O fundamental é ressaltar que não há uma prevenção efetiva e a neuralgia do trigêmeo pode aparecer sem prévio aviso.
Conhecida também como a ‘pior dor do mundo’, a neuralgia do trigêmeo consiste em choques agudos na face que geram crises que podem durar de segundos até 30 minutos, mas podem repetir-se de maneira consecutiva até por semanas. É possível também que a dor ocorra apenas uma vez e nunca mais retorne, porém, qualquer caso deve ter acompanhamento médico.
Após uma crise, o indivíduo não fica com sequelas, porém suas dores constantes e incapacitantes causam uma piora significativa na sua qualidade de vida.
O nervo trigêmeo, além de ser responsável pela sensibilidade da face, também inerva a musculatura da mastigação, responsável pelo movimento de abertura e fechamento da boca. Entretanto, esta função, em geral, não é afetada na neuralgia do trigêmeo, apesar da dor poder causar a sensação de assimetria do rosto.
Entre as causas da doença estão a compressão do nervo trigêmeo por artérias ou veias na sua saída do tronco encefálico, perda da capa que o recobre o nervo ou mielina, ou até mesmo lesões dentárias tratadas em que houve manipulação da raiz do dente. Também pode ser causada por doenças do sistema nervoso central, como a esclerose múltipla e o derrame no tronco encefálico.
Depois de desencadeado o distúrbio, quaisquer estímulos, inócuos ou dolorosos, são capazes de gerar as crises.
Seu tratamento inicial inclui o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que apresentam uma boa resposta em até 60% dos pacientes. Em casos mais complexos, sem melhora com medicação, deve ser avaliada a possibilidade de intervenção cirúrgica, que pode ser realizada de diversas maneiras a ser julgada pelo médico que faz o acompanhamento do paciente.
A dor insuportável associada à falta de conhecimento sobre o distúrbio pode levar uma pessoa a confundi-la com os sintomas de um AVC ou da ruptura de um aneurisma, gerando desespero na vítima e familiares.
Dessa maneira, faz-se necessário a conscientização da sociedade a respeito da doença, que, infelizmente, não tem uma prevenção, mas deve ser diagnosticada de maneira precoce por um médico especialista para orientação adequada do tratamento.
Eloy Rusafa.
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