A praça se enche de livros e o movimento aumenta enquanto
as crianças buscam encantadas as histórias que podem fazer sonhar, rir e
imaginar.
É verdade que existem bruxas? E os lugares encantados? E
as fadas? E os lugares que podem nos fazer sentir medo? Os bons vão vencer os
maus? Já conheceste um lugar assim como contam as histórias?
Bem, são muitas as perguntas que uma pequena criança nos
seus quatro ou cinco anos pode fazer e questionar ansiosa e curiosa com as histórias
que ouve contar! E quando um pequeno ser nos aborda e quer saber se já vimos o
grilo falante ou se já nos deparamos com o lobo mau ou se conhecemos o castelo
encantado ou se aquelas aventuras realmente aconteceram, ficamos extasiados e
respondemos confiantes que sim, tudo que é contado um dia já aconteceu.
Desmanchar os sonhos? Jamais!
Afinal, as histórias saíram sim de um mundo que já
existiu, de crenças que já envolveram as pessoas, de lugares reais com campos,
florestas, lenhadores, lobos, bruxas, mares, navios, piratas, castelos, reis e
príncipes, princesas e magia. E todos os contos falam dos enredos de vida que
algumas pessoas viveram, dos conflitos, das brigas, das lutas e guerras, dos
que morrem e dos que se salvam porque existem heróis. Das famílias dos ricos,
dos pobres, dos que passam fome, dos que fogem de casa, dos que mudam de lugar
para viver melhor. E tal como na vida, as pessoas querem a felicidade, desejam
amar e ser amadas, querem melhorar o mundo, proteger as pessoas do mal e salvar
vidas para que haja mais paz.
Portanto, quando uma pequena criança pergunta se os bons
vencem como não dizer: Sim, os bons vencem! Tu conheces os bons? Sim, conheço
muitas pessoas boas! E os bandidos? Infelizmente se conhece ou se ouve falar
deles.
Os livros e a praça trazem essa magia para todas as
crianças e os pais podem se envolver nesta interação saudável que ensina a
viver melhor, a encontrar saída para as incertezas do dia a dia e a entender
que se perde, mas também se ganha, e que a magia está dentro de cada um que
consegue ser mais criativo e sorrir.
Há um mês estive na Feira do Livro em Caxias do Sul com
meu segundo livro de histórias infantis: Conta mais, vó. Pude ouvir muitas
perguntas das crianças que queriam saber se existia o morro dos cavalos, o
jacaré da lagoa que ficava encantado com a música da gaita de boca do velho
caseiro da fazenda, se os sapos de barriga vermelha existiam, se a tartaruga
centenária ainda vivia na lagoa, se as corujas e os vagalumes apareciam de
noite, se as caturritas gritavam muito, se algum dia eu tinha visto as cobras,
o gambá fedorento, as galinhas de asas cortadas, as borboletas azuis, o
cordeirinho preto, o avestruz bisbilhoteiro, os porquinhos barulhentos, as
formigas voadoras, o lobo branco, os bezerros gêmeos e, principalmente, se eu
conhecia o lugar onde viviam aqueles animais dos contos narrados, se o
quero-quero espantava as pessoas e, ainda, se o pato-mergulhão se escondia
muito. E as pulgas picaram muito as crianças?
Agora, dia 12 de novembro, estarei aqui na praça com este
livro simples, mas cheio de fantasias, com animais e crianças que interagem e
brincam numa fazenda onde os sonhos têm seu lugar.
Espero as crianças, os pais e os avós para que o sonho
continue!
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