domingo, 18 de julho de 2010

Menos lixo, mais qualidade de vida para todos



Num século de crescentes preocupações com o meio ambiente e com o futuro do desenvolvimento auto-sustentável, o problema do lixo urbano se constitui num dos maiores desafios da humanidade. Está mais que claro que a melhor solução é não apenas tratar o lixo, mas diminuir seu volume.
Imaginemos o que seria das nossas cidades, se, intencionalmente, cada habitante lançasse uma sacola plástica nas vias públicas em determinado dia?
Felizmente, muitas delas caminham a passos largos não apenas para se constituir em cidades ecologicamente corretas, mas num exemplo vivo de que a limpeza urbana só obtém resultados positivos se houver a colaboração plena de cada cidadão. Não há dúvida de que se temos uma cidade limpa, arborizada, em dia com as novas exigências ambientais, isso se deve ao crescimento do espírito de civilidade do brasileiro consciente.
A questão do lixo, além de se constituir num grave problema ambiental, exige da administração pública a aplicação de vultosos recursos, com a contratação de mão-de-obra, aquisição e manutenção de equipamentos. O lixo urbano, à primeira vista, parece um problema sem solução, visto que todas as soluções encontradas – incineração, aterramento – trazem algum tipo de risco ambiental.
A reciclagem, por meio da coleta seletiva, talvez seja a experiência mais positiva, mas exige o completo envolvimento da população. A conclusão a que chegamos é de que apesar das inúmeras tecnologias diferentes desenvolvidas para processar o lixo, a melhor saída (diga-se de passagem a mais econômica) parece estar ligada a mudança de comportamento das pessoas. O simples ato de jogar um papel na via pública pode desencadear a produção de toneladas de lixo e evidentes riscos à saúde pública.
Hoje em dia produzimos lixo domiciliar, comercial, de varrição e feiras livres, serviços de saúde e hospitalares, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, industriais, agrícolas e entulhos.
Há estudos que mostram para onde vai o lixo coletado no Brasil: 76% fica a céu aberto, o restante vai para aterros (controlados, 13%; ou sanitários, 10%), usinas de compostagem (0,9%), incineradores (0,1%) e uma insignificante parte é recuperada em centrais de reciclagem.
A coleta seletiva hoje,infelizmente é praticada por uma pequena quantidade de municípios brasileiros. Talvez seja porque reciclar é quinze vezes mais caro que jogar lixo em aterros, que na prática significa jogar a sujeira para debaixo do tapete. Para se ter idéia da importância da reciclagem, cada cinqüenta quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada.
Como se vê, não há melhor alternativa para o lixo do que o envolvimento de que o produz. Se hoje tivermos uma cidade limpa é porque, seguramente, também é uma cidade muito mais socialmente justa, economicamente próspera e ambientalmente sustentável.

Luciano Henrique de Castro.

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3 comentários:

  1. Pois é...mas existem países que quem jogar lixo no chão leva multa....xiiiii...esqueci que aqui nao vai ter quem policie rs !!
    Beijos

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  2. Apenas é uma questão de consciência, quem tem joga lixo no seu devido lugar. "Educação vem de berço".

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  3. Amigo William, parabéns pela excelente postagem, tratando de um assunto tão importante para o meio ambiente. Aqui em nossa cidade, que é pequena, já ganhamos o selo de cidade verde... já fazemos a reciclagem de nosso lixo... mas nas grandes cidades parece que fica meio difícil reeducar o povo. Seu texto vai servir para dar um incentivo às pessoas. Abraço e muita paz!!!

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