Um
interessante documento organizado pelo Movimento #PazNovoHamburgo e pela ONG
Brasil Sem Grades, com o objetivo de trazer maior tranquilidade ao povo,
considerando os altos índices de criminalidade no País, será entregue, na
próxima terça-feira, em Brasília. O documento reivindica a extinção do regime
semiaberto, que oportuniza a rápida volta do criminoso ao convívio da
sociedade, para praticar novos crimes.
Levantamento
realizado adianta que, dentro desse regime, cerca de três a quatro mil detentos
fogem das instituições carcerárias no País, “o que quer dizer que, se entre
janeiro e outubro deste ano forem presas mil pessoas, apenas 150 continuarão
atrás das grades, enquanto as outras 850 estarão novamente nas ruas, praticando
crimes”.
Segundo
a coordenadora do movimento #PazNovoHamburgo, Andrea Schneider, “com a
proposta, acredita-se que a sociedade estará mais segura, com menos criminosos
nas ruas e satisfeita com a resposta firme à impunidade, e a pena, de fato,
cumprirá seu objetivo de responsabilização pelo ato ilícito, tempo de
reeducação e oportunidade ao convívio social, de acordo com o mérito.
Além
disso, há benefícios na estrutura prisional, pois, sem a saída de presos para o
trabalho externo, a fiscalização quanto às revistas e cartas de emprego é
desnecessária e o número de objetos proibidos que entram nos presídios é
reduzido.
Por fim, a atuação das facções criminosas nas comunidades deve
diminuir, já que esses presos deixam de estarem inseridos na população".
Outro
dado importante, que poderia ser acrescentado a essa ideia, diz respeito às
penas impostas a menores implicados em crimes de homícidio e outros, que são
recolhidos a instituições para menores e que, ao completarem 18 anos, têm a
ficha criminal zerada.
Projeto
de Lei em tramitação no Congresso salienta proposta para que os menores
enquadrados em crimes de maior violência não tenham suas fichas zeradas ao
completar a maior idade. Com isso, levariam o peso dos processos anteriores
para, então, cumprirem pena em carceragem comum.
Acreditamos
que essas duas teses unidas podem, realmente, oferecer uma resposta positiva ao
povo que, hoje, infelizmente, torna-se detento dentro da própria casa,
totalmente cercada de grades e sistemas de alarme.
Enquanto isso, o marginal
perambula, pela noite, armado e sentindo-se dono das ruas.
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