O mês de
outubro é marcado pelas manifestações de conscientização contra o câncer de
mama, com a já conhecida campanha Outubro Rosa. E por que não aproveitar essa
oportunidade para lembrar também a participação feminina no mercado de
trabalho?
Cada vez
mais atuantes as mulheres estão chegando com tudo para ficar! O número ainda é
pequeno, se comparado ao universo masculino, pois somos frutos de uma sociedade
onde se acreditava que nossas avós e bisavós deveriam cuidar apenas da casa e
dos filhos.
Desta
forma, a nova crença de que a mulher pode cuidar da casa, dos filhos e da
carreira profissional ainda é recente. Mas muitas mulheres vêm rompendo esse
paradigma, mostrando que é possível equilibrar vida pessoal e profissional.
Uma boa
vantagem competitiva nesse processo é saber tirar proveito de algumas
competências consideradas naturais como: habilidades verbais, habilidades
manuais de precisão e habilidade no trato com pessoas. Postura profissional,
ética, disciplina, bom relacionamento interpessoal, foco e liderança também
fazem toda a diferença quando se está no mercado de trabalho.
E é justamente por este comprometimento e este
cuidado que muitas mulheres vêm ocupando cargos de chefia no chamado "alto
escalão" das empresas. Cargos de supervisão, coordenação e cargos
executivos estão entre as maiores colocações alcançadas.
Mas nem
tudo são flores. A diferença salarial ainda é um fator predominante no mundo do
trabalho e acredito que isso se deva porque ainda vivemos em uma sociedade onde
a força de trabalho era recentemente composta e valorizada em sua maioria por
homens.
Hoje isso vem mudando, timidamente, mas ainda estamos longe da
equiparação salarial entre gêneros. Por exemplo, segundo pesquisas, no Brasil,
as mulheres executivas ganharam no ano passado 27,1% a menos que os homens que
ocupam o mesmo cargo, contra 26,3% em 2011, segundo Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad).
Observa-se
também ainda em muitas empresas que mulheres em cargos de liderança sofrem
algum tipo de preconceito por parte de homens e das próprias mulheres.
É preciso melhorar essa condição, que não
depende apenas da adoção de políticas públicas eficazes. As empresas têm um
papel importante a desempenhar e já começaram a assumi-lo, porém, timidamente.
Uma
expressiva maioria não tem medidas para incentivar a participação de mulheres
em seus quadros. E quando tem, são ações pontuais, e não políticas com metas e
ações planejadas.
Para a
vice-presidente do facebook, Sheryl Sandberg, em seu livro Faça acontecer, um
dos entraves nesse processo é a falta de ambição das mulheres em alcançar bons
cargos nas empresas, como, por exemplo, presidência.
E isso
pode ser porque a educação dada às meninas das gerações Baby Boomers e X,
aliada à crença que envolvia a sociedade nestas gerações, era de que as
mulheres precisariam ser excelentes esposas e donas de casa. E elas sempre
fizeram isso muito bem!
A falta
de ambição muitas vezes está atrelada às crenças sobre o papel da mulher,
produzidas pela nossa sociedade e por elas mesmas.
Mesmo
considerando todos os contratempos, o caminho é longo, mas já podemos comemorar
os primeiros passos com êxito! Em pesquisas comportamentais sobre
produtividade, por exemplo, não se encontram razões lógicas para a diferenciação
entre homens e mulheres.
Não
existe qualquer diferença consistente entre homens e mulheres quanto às
habilidades de resolução de problemas, capacidade de análise, espírito
competitivo, motivação, sociabilidade ou capacidade de aprendizagem.
Não existem diferenças dignas de nota entre
homens e mulheres no que se refere à produtividade no trabalho.
Portanto, mãos à obra! Para galgar bons postos
de trabalho nas empresas é necessário comprometimento, dedicação e foco.
Características que nós mulheres temos de sobra e se bem trabalhadas só tendem
a trazer bons resultados!
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