O medo é uma emoção básica do ser humano. Ele é que garante que não
coloquemos nossa mão na boca de um leão quando vamos visitar um zoológico.
Portanto, quando esse medo é intenso, na maioria das vezes, atrapalha, pois
deixamos de fazer muitas coisas por conta dele.
Se temos um medo excessivo ou se nos preocupamos muito com determinada
situação, é porque aprendemos, de alguma forma, com o meio no qual fomos
criados. Mas isso é outra história, pois não podemos mudar nosso passado. Não
temos como mudar tudo o que vivemos até aqui. Porém, podemos fazer diferente
daqui em diante.
Podemos identificar nossos medos e nossas preocupações e tentar cuidar
com mais carinho delas, ou seja, falarmos dela, tirarmos um tempo para sentir o
porquê sentimos medo e pensarmos no número de vezes que nos preocupamos e não
aconteceu aquilo que profetizamos.
Se você é mãe, pai, educador, enfim, lida com crianças, é preciso ficar
atento, pois, assim como você, elas também têm seus medos e preocupações e se
elas se queixam é porque, de fato, sentem. Então, pensei e escrevi aqui algumas dicas para ajudá-los:
1. É muito importante que haja a
escuta dessa criança. Permita que ela expresse e fale sobre seus medos;
2. Tente saber o que lhe assusta.
Mostre que se importa com o que ela traz e não diga frases do tipo: “não é
nada”, “deixe de ser bobo” ou coisas do gênero;
3. Transmita-lhe carinho, afeto,
proteção e confiança, acolha a criança, olhando para ela enquanto ela fala. O
acolhimento, de forma geral, nutre a confiança da criança, fazendo com que ela
sinta que pode contar com esse adulto. Agindo dessa forma, ela passará a se
sentir mais segura de si e com a autoestima mais elevada
4. Estimule a criança a expressar
seus medos sem se sentir ridícula e com vergonha. Para isso, é necessário que
aceite os medos como reais. Conte a ela, por exemplo, das vezes que também
sentiste medo quando era criança. Deixe sua criança interna falar sobre os
medos que também sentia;
5. Enfrente o problema com a
criança. Ela conta com o adulto para ajudar a superá-lo, quando não é capaz de
fazer algo sozinha. Tente fazer com que ela possa comprovar que não é nada
demais aquilo que imaginou ser “um bicho de sete cabeças”;
6. O lúdico, para a criança, é
fundamental e não seria diferente em se tratando de medo. Brinque com ela. Se o
medo for de escuro, brinque de pata cega, de esconde-esconde e, posteriormente,
comente o fato, mostrando que ela esteve no escuro e somente o que aconteceu
foi a diversão. Fale frase do tipo: “Fulano, tu te deu conta que entrou no
quarto escuro e nada de ruim aconteceu?” ou “Como foi entrar naquele lugar que
estava escuro?” Isso ajudará a criança a se dar conta de sua capacidade de
vencer sua ansiedade. Se o receio da criança for de experimentar situações
novas por medo do fracasso, deixe-a experienciar situações menos estressantes.
Por exemplo: se o medo for de iniciar uma atividade nova, permita-se acompanhar
o pequeno, sem que ele esteja exposto diretamente. Observe seus sinais físicos
e deixe ele falar sobre o que sente, se o mesmo demonstrar necessidade;
7. Elogie o esforço, o êxito e a
valentia da criança, quando ela conquistar alguma vitória diante do medo. Desta
forma, estará animando-a e dando-lhe mais confiança;
8. Deve sempre se dizer a verdade
à criança. Às vezes, é o desconhecido e a falta de informação o que provoca os
temores nela.
Acredite no potencial do seu pequeno e acredite, também, que és
capaz de ajudá-lo sem se misturar com a ansiedade dele.
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