Empresas familiares
dominam mercado varejista, afirma pesquisa.
Organizações familiares correspondem a 67% das
empresas varejistas no Brasil, conforme pesquisa realizada pela KPMG e pelo
Grupo Padrão. O levantamento ainda destaca que 71% dos cargos-chave são
ocupados por membros da família proprietária. A pesquisa também apontou outros
dados que mostram como o varejo brasileiro é estruturado em uma base familiar:
em 81% das empresas, existem relações familiares dos conselheiros com pessoas
da companhia ou do próprio conselho, enquanto nas empresas listadas na Bovespa esse
percentual cai para 51%. Conforme pesquisa da PwC Family Business Survey, 77%
das empresas familiares no Brasil, no ano passado, registraram crescimento,
enquanto globalmente esse percentual foi de 65%.
Para o coaching Alexandre Rangel, em artigo publicado
no site Exame.com, o fato da maior parte das pequenas e médias empresas serem
formadas em estruturas familiares, com o passar dos anos e o crescimento do
negócio, cria-se uma verdadeira confusão entre as relações profissionais e
familiares. “Surgem os conflitos, que, quase sempre, culminam com a falência da
empresa”, destaca. Para o sócio de Governança Corporativa e Consultoria em
Riscos da KPMG, Sidney Ito, ter uma estrutura familiar não significa que a
empresa não é profissionalizada. O executivo ressalta que muitas empresas que
possuem conselhos formados por membros da família “têm a função de pensar no
futuro e na estratégia da companhia, mantendo uma gestão profissionalizada que
lida com questões do dia a dia e busca bons resultados”, afirma.
De acordo com a pesquisa, um item que requer
atenção em grandes empresas de caráter familiar é a existência do Comitê de
Auditoria, já que pouco mais de 25% das varejistas contam com essa estrutura.
“O Comitê de Auditoria é um órgão relevante que agrega valor às empresas desse
setor. Na prática, há exemplos de companhias que o adotam somente após passar
por algum tipo de problema que impacte significativamente o negócio e que
poderia ser mitigado por um Comitê”, explica Ito. O levantamento mostrou ainda
que conselheiros no varejo também aparentam dedicar mais tempo ao negócio.
Prova disso é a média de reuniões realizadas: os conselhos de administração das
empresas desse segmento se reúnem, em média, 7,5 vezes ao ano, enquanto as
empresas listadas na BM&FBovespa o fazem em 6,7 oportunidades.
O coaching Alexandre ressalta que um bom modelo de
gestão, com mais chances de proporcionar sustentação e vida longa ao
empreendimento, “é aquele baseado em dois princípios: meritocracia (pessoas) e
melhoria contínua (processo)”. Mas antes, é de suma importância definir os
conceitos de empresa familiar e família empresária, apesar de ambas definições
terem em seu núcleo membros de uma mesma família. “A diferença está no tipo de
vínculo que rege as relações para dentro dos muros da empresa. Em uma família
empresária, não é o amor fraterno, por exemplo, que determina uma promoção.
Ascendem aos cargos mais altos do negócio aqueles que têm o melhor desempenho,
ou seja, por puro mérito. Em suma: não contrate quem você não pode demitir”,
explica.
Alexandre aponta que para um negócio crescer e
sobreviver por várias gerações, é necessário que a empresa adote um modelo de
gestão baseado em princípios e técnicas que possam ser seguidos por todos. “Só
assim ela se libertará da personalidade do seu fundador e das influências
familiares, fortalecerá seus controles internos e crescerá com suas próprias
pernas”, indica.
Como fazer render a empresa rural familiar
Os pequenos e médios produtores rurais contam nesta
safra (2015/2016) com o maior volume de recursos já destinado pelo governo
federal à Agricultura Familiar, quase R$ 29 bilhões. E no portal de educação a
distância do Senar Goiás eles encontram uma ótima oportunidade para aprender a
planejar bem os negócios e fazer o dinheiro render.
O curso Gestão do Negócio Rural tem um módulo
específico sobre o planejamento estratégico na gestão familiar. Gratuito e
totalmente na modalidade a distância, ele está aberto a todas as pessoas do
meio rural, com mais de 15 anos de idade. As matrículas podem ser feitas
no portal: http://ead.senargo.org.br/.
“As aulas são ótimas, bem dinâmicas e a linguagem
fácil”, garante Clevisson Câmara de Jesus, 23 anos. Morando em Goianésia, é
frequentador assíduo dos cursos oferecidos pelo EaD Senar Goiás. “O ensino a distância
é ótimo, porque até no trabalho, quando tenho um tempinho, eu consigo assistir
as aulas, alcançando mais conhecimento”.
Clevisson é técnico agropecuário, cursa Gestão
Ambiental e presta serviço ao Incra, orientando 473 famílias rurais nas regiões
goianas de Santa Rita do Araguaia, Barro Alto, São Luíz do Norte, Uruaçu e
Niquelândia. “Repasso tudo o que aprendo nos cursos do Senar Goiás a essas
famílias, sobretudo como investir o dinheiro com segurança, baixar o preço da
produção e como gerar mais renda no campo. Planejando melhor suas ações, o
pequeno produtor tem mais chance de ter lucro e, com o dinheiro, melhorar sua
qualidade de vida”.
No portal de ensino a distância do Senar Goiás
estão disponíveis seis diferentes cursos, incluídos nos programas Jovem
Empresário Rural, Minha Empresa Rural, Agricultura de Precisão e Gestão de
Riscos. São todos gratuitos, com duração entre 17 e 18 horas-aula . O curso
Gestão do Negócio Rural faz parte do programa Jovem Empresário Rural. Além do
módulo sobre empresas rurais familiares, inclui conteúdos como Gestão de
Operações,Gestão de Marketing, Gestão de Recursos Humanos e Gestão Financeira.
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