Os Luminares da
humanidade
Há quem
afirme que Jesus tenha haurido conhecimentos na seita dos essênios pelo simples
fato de a haver conhecido e pela semelhança, em alguns aspectos,
dos princípios essênios com os ensinamentos do Cristo. A ideia cristã foi
pressentida muitos séculos antes de Jesus e dos essênios, tendo por principais
precursores Sócrates e Platão.
Jesus,
governador espiritual do Planeta – que presidiu a sua formação- acompanhava e
acompanha o processo evolutivo do orbe, já trazia em si mesmo o alfa e o ômega
de todo o processo filosófico, organizador e condutor de todas as
civilizações planetárias.
Seus
enviados, em várias épocas da história da Terra, trouxeram suas luzes para o
conforto e orientação da humanidade perdida e rebelde. Deixaram suas
contribuições. Estas permeiam os compêndios filosóficos doutrinários de
todos os tempos e de todos os povos, através dos séculos.
Os registros, orais na maioria dos casos,
foram passando de geração a geração, até que em determinado ponto da história
da humanidade houve compilações desses ensinamentos que hoje
conhecemos sob a veste dos mais variados ensaios filosóficos.
Reportemos-nos
apenas a um desses luminares da humanidade: Sócrates.
Como o
Cristo, Sócrates nada escreveu ou nenhum escrito deixou. E também, como ele,
combateu os preceitos religiosos, colocou a virtude acima da hipocrisia, e teve
a morte dos criminosos.
Alguém
dirá que não pode haver paridade entre a doutrina de um pagão e a do
Cristo, mas Allan Kardec afirma no quarto tomo da introdução de O Evangelho Segundo
o Espiritismo: Sócrates e Platão – que a doutrina de Sócrates não era pagã,
pois objetivava combater o paganismo.
Veja
alguns desses tópicos, que você poderá buscar na íntegra, na introdução de O
Evangelho Segundo o Espiritismo. A obra kardequiana, que abarca os preceitos
morais de todas as filosofias religiosas, sem ferir a nenhuma delas,
baseando-se em Sócrates e Platão, os precursores do Cristianismo, nos diz:
O homem é
uma alma encarnada. Antes de sua encarnação existia, unida aos tipos primordiais,
às ideias do verdadeiro , do bem e do belo; separa-se deles encarnando, e,
recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a
ele.
Enquanto
tivermos o nosso corpo e a alma se achar mergulhada nessa corrupção, nunca
possuiremos o objeto de nossos desejos: a verdade.
Libertos
da loucura do corpo, conversaremos com homens igualmente libertos e
conheceremos, por nós mesmos, a essência das coisas.
A alma
impura, nesse estado, se encontra oprimida e se vê , de novo, arrastada para o
mundo visível, pelo horror do que é invisível e imaterial.
Se a alma
é imaterial, tem de passar, após essa vida, a um mundo igualmente invisível e
imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta à matéria.
Importa
distinguir bem a alma pura, verdadeiramente imaterial, que se alimente, como
Deus, de ciência e pensamentos, da alma mais ou menos maculada de impurezas
materiais, que a impedem de elevar-se para o divino e a retém nos lugares da
sua estada na terra.
Se a morte
fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois
se veriam livres do corpo , da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma,
não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá
aguardar, tranquilamente, a hora da sua partida para o outro mundo.
O corpo
conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos
acidentes que sofreu. Dá-se o mesmo com a alma. Quando despida do
corpo, ela guarda os traços do seu caráter, de suas afeições e as marcas que
lhe deixaram todos os atos de sua vida. Assim, a maior desgraça que pode
acontecer ao homem é ir para o outro mundo com a alma carregada de crimes.
É pelos
frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz;
qualificá-la de má, quando deles provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem.
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