Por muito tempo, o feijão com arroz, era considerado o prato típico dos brasileiros.
De fato, juntando ainda, por exemplo, uma mandioca cozida, um pedaço de carne de frango, bovina ou suína, salada mista (ex. alface, tomate, cenoura, brócoli, couve, couve-flor, beterraba, etc.) e uma fruta (ex. banana, laranja, maçã, etc.) ou suco rico em vitamina C (ex. suco de laranja, abacaxi) é um prato altamente nutritivo.
Trata-se de uma adequada combinação de proteínas, glicídios (energia), vitaminas e sais minerais. A deficiência de um ingrediente é compensada pelo outro. Por exemplo, o feijão é rico no aminoácido lisina, enquanto o feijão é rico e metionina, aminoácidos essenciais ao ser humano.
Por isso, especialistas em Nutrição Humana, apontam esse prato típico como altamente saudável. Além disso, não custa caro, pois é constituído de alimentos produzidos em qualquer região brasileira. Evidentemente, que essa combinação alimentar não é a única opção, quando se considera valor nutritivo e saúde. Mas, são pratos que historicamente já faziam parte da dieta humana.
Entretanto, desde 1994, quando foi implantado o Plano Real, com o controle da inflação e aumento do poder aquisitivo da população, o consumo percapita de feijão, arroz e mandioca reduziu significativamente no Brasil. Para exemplificar, o consumo percapita de feijão caiu de 23 kg/ano par apenas 16 nos últimos anos. Como se comer feijão e arroz é comida para pobre. Esse preconceito cultural leva a adoção de modismos, sem levar em consideração o valor nutritivo dos alimentos que produzimos na região.
Infelizmente, os brasileiros estão substituindo esse prato saudável por alimentos derivados somente de amido e muito gordurosos (os fastfood ), além de excesso de sal. E, elaborados com matérias primas importadas. Além da má qualidade, representam perdas de divisas com a sua importação. Ao mesmo tempo, é diminuída a demanda por grãos alimentícios produzidos pelos produtores da região. Claro que os alimentos congelados e industrializados são mais fáceis de serem adotados na dieta humana, pois facilita o trabalho.
Essa receita está levando os brasileiros a obesidade, e, paradoxalmente, a má alimentação. E, isso provoca doenças. Doenças que custam altas somas de recursos públicos aplicados na saúde. Estamos repetindo uma má experiência, que já fracassou nos Estados Unidos. Em vários estados americanos, a obesidade já é considerada uma grave questão de saúde pública, ao ponto de ser decretado estado da calamidade pública.
Precisamos retomar o que era nosso e não copiar modelos que já deram errado em outros países. Desta fora, vamos prevenir, para não remediar.
Começando pela alimentação adequada das crianças, a partir da família e também na elaboração de alimentos para escolares. Uma adequada e saudável educação alimentar também precisa ser construída, como os demais valores responsáveis pelo desenvolvimento integral do ser humano. Crianças em crescimento necessitam, prioritariamente, receber alimentos ricos em proteínas, vitaminas e sais minerais para garantir seu adequado crescimento. Isso não se obtém quando a base da alimentação das crianças é o pão, bolachas, biscoitos, massas, batata frita e refrigerantes.
E, isso, é mais importante ainda, até os cinco anos de idade. È quando é formado o sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e nervos). Quando isso não acontece, irreversivelmente, é comprometido o desenvolvimento pleno desse ser humano, com dificuldade de aprendizagem na escola, baixa produtividade no trabalho e contribuindo com a liderança brasileira no campeonato mundial de acidentes de trabalho.
por Elmar Luiz Floss
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