A história da roda pode
ser muito curta ou abranger milhares de anos – depende da região ou parte do
globo em que é considerada. Sabe-se, por exemplo, que enquanto a civilização
sumeriana, que floresceu às margens do rio Eufrates há cerca de 6.000 anos atrás,
sabia usá-la (como está gravando em um baixo-relevo de UR) e enquanto os
egípcios pareciam familiarizados com ela desde 1.700 Antes de Cristo, a roda
era completamente desconhecida na Oceania antes da chegada dos primeiros
europeus. Mesmo as civilizações pré-colombianas não acharam uso prático para
ela, embora em princípio já a conhecessem.
Acredita-se
que a roda foi desenvolvida originada do rolo (um tronco de árvore) que,
provavelmente, representou o primeiro meio usado pelo homem para impedir o
atrito de arrasto entre dois planos, substituindo-o pelo atrito de rolamento.
Mais tarde este rolo se transformou em disco, e foi, talvez, a necessidade de
introduzir a mão para lubrificar o eixo que fez com que o homem abrisse largos
buracos.
Em outra ocasião, alguém pensou em proteger o cubo da roda contra
choques utilizando uma cobertura, e surgiu a precursora das calotas modernas,
que tem objetivo mais ou menos funcional. A evolução das rodas dos automóveis
se originou diretamente das rodas das antigas carruagens puxadas a cavalos, às
quais eram, a princípio, idênticas.
Praticamente,
desde o começo as rodas dos carros tinham o aro coberto de borracha sólida, e
por isso eram muito duráveis, mas também muito rígidas. Na segunda metade do
século XIX, John Boyd Dunlop, um cirurgião veterinário escocês, tornou a
bicicleta de seu filho muito mais confortável inventando o pneumático: um tubo
de borracha contendo ar sob pressão, cobria o aro.
Em 1888, a invenção foi
patenteada na Inglaterra, mas, Dunlop achou que não valia a pena abandonar sua
profissão para se dedicar a ela. Preferiu vender todos os seus diretos de
inventor por uma pequena quantia. A idéia continuou tendo aceitação para os
automóveis – que mantiveram o uso de pneus maciços – até que alguém pensou em substituir
o modelo de Dunlop por um outro com duas partes : im tubo interior e uma
abertura.
Deve-se a
Charles Goodyear a descoberta do processo de vulcanização, pelo qual a borracha
adquire durabilidade e elasticidade. Até 1920, os pneus eram feitos fixando a
borracha sob pressão a uma base de algodão. O conjunto era então moldado
e o exterior vulcanizado. Os pneus assim produzidos tinham uma câmara
interior de alta pressão e rodavam em média cerca de 7.240 km. Pouco depois de
1920 foram introduzidos os pneus de baixa pressão, e alguns deles duravam cinco
vezes mais que os anteriores.
A partir
de 1955 tornaram-se comuns pneus sem câmara de ar, particularmente nos Estados
Unidos. De certa forma este pneu representava uma volta ao passado.
Evidentemente, são muito mais resistentes. Tanto quanto a furos quanto ao
próprio desgaste, devendo ser perfeitamente ajustados ao aro, para não deixarem
escapar o ar.
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