sábado, 6 de junho de 2015

Fim do regime semiaberto

Um interessante documento organizado pelo Movimento #PazNovoHamburgo e pela ONG Brasil Sem Grades, com o objetivo de trazer maior tranquilidade ao povo, considerando os altos índices de criminalidade no País, será entregue, na próxima terça-feira, em Brasília. O documento reivindica a extinção do regime semiaberto,  que oportuniza a rápida volta do criminoso ao convívio da sociedade, para praticar novos crimes.
Levantamento realizado adianta que, dentro desse regime, cerca de três a quatro mil detentos fogem das instituições carcerárias no País, “o que quer dizer que, se entre janeiro e outubro deste ano forem presas mil pessoas, apenas 150 continuarão atrás das grades, enquanto as outras 850 estarão novamente nas ruas, praticando crimes”.
Segundo a coordenadora do movimento #PazNovoHamburgo, Andrea Schneider, “com a proposta, acredita-se que a sociedade estará mais segura, com menos criminosos nas ruas e satisfeita com a resposta firme à impunidade, e a pena, de fato, cumprirá seu objetivo de responsabilização pelo ato ilícito, tempo de reeducação e oportunidade ao convívio social, de acordo com o mérito. 
Além disso, há benefícios na estrutura prisional, pois, sem a saída de presos para o trabalho externo, a fiscalização quanto às revistas e cartas de emprego é desnecessária e o número de objetos proibidos que entram nos presídios é reduzido.
 Por fim, a atuação das facções criminosas nas comunidades deve diminuir, já que esses presos deixam de estarem inseridos na população".
Outro dado importante, que poderia ser acrescentado a essa ideia, diz respeito às penas impostas a menores implicados em crimes de homícidio e outros, que são recolhidos a instituições para menores e que, ao completarem 18 anos, têm a ficha criminal zerada.
Projeto de Lei em tramitação no Congresso salienta proposta para que os menores enquadrados em crimes de maior violência não tenham suas fichas zeradas ao completar a maior idade. Com isso, levariam o peso dos processos anteriores para, então, cumprirem pena em carceragem comum.
Acreditamos que essas duas teses unidas podem, realmente, oferecer uma resposta positiva ao povo que, hoje, infelizmente, torna-se detento dentro da própria casa, totalmente cercada de grades e sistemas de alarme. 
Enquanto isso, o marginal perambula, pela noite, armado e sentindo-se dono das ruas.

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