruninho, sem o afeto e o carinho de uma mãe, que o pai determinou sua morte.
O crime foi presenciado por outra pessoa, Dayane, mulher de Bruno. O que mais dizer desse barbarismo? Cenas como a que passou Eliza nos fazem fechar os olhos em pânico, tanta perversidade, o que nos faz lembrar daquele crime de 1999, na Galeria Central, quando degolaram uma secretária e depois deram um coranhaço na arquiteta Neuza Maldaner, degolando-a em seguida, deixando marcas em seu rosto, tudo por dinheiro! Esses vinténs, que não levamos para o caixão! Em Eliza destruíram seu corpo, impediram seus familiares de lhe dar o último adeus, um enterro cristão!
Dr. Jabs Paim Bandeira, advogado criminalista. Passo Fundo – RS.
Postado por
William Junior
às
21:02
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Oi amigo, boas perguntas, mas, sabe não acho que seja por ai "bem ou mal" acho que algumas pessoas que são de "cuca fraca" agem conforme as circunstâncias com atitudes de bem ou do mal.
ResponderExcluirEsse goleiro mesmo, um atleta bem sucedido (atitude do bem)está envolvido num crime (atitude do mal)...acho que é por aí...
abs
Olá amigo.
ResponderExcluirEstas barbáries na minha opinião:
Falta de Deus, desequilibrio mental e espiritual.
Pobres e covardes.
Abraços
Boa reflexão.
ResponderExcluirRealmente, este caso da Eliza me chocou de uma tal forma...
No final de tudo, quem mais vai sofrer é a pobre criança, sem pai e sem mãe.
Beijos...
www.makeupandgirls.blogspot.com
Willian,eu na verdade nem sei o que dizer,diante de tamanha monstruosidade.Mas toda vez que ouço o caso fica imaginado a dor de seus familiares.
ResponderExcluirBjos
A criança sofrerá eternamente pela falta de amor dos pais para com ela... E nesse sofrimento a mãe tem sua parcialidade, já que ela fez sem cuidado... Em quanto o pai tentara matar o próprio filho... Sem duvidas, essa criança precisará de muito amor e carinho para se curar dessa desgraça
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