quinta-feira, 7 de maio de 2015

Mãe, um ser muito especial no mundo

Ser mãe é ser criadora de filhos, ideias, jogadas, projetos, países, famílias unidas. Ser mãe é tudo que os adjetivos santos não podem traduzir,  ser mãe é viver neste mundo valorizando o projeto de Deus num plano mais amplo. Mãe de advogados, engenheiros, analfabetos, gregos, goianos, ciganos, políticos e até do homem que foi enforcado ou fuzilado. Mãe é mãe, uma obra genial e ao mesmo tempo comum. A genitora de nossos sonhos, pesadelos, caprichos, capaz de fazer um bife render dez milagrosos pedaços de carne no almoço ou jantar. Mãe é por natureza uma psicóloga, professora, educadora, lutadora, sensitiva, operária, repórter de seu tempo e confissão. Um ser muito especial, milagre da eugenia, da biologia, da fé em Deus, mesmo nas suas faces de Eva. Como explicar uma mulher tão imensa e ao mesmo tempo tão frágil? Como entender as dores do parto? Como sufocar os gritos dos famintos ou as cólicas de madrugada? Até a mãe do juiz é perfeita, mesmo quando ele marca um pênalti duvidoso. Mãe de todas as manhas e manhãs, da poesia que se fez vida e da vida que é unida na família em cada filho que vem a este mundo.
Usada e lembrada pelo lado comercial, passional, angelical, rainha das panelas e das canetas, dos sonhos possíveis e trabalhos feitos com amor. Ela precisa de um homem para gerar um novo ser, e depois regar, educar, valorizar o filho que veio de seu útero. O pai é razão, mas só a mãe entende as emoções e razões de um coração fraterno. A própria mãe natureza já colocou em seu íntimo todos os amores e dores do mundo, pois a história precisa continuar. Freud dizia que o homem pensa com o cérebro e a mulher pensa com o útero, definindo sua singular sensibilidade. Mesmo com o desgaste da presidente Dilma Rousseff a mulher é vista com um dom especial para dirigir uma nação, sabendo priorizar os sofridos do sistema padronizado. Mulher vota em mulher, uma doce ironia dos nossos dias digitalizados, frenéticos, divididos pelas estatísticas e conflitos de classes. Mulheres de todas as atitudes e latitudes, um ser especial para amar, criar, perdoar com fervor. E muitos só valorizam sua santa mãe depois de perdê-la para o destino.  Coisas de uma sociedade imediatista.
Quando se educa um menino, se educa apenas aquele menino; mas quando se educa uma menina pode se educar uma sociedade inteira, pois ela é formadora de opinião, gesto e gestão, semeando sabedoria e sentimentos. No segundo domingo de maio há uma pausa nas discussões políticas e econômicas para se ilustrar o dia da rainha de todas as criaturas e aventuras. Somente quem foi mãe pode entender todas as verdades, vontades e a coisa mais valiosa do mundo é a lágrima de uma mulher traída, escondida de seu real valor. Até o traficante mais esperto e violento teve uma mãe para cuidar de sua infância e crescimento, mal sabendo ela que um dia o filho iria se enveredar pelos tortuosos caminhos da droga. Cuidar, olhar, buscar, tratar, valorizar, ser agente de transformação, uma ponte entre a gestação e vivência, com todas as suas vertentes e acidentes, medos e alegrias. A mãe solteira, abandonada e esquecida, ainda resiste, trabalha cuida de seu tesouro e vence desafios. Não é mera poesia, é a vibração que vem de Maureni, Maria, Luzia, Joana, Judith, Tereza, Márcia, Ana, Solange, Esmeralda, Fernanda e todos os nomes femininos de um ser forjado para amar e recrutar sonhos. Não por acaso o nome Oníria tem sua origem como onírico, sinônimo de sonho, felicidade, e ela cuida de seus filhos Rafael, Rogério, Gabriel, com toda devoção, inspirada no parceiro Jesus. Algumas mães têm no tanquinho de lavar roupa o seu único esposo, pois trabalha para alimentar e criar os filhos da esperança. Ser mãe é chorar num sorriso e sorrir numa lágrima, pois ela reúne em seu útero santo todas as maravilhas do Universo. Escrevo sobre diversos assuntos e seria injusto não discorrer sobre o tema original de nossa existência. E em nome da Dona Olívia (minha mãe saudosa) abraço todas as mães do mundo. Hoje até a mãe do juiz será entendida e perdoada, porque ensina a sabedoria que errar é humano, mas ser mãe é um estágio divino.
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