Benefício foi
detectado em alcoólatras submetidos a 10 sessões que simulavam situações como
os estragos ao corpo causados pelo vício. Especialistas acreditam que a técnica
poderá fazer parte do combate à doença.
Música ambiente, pouca
formalidade, muita gente reunida, tudo propício para a diversão. E para o
álcool. Mas, mesmo se der vontade, não haverá o primeiro gole. A festa não é
real. Trata-se de uma simulação em quatro dimensões que tem o intuito de
controlar a fissura em dependentes. A terapia baseada em realidade virtual
protagoniza um pequeno experimento conduzido no Hospital Universitário de
Chung-Ang, em Seul, na Coreia do Sul, e traz resultados que fortalecem a busca
por novas frentes de tratamento contra uma doença que só no Brasil atinge cerca
de 11,7 milhões de pessoas.
“Essa tecnologia já é popular nas áreas de psicologia e psiquiatria. Nosso trabalho coloca pessoas que sofrem com o alcoolismo em situações semelhantes às que podem enfrentar na vida real e exige uma participação ativa delas”, explica Doug Hyun Han, pesquisador sênior do trabalho publicado na edição deste mês do norte-americano Jornal de Estudos sobre Álcool e Droga. O experimento contou com a participação de 12 dependentes de álcool. Em uma primeira etapa, os voluntários foram submetidos a um programa de desintoxicação de uma semana. Depois, a 10 sessões do tratamento multimodal, incluindo estímulos visuais, auditivos, olfativos e gustativos.
Em cada sessão, os alcoólatras vivenciaram três situações: de relaxamento, de alto risco para a recaída e de aversão aos efeitos da ingestão exagerada (veja infográfico). Até o cheiro de adoentados pelo vício foi usado pelos cientistas para provocar os participantes. Com isso, houve mudanças no circuito límbico do cérebro, o centro das emoções humanas. “Após as sessões, o metabolismo do sistema límbico havia diminuído muito, a ponto de se equiparar ao de pacientes saudáveis, sugerindo que o desejo de consumir álcool foi afetado”, detalhou Doug Hyun Han, em comunicado.
A equipe chegou à conclusão ao analisar resultados de exames de imagem feitos nos participantes antes e depois do tratamento com realidade virtual. Inicialmente, havia um volume maior de atividades nessa parte cerebral dos alcoolatras.
“Essa tecnologia já é popular nas áreas de psicologia e psiquiatria. Nosso trabalho coloca pessoas que sofrem com o alcoolismo em situações semelhantes às que podem enfrentar na vida real e exige uma participação ativa delas”, explica Doug Hyun Han, pesquisador sênior do trabalho publicado na edição deste mês do norte-americano Jornal de Estudos sobre Álcool e Droga. O experimento contou com a participação de 12 dependentes de álcool. Em uma primeira etapa, os voluntários foram submetidos a um programa de desintoxicação de uma semana. Depois, a 10 sessões do tratamento multimodal, incluindo estímulos visuais, auditivos, olfativos e gustativos.
Em cada sessão, os alcoólatras vivenciaram três situações: de relaxamento, de alto risco para a recaída e de aversão aos efeitos da ingestão exagerada (veja infográfico). Até o cheiro de adoentados pelo vício foi usado pelos cientistas para provocar os participantes. Com isso, houve mudanças no circuito límbico do cérebro, o centro das emoções humanas. “Após as sessões, o metabolismo do sistema límbico havia diminuído muito, a ponto de se equiparar ao de pacientes saudáveis, sugerindo que o desejo de consumir álcool foi afetado”, detalhou Doug Hyun Han, em comunicado.
A equipe chegou à conclusão ao analisar resultados de exames de imagem feitos nos participantes antes e depois do tratamento com realidade virtual. Inicialmente, havia um volume maior de atividades nessa parte cerebral dos alcoolatras.
O psicólogo Cristiano
Nabuco explica que o efeito da psicoterapia padrão no órgão nem sempre consegue
proteger completamente o paciente do ponto de vista antecipatório. O
especialista percebe um efeito diferente ao usar a realidade virtual, por
exemplo, no tratamento de pessoas com fobia de avião.
Carmen Souza.
Carmen Souza.
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