sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pais: cuidem dos vossos filhos



Pai e mãe têm que usar muito de psicologia para administrar os filhos, dar exemplos, compreendê-los e encaminhá-los para a vida são algumas técnicas válidas. Nesta perspectiva muita coisa pode ser usada, mas tem uma que sempre que usada é infalível e tem um efeito tremendo sobre os filhos, esta ferramenta é a atenção dispensada à prole. Sem atenção é quase impossível que os filhos tenham sucesso na fase adulta, suas formações moral, ética e cultural terão problemas quase que para sempre. A atenção fala de diálogo, de ouvir o que o filho tem a dizer, mas não só isso fala também de exemplos práticos por parte dos pais.
Pai que não estuda, não tem autoridade para pedir ao filho que ele estude. Este pai deve por amor ao seu filho ler bons livros, jornais e revistas para que seu filho veja seu interesse. Mãe que não dar bons exemplos não pode exigir isso dos filhos, os exemplos falam mais alto que as palavras.
Pais e mães com filhos adolescentes ou pré-adolescentes têm recorrido a profissionais como psicólogos, psiquiatras e educadores, na procura de respostas e conselhos sobre o que fazer com seus filhos quando esses costumam apresentar problemas como: comportamentos socialmente inadequados, dificuldades de relacionamento interpessoal, bem como problemas de adaptação escolar e aprendizagem. As maiores queixas ficam entre os comportamentos sociais inadequados e dificuldades de convivência familiar. A situação anda tomando tal proporção, que já se tem notícias que alguns pais começam a trancar a porta de seus quartos, na hora de dormir, enquanto outros vão mais longe ainda, blindando as paredes e portas de seus quartos. Provavelmente estes problemas foram causados pelos próprios pais que se esqueceram de se preparar para tal sacerdócio, isso mesmo ser pai ou mãe é um sacerdócio.
Pais que vivem vidas fáceis estão ensinando os filhos viverem assim, pais que são boêmios produzirão filhos boêmios. Pais que mentem para se dar bem estão dando o exemplo para seus filhos. Pais violentos, filhos violentos, claro que em toda regra há exceção. Contudo, o óbvio é o mesmo para pais que dão bons exemplos aos seus filhos, eles crescerão fazendo aquilo que é correto. Pais que amam terão filhos amorosos, pais que educam terão filhos educados e educadores, pais que se envolvem com o bem, com a caridade, com a fraternidade e com tudo que é exemplo positivo terão quase que cem por cento filhos assim também. Então teremos uma sociedade livre ou quase livre de violência e de toda sorte de mazelas e barbáries.
Olhando um pouco para trás, percebe-se que a partir da década de 60 e da revolução sexual, teve-se o início de uma transformação nos costumes e valores válidos em nossa sociedade. Entre tantos outros conceitos questionados, os modos de educação mais repressores foram postos em cheque, e começou a se erguer a bandeira da educação mais liberada para prevenir os “traumas” que uma educação muito repressora poderia causar na vida emocional dos filhos. Ainda, com o desenvolvimento das pesquisas na área da psicologia e psicanálise, enfatizando a importância da influência do ambiente na formação de um indivíduo, a questão da educação dos filhos tem merecido um maior cuidado por parte de educadores, psicólogos e estudiosos de várias áreas. Muitas são as teorias novas que surgem sobre o que fazer e como proceder, tudo na tentativa de orientar os pais nessa difícil tarefa.
Se pelas gerações antigas a criança era tratada como um “mini-adulto”, sem direito a desejos e vontades, sem direito a quaisquer cuidados especiais em respeito à sua condição de criança, parece que as gerações mais jovens, talvez tenham pecado pelo excesso, no sentido inverso, passando a tratar a criança como um “rei no trono”. O certo é não haver nem um extremo nem outro, mas um equilíbrio entre liberdade, responsabilidade e obrigações; é ai que entram as personagens dos pais como alvos para seus filhos, não só falando como deve ser feito, mas acima de tudo mostrando como fazer e fazendo-se presentes em suas vidas.
Por fim, educar é também frustrar; é dizer não e contrariar a vontade do filho, quando necessário. Não há como escapar disso, sob pena de o próprio filho sofrer as consequências em sua saúde física e mental. Não há como ser bom pai ou boa mãe só esperando serem amados por seus filhos. É preciso, muitas vezes, suportar a frustração de ser odiado por seu filho num dado momento, para o próprio bem dele no futuro, ainda que isso, na maioria das vezes, custe muito caro aos corações dos pais e mães. Pois, “acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico.” (Mansour Chalita); “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.” (Coelho Neto)

Prof. Nilton Carvalho (ndc30@hotmail.com / historiaeculturandc.blogspot.com /

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