sábado, 23 de maio de 2015

A falta de recursos para a Educação põe a democracia sob suspeita

Que o Brasil é o país da desigualdade não há quem duvide, mas que a educação é a melhor forma de inclusão social, nem todos concordam; dentre esses estão os governantes. Tem-se essa percepção quando vemos os professores sendo tratados, pelo Estado, como se fossem marginais, enquanto esse mesmo Estado em plena luz do dia faz acordos no Congresso Nacional para combinar os votos na aprovação das medidas provisórias e projetos de lei que se tornarão prejudicial aos brasileiros, principalmente aos trabalhadores, que por ironia são representados por esse governo.
O que mais preocupa é que depois de venderem seus votos esses parlamentares ocuparão posições de destaque no governo e alguns deles indicarão gestores de suas mais íntimas relações para ocuparem cargos em comissão em empresas públicas para administrarem as licitações, que ainda irão lhes proporcionar presentes caros oferecidos pelas empreiteiras favorecidas, que também servem esse mesmo comando.
Mas, e a Educação? Essa por sua vez vai mal e as escolas transformam-se em ruínas aos olhos dos gestores públicos de instituições de todas as esferas. Entretanto, quanto menos conhecimentos passados à população mais votos terão esses ilustres senhores. E, como andam as universidades? Essas outras se transformaram em canteiros políticos partidários que desfrutam dos privilégios da política corporativista e lá desenvolvem seus interesses.
Resumiram-se em empresas captadoras de votos e a missão dessas organizações são contabilizar apoio para os governantes. Nelas não há reitores de partidos contrários ao do atual governo. Assim, a política corrompeu até a Educação. Onde os administradores do ensino já se acostumaram com o colarinho branco.
É a política aumentando seu território e desgastando a organização acadêmica. E os profissionais ficam em segundo plano, a prioridade é a politização sistemática.
Ainda na mesma linha estão os componentes das assembleias legislativas de todos os estados brasileiros, que ao apagar das luzes aumentaram as suas diárias e seus salários. Além de serem contaminados pelos vícios de Brasília e combinarem seus votos para saquearem ainda mais os cofres públicos. No entanto, todos ignoram a pobreza no meio escolar, principalmente o ensino de base.
Para piorar, a polícia militar gaúcha poderá atrasar os salários da corporação, mas terá a honrosa missão de fazer sentinela em nome do truculento e totalitário Estado Democrático de Direito. Assim, nos colocamos a dois passos do inferno, pois os servidores públicos gaúchos entrarão em greve na maioria de suas áreas, cumprindo um ritual do direito constitucional garantido nos apontamentos da democracia. O que fazer? Bom! Suponho que seria bom rezar para não morrermos em meio a uma confusão, de outra forma, não vejo esperança depois de ouvir o governador antidemocrata dizer que não pagará as contas atrasadas, isso é como pôr fogo em palha. O nosso gestor estadual não tem ideia de que governar um Estado endividado é sua obrigação.
Ele imagina que pode ignorar as dívidas herdadas e governar daqui para frente. Que irresponsabilidade! Essa forma de pensamento é típica de pessoas despreparadas para a administração pública ou de quem desconhece os princípios da democracia. O mandato, na democracia, é do povo e não do governante.
O eleitor apenas lhe deu poderes de representação. Em hipótese alguma lhe deu poderes para alterar o regime de governo. Então, governador, não imponha a sua vontade, se for necessário chame o povo para um plebiscito ou um referendo. Enquanto isso, cumpra a palavra empenhada do povo, honre os compromissos do Rio Grande Do Sul.
Quanto à possibilidade de greve no magistério só falta o governador mandar descer o cassetete nos professores estaduais, seguindo o exemplo do estado do Paraná. Mas os policiais estão com seus salários defasados e em péssimas condições de trabalho, mesmo assim será que cumprirão a ordem? E, se cumprirem, depois de baterem nos professores, mandarão seus filhos para a escola. Pois é! Algo está errado nessa democracia.
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Um comentário:

  1. Tudo no que se refere a política nesse País, parece uma grande piada de péssimo gosto. O descaso com a educação e com os professores é uma das situações mais vexatórias que já vivemos.
    Abraço
    Ciça

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