O governo divide seu tempo entre a obrigação
de promover o ajuste econômico (onde optou por aumentar impostos em vez de
diminuir gastos) e o interesse de tentar salvar o mandato da presidente da
República, ameaçada pelo “impeachment”. O balcão de negócios instalado nos
escaninhos do poder é inacreditável e destruidor da imagem da classe política
junto à população.
O sentimento que sobra ao cidadão
comum é de viver num País que vai como um barco à deriva, onde, apesar das
ações da Justiça, que tem levado à prisão figuras cuja punição era
inimaginável, pouco se faz para a solução dos problemas e o retorno à
normalidade.
Vivencia-se, por exemplo, a medição de
forças entre as correntes do Congresso, onde muitos parlamentares são alvos de
denúncias iguais aquelas que têm a obrigação de apurar em relação a membros e
agregados do Executivo. As correntes políticas fazem proselitismo e chegam a
convocar seus “bate-paus” para manifestações de apoio ou repúdio àquilo que
pensam.
Enquanto eles discutem, o País sangra. Os
chefes de família perdem o emprego, as empresas deixam de produzir e até o
governo arrecada menos impostos, pois cai a atividade econômica.
A União, os estados e os municípios, em
consequência, operam com déficit e têm dificuldade para saldar suas dívidas.
Precisamos, com toda urgência,
resgatar o Brasil. É impatriótico a classe política se perder em debates e (o
pior) conchavos, enquanto a população sofre. É necessário decidir urgentemente
se haverá ou não “impeachment” e se o governo tem representatividade e força
para continuar. A incerteza e a protelação são piores do que qualquer das
decisões, mesmo que a decisão adotada não seja a melhor...
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