Twitter, a nova febre dos políticos

Twiteiros como o senador Marconi Perillo faz parte de um time de políticos que aderiu este ano à nova febre na internet: o Twitter. O serviço de microblogs gratuitos aproximou candidatos de eleitores, anunciou decisões partidárias, humanizou políticos e promete muito mais até as eleições de outubro. Achamos que a ideia é que se repita um pouco do fenômeno que ocorreu em 2008 nas eleições de Barack Obama e a internet seja usada não só para informar e trocar opiniões, mas também para financiar algumas campanhas. O número de políticos que estão aderindo à rede já cresceu muito, inclusive eu, devo admitir.
Para mim é possível imaginar que as eleições brasileiras deste ano serão diferentes em função dos mais de 75 milhões de internautas que teremos em 3 de outubro. O poder das redes sociais será capaz de influenciar o processo eleitoral, não exatamente como um palanque eletrônico para os candidatos, mas sim pela influência causada pelas opiniões de milhões de pessoas via Twitter, blogs e redes.
O fato é que o cenário eleitoral de 2010 é muito diferente do contexto de 2006. A internet parecer ser a saída para os eleitores fugirem um pouco só dos programas dos horários gratuitos de rádio e TV. Eu não creio que a maioria dos internautas entrará pro ativamente na internet em busca de debates e comícios virtuais, mas acredito que o interesse pela internet vai superar o interesse pela televisão. Você acredita que o cidadão se postará na frente do YouTube para assistir a algum comício? Eu duvido, aliás, duvido muito. No entanto, acho muito possível que tenhamos dezenas ou centenas de milhares de eleitores seguindo seus candidatos no Twitter, que hoje é uma febre crescente no País.
Até agora nenhum dos candidatos a presidente tem demonstrado um movimento estruturado e forte nas redes sociais. Dos candidatos, acho que José Serra, o perdedor nato como candidato `a presidente, merece ser citado pois vem tendo atuação regular no Twitter com milhares de seguidores. Conhecido por passar as madrugadas trabalhando, ele agora posta às altas horas. Outro dia, publicou em seu perfil lembranças da infância e lembrou dos primeiros passos na vida pública.
Para alguns cientistas políticos, o microblog é fundamental na construção da imagem. Mostra que o político não é intocável. É gente como a gente. Tem suas opiniões e isso é positivo.
Uma reportagem da Isto É afirmou: Os candidatos elegem o Twitter como a estrela da internet para se aproximar dos eleitores e multiplicar seus discursos.



Janio Darrot.

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