Diante de um que só se cenário econômico agrava
e com poucas perspectivas a curto prazo, diante de escândalos de corrupção sem
precedentes na história do país e de governos que não demonstram capacidade
para reverter um momento tão ruim, é normal esperar que a população esteja
quase sem entusiasmo.
Pois esse pessimismo foi medido
recentemente pelo Ibope Inteligência, que fez a seguinte pergunta aos
brasileiros: Como você se sente atualmente em relação ao futuro do país? A
resposta apontou o seguinte resultado: 48% disseram que estão pessimistas, 21%
otimistas e 28% não estão nem otimistas, nem pessimistas. Do total, 2% não
souberam ou preferiram não responder ao questionamento.
Os entrevistados também foram sabatinados
quanto às áreas nas quais o Brasil tem os maiores problemas. A saúde aparece em
primeiro lugar, quando somadas as três principais menções, com 61% das
citações. Na sequência apareceram segurança/violência (37%), drogas (35%),
educação (34%) e combate à corrupção (27%).
De acordo com o Ibope Inteligência, a
pesquisa mostrou ainda que a maioria da população não sabe qual é o atual
índice de inflação no país, embora ela já tenha superado a meta estabelecida
pelo governo federal e não pare de aumentar. Ao serem questionados, 35%
declararam que não sabem ou preferem não responder, cerca de dois entrevistados
em cada dez (19%) disseram que é maior do que 12%, essa mesma proporção (18%)
afirmaram que o índice está entre 9% e 12% e 4% mencionaram que a inflação é
menor que 4%. Um quarto dos brasileiros (25%) citou que o índice está entre 4%
e 8%, respondendo de acordo com o cenário atual, que é de um IPCA (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de 4,56% até abril.
Sobre a taxa de desemprego, a maioria
desconhece a atual taxa do país, que foi de 6,4% em abril. Apenas 15% dos
entrevistados citaram que ele está entre 4% e 8%, enquanto 27% disseram que é
maior do que 12%; dois em cada dez (20%) mencionaram que está entre 9% e 12% e
apenas 3% disseram ser menor do que 4%. E 35% que não souberam ou preferiram
não responder.
Outro ponto interessante foi a pergunta
referente às notícias do cenário atual. Se acham que os veículos de comunicação
podem ter alguma influência no sentimento de pessimismo dos brasileiros.
Chegaram a 41% os que acham que a imprensa mostra uma situação econômica mais
negativa do que o próprio entrevistado percebe no seu dia a dia, contra 28% que
discordam dessa posição.
A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e
18 de maio de 2015. Foram ouvidas 2.002 pessoas de 16 anos ou mais, em 141
municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para
menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
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