Que o Brasil é o país da desigualdade não
há quem duvide, mas que a educação é a melhor forma de inclusão social, nem
todos concordam; dentre esses estão os governantes. Tem-se essa percepção
quando vemos os professores sendo tratados, pelo Estado, como se fossem
marginais, enquanto esse mesmo Estado em plena luz do dia faz acordos no
Congresso Nacional para combinar os votos na aprovação das medidas provisórias
e projetos de lei que se tornarão prejudicial aos brasileiros, principalmente
aos trabalhadores, que por ironia são representados por esse governo.
O que mais preocupa é que depois de
venderem seus votos esses parlamentares ocuparão posições de destaque no
governo e alguns deles indicarão gestores de suas mais íntimas relações para
ocuparem cargos em comissão em empresas públicas para administrarem as
licitações, que ainda irão lhes proporcionar presentes caros oferecidos pelas
empreiteiras favorecidas, que também servem esse mesmo comando.
Mas, e a Educação? Essa por sua vez vai mal
e as escolas transformam-se em ruínas aos olhos dos gestores públicos de
instituições de todas as esferas. Entretanto, quanto menos conhecimentos
passados à população mais votos terão esses ilustres senhores. E, como andam as
universidades? Essas outras se transformaram em canteiros políticos partidários
que desfrutam dos privilégios da política corporativista e lá desenvolvem seus
interesses.
Resumiram-se em empresas captadoras de
votos e a missão dessas organizações são contabilizar apoio para os
governantes. Nelas não há reitores de partidos contrários ao do atual governo.
Assim, a política corrompeu até a Educação. Onde os administradores do ensino
já se acostumaram com o colarinho branco.
É a política aumentando seu território e
desgastando a organização acadêmica. E os profissionais ficam em segundo plano,
a prioridade é a politização sistemática.
Ainda na mesma linha estão os componentes
das assembleias legislativas de todos os estados brasileiros, que ao apagar das
luzes aumentaram as suas diárias e seus salários. Além de serem contaminados
pelos vícios de Brasília e combinarem seus votos para saquearem ainda mais os
cofres públicos. No entanto, todos ignoram a pobreza no meio escolar, principalmente
o ensino de base.
Para piorar, a polícia militar gaúcha
poderá atrasar os salários da corporação, mas terá a honrosa missão de fazer
sentinela em nome do truculento e totalitário Estado Democrático de Direito.
Assim, nos colocamos a dois passos do inferno, pois os servidores públicos
gaúchos entrarão em greve na maioria de suas áreas, cumprindo um ritual do
direito constitucional garantido nos apontamentos da democracia. O que fazer?
Bom! Suponho que seria bom rezar para não morrermos em meio a uma confusão, de
outra forma, não vejo esperança depois de ouvir o governador antidemocrata
dizer que não pagará as contas atrasadas, isso é como pôr fogo em palha. O
nosso gestor estadual não tem ideia de que governar um Estado endividado é sua
obrigação.
Ele imagina que pode ignorar as dívidas
herdadas e governar daqui para frente. Que irresponsabilidade! Essa forma de
pensamento é típica de pessoas despreparadas para a administração pública ou de
quem desconhece os princípios da democracia. O mandato, na democracia, é do
povo e não do governante.
O eleitor apenas lhe deu poderes de
representação. Em hipótese alguma lhe deu poderes para alterar o regime de
governo. Então, governador, não imponha a sua vontade, se for necessário chame
o povo para um plebiscito ou um referendo. Enquanto isso, cumpra a palavra
empenhada do povo, honre os compromissos do Rio Grande Do Sul.
Quanto à possibilidade de greve no
magistério só falta o governador mandar descer o cassetete nos professores
estaduais, seguindo o exemplo do estado do Paraná. Mas os policiais estão com
seus salários defasados e em péssimas condições de trabalho, mesmo assim será
que cumprirão a ordem? E, se cumprirem, depois de baterem nos professores,
mandarão seus filhos para a escola. Pois é! Algo está errado nessa democracia.
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Tudo no que se refere a política nesse País, parece uma grande piada de péssimo gosto. O descaso com a educação e com os professores é uma das situações mais vexatórias que já vivemos.
ResponderExcluirAbraço
Ciça