quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dentadura de Churchill é vendida por R$ 42 mil em leilão



Peça havia sido moldada especialmente para preservar maneira peculiar de falar do premiê britânico.
Uma dentadura parcial do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill foi vendida por um 15,2 mil libras (cerca de R$ 41,8 mil) em um leilão nesta quinta-feira em Norfolk, no leste da Grã-Bretanha.
A dentadura, avaliada anteriormente em 5 mil libras (R$ 13,7 mil), estava sob os cuidados do filho do dentista protético que as havia feito.
Ela havia sido moldada especialmente para preservar a maneira natural de falar de Churchill, puxando os cês com a língua entre os dentes.
Segundo historiadores, Churchill queria que sua maneira peculiar de falar fosse facilmente reconhecida nos pronunciamentos pelo rádio que fazia durante a Segunda Guerra Mundial.
O primeiro-ministro considerava a dentadura tão importante que sempre carregava uma de reserva com ele para onde fosse.
Churchill (1874-1965) governou a Grã-Bretanha entre 1940 e 1945, durante a Segunda Guerra, e novamente entre 1951 e 1955.
Problemas dentários
Segundo o responsável pelo leilão, o premiê sofria com problemas dentários e nas gengivas e precisou desde a infância passar por tratamentos dentários complicados.
Churchill valorizava tanto o trabalho de seu dentista, Wilfred Fish, que o nomeou para receber uma comenda de cavaleiro do reino britânico.
O protético Derek Cudlipp, responsável pela dentadura do primeiro-ministro, foi dispensado pelo premiê de servir no Exército durante a guerra após ser convocado.
"Quando os papéis da convocação do meu pai chegaram, Churchill os rasgou pessoalmente", conta o filho do protético, Nigel Cudlipp.
A única outra dentadura de Churchill existente está em um museu, na Escola Real de Cirurgiões da Inglaterra, em Londres.
A casa de leilões Keys não revelou a identidade do comprador da dentadura.
Recentemente, a mesma casa de leilões vendeu um dos famosos charutos de Churchill, parcialmente fumado, por 4.500 libras (cerca de R$ 12,4 mil).


Fonte: O Estadão.

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