domingo, 6 de junho de 2010

Dependência química, uma pedra no caminho.



Em todos os meios de comunicação, o assunto mais comentado no momento são as drogas e seu poder devastador. Além de causarem tragédias pelo próprio consumo, também são coadjuvantes em outros terríveis acontecimentos. Assassinatos em sua maioria têm por constatação posterior, o sentido alterado do autor, seja por álcool ou outros entorpecentes.
Campanhas são veiculadas a todo instante na TV, incentivando o combate a essa doença, pois o Ministério da Saúde reconhece o dependente químico como portador de doença, é sabido que não se trata de deficiência moral ou como dizem popularmente “falta de vergonha na cara”.
Muito se fala acerca das causas que levam um indivíduo a se vincular a uma droga qualquer e permitir que ela se torne suprema em sua vida, as mais apontadas são: pré-disposição física e emocional, condição social, derrota profissional, decepção amorosa e perdas significativas de qualquer ordem.
Mas é sumamente importante verificar que situações vistas como causas, são na verdade consequências, pois outras pessoas, submetidas às mesmas pressões, conseguirão passar por turbulências semelhantes sem se tornarem dependentes químicos.
Fala-se da dependência química como doença incurável, no que discordamos diante da nossa visão terapêutica. De acordo com tratamentos convencionais, combate-se a vontade iminente de usar drogas, porém, na visão terapêutica holística, observamos o SER como um todo e levamos o usuário até a causa, por mais profunda que ela esteja. De frente à causa, ele poderá observar a verdadeira realidade dos fatos, promove-se então uma catarse, liberando os conteúdos traumáticos, ressignificando com um novo olhar, como sempre dizemos: um olhar mais amoroso. Dissolvendo o conteúdo, o fato não deixará de existir, mas também não terá força suficiente, capaz de transtornar, o então dependente, deixa de sentir vontade de consumir drogas, pois o gatilho que o impulsiona não dispara mais.
Outro fato de extrema relevância é o sistema familiar, normalmente, olhamos para o dependente como “um problema” e é realmente assim que ele se apresenta, mas em atendimento, percebemos o quanto amoroso ele é. Por muitas vezes, ele traz para si uma carga familiar, liberando outros para viverem mais harmonicamente. O campo da família é um sistema energético que se irradia através de cada um daqueles que pertencem e esse pertencimento deve ser respeitado. É importante observar se banimos alguém do sistema familiar, um parente que por algum motivo foi relegado, pode estar sendo representado por esse dependente. Segundo a visão de Berth Hellinger, filósofo, psicanalista e disseminador dos trabalhos com Constelação Familiar, a dependência ocorre muitas vezes com filho de pai negado.
O apoio da família é de importância ímpar no processo de cura. Em alguns casos, a internação é a alternativa mais indicada, porém, a presença familiar é indispensável, já que a droga vem como preenchimento de uma lacuna, por exemplo, a falta do pai ou um membro exilado da família. Não podemos deixar também de citar a necessidade de assistência aos familiares mais próximos, que sofrem por ressonância. Por esse motivo, fortalecer principalmente os pais é muito importante, pois eles perdem a noção do limite que deve ser imposto, por medo do agravamento da situação, que já é tão traumática. Mas a ausência de limite dá asas ao que já avança a galope.
Trabalhando com diversas técnicas terapêuticas, ainda não descobrimos ferramenta mais eficiente que o amor, por isso, ele está contido nos trabalhos de regressão, respiração, sistêmicas e em todas as outras técnicas que utilizamos, pois acreditamos que respeitando a todos igualmente e dando a cada um seu lugar de pertencimento no sistema, nos distanciamos dos julgamentos e nos aproximados da cura.

Adriana Silva.

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2 comentários:

  1. Olá!

    Esse é um dos principais problemas no Brasil para ser resolvido. Muitas e muitas famílias foram destruídas com seus membros sendo perdidos para o vício. Muitas pessoas são mortas ou ficam muito doentes por causa do vício ou do tráfego de drogas. É preciso colocar um ponto final nisso com todo o vigor.

    Abraços

    Francisco Castro

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  2. Quando alcançarmos a conciência de que nossos filhos são a continuação da nossa vida, que eles merecem ter uma vida digna plena de vitalidade e claro segurança, ai sim saberemos escolher nossos representantes no governo, e cobrarmos desses representantes uma melhor educação, e uma situação melhor para os policiais, de modo geral, talvês não precisavamos ver tanta violência nos meios de comunicação. Eu to de olho, quem mais se abilita?

    um abraço.
    Herminio Neves.

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