Tudo que o ser humano engendrou com o seu cérebro acorrentado ao
materialismo, sem a participação da intuição, acabou sendo desvirtuado. Agora,
com desconfiança e arrogância, ele segue o seu caminho sem consideração pelo
próximo. Se as pessoas conhecessem o significado da vida e o funcionamento das
leis do Criador, então se prostrariam diante da grandeza do Amor do Altíssimo e
teriam compaixão e consideração uns com os outros, haveria paz, progresso e
felicidade no mundo.
O homem é o cérebro, a mulher o coração mais intuitivo e
generoso. Quando o coração fica insensível, o cérebro embrutece e o mundo perde
a paz e a alegria de viver. A intuição tem toda a importância na vida, pois
ela, como guia, sabe das coisas. Ela é captada através do plexo solar,
encaminhada pela rede de nervos para o cerebelo, processada e enviada para o
cérebro frontal para fazer análises, ajustes e para a tomada de decisão, mas
lamentavelmente grande parcela da humanidade não a ouve mais.
Sem a intuição, as pessoas tomam decisões a esmo, sem o devido
cuidado e ponderação; tornam-se indolentes, amortecendo a capacidade de fazer
escolhas de caminhos na vida partindo do impulso interior, caindo na
negligência, agindo de forma automática quando acolhem estímulos vindos de
fora. Assim, muitas coisas no mundo estão assumindo aspecto de aspereza.
Atualmente, os mais importantes impulsos vêm do dinheiro, em
seguida há o impulso do sexo e da vaidade que provocam algum movimento
contrariando um pouco a letargia dominante, mas sem a mínima harmonia. Com tais
impulsos comandando a vontade, o ser humano vai se tornando mesquinho, passando
a olhar a tudo e a todos com ar de superioridade, julgando-se melhor que os
outros e, ao mesmo tempo, com a repugnante inveja e cobiça que não
produz nada de bom para os relacionamentos.
A ânsia por acumular dinheiro e poder foi gerando o tipo de vida
que estamos vivendo. Faltam acordos que possibilitem o equilíbrio entre os países,
pois enquanto uns produzem para exportar, outros usam o dinheiro acumulado para
financiar, mas muitos caem na dependência e precarização. Faltam estadistas
capacitados e população mais consciente e ativa para impulsionar a economia e o
progresso. Os países precisam de consistência na atividade econômica interna
que não implique no aumento dos déficits externos e principalmente, que
mantenha o endividamento público sob controle estrito, pois uma vez enredados
nos financiamentos fica muito difícil recuperar a estabilidade.
Nas últimas décadas, os governantes no Brasil deram ênfase
prioritária ao aspecto econômico. Mas como pagar as dívidas contraídas de forma
irresponsável e cujos montantes foram malversados e mal aplicados? Deixaram de
lado a sua tarefa principal de dar o adequado preparo para as novas gerações
para assegurar um futuro condigno, em consequência disso vamos rolando para
baixo na escala da qualidade humana.
Há todo um conjunto de fatores que promovem desânimo e
indolência. Falta a cultura do trabalho, de fazer bem feito, seguindo a lei do
movimento e de ter condições de dar sustento à família, seguindo a lei do
equilíbrio. Isso se aplica também aos governantes e empresas vencedoras de
licitações. Tratam o Brasil e sua população como se fosse uma colônia para ser
predada e posta para dormitar para não se tornar independente.
Os agentes internos precisam de condições para expandir a
indústria e a agricultura, e consequentemente promover o crescimento do mercado
interno e do comércio, dando nova disposição à população para agir, buscando
fazer sempre o melhor. Para colocar as engrenagens em movimento, os indivíduos
têm de fortalecer a vontade própria procedente da intuição para assim construir
uma vida voltada para o bem geral.
Comente este artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário