Pesquisando sobre o peso que o fator liderança tem
no gerenciamento de mudança, percebi como é grande a quantidade de conteúdo
gerado para esse tema. Isso é fantástico, visto que, liderança é um tema
vital para o ambiente de negócios. Um chefe pode entregar um bom resultado, mas
somente um líder pode entregar um resultado e construir um time, uma equipe que
vai dar continuidade a entrega de valor que gerou o resultado, perpetuando
assim, o bom desempenho da organização.
Liderar, envolver as pessoas em prol de um objetivo
comum que vai ao encontro da estratégia da organização, passa por identificar
as pessoas certas para as atribuições certas, e na maioria das vezes que isso é
feito sem o pleno conhecimento do processo, os resultados não são plenos. Só
temos capacidade concreta de afirmar que a pessoa é apropriada para a tarefa
quando entendemos de forma clara as atividades a serem executadas, as regras do
negócio para sua execução, o fluxo de informações e tarefas as partes
interessadas e, os diversos papéis e sua interação no processo.
Tudo isso só é possível a partir do momento em que
passo a conhecer verdadeiramente os processos de negócio. O objetivo de uma
modelagem de processos, ou seja, criar um modelo do processo de negócio que ocorre
na prática possibilitando conhecê-lo e melhora-lo é exatamente este, tornar
claro o que realmente é feito, sendo possível conhecer o perfil desejado das
pessoas que vão executá-lo.
Quando não há clareza do processo, a execução do
trabalho pode virar um fardo para as pessoas, tornando-as cada vez mais
desmotivadas e até infelizes.
Os principais sintomas para a organização são:
Demora na entrega de serviços e não atendimento de
prazos desejados;
Reclamação e insatisfação de clientes;
Custo operacional alto e a produtividade baixa;
Sensação de “muita gente e pouco resultado”;
Maior parte do tempo gasto resolvendo problemas e
não em melhorias – “efeito bombeiro”;
Sensação de perda de tempo com rotinas e ações
desnecessárias;
Mas não basta conhecer o processo. Também é preciso
controlar e transformar! O controle só pode ser obtido através de números,
indicadores do desempenho das pessoas através do processo. Os grandes
pensadores da gestão nos últimos tempos são unanimes em afirmar isso: “Não se
gerencia o que não se mede” (Deming, 1990) ou “medir é importante: o que não é
medido não é gerenciado” (Kaplan; Norton, 1997), e ainda podemos citar o Guru
Peter Drucker, “se você não pode medir, você não pode gerenciar”.
E a transformação ocorre quando modificamos o processo
de forma planejada possibilitando que as pessoas obtenham melhores resultados,
ou seja, inovando através de processos.
Conhecer a verdade sobre a operação, controlar e
transformar, permitindo encontrar as pessoas certas nos lugares certos, obtendo
resultados contínuos a partir da criação e entrega de valor para os clientes,
isso é liderar POR processos.
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