sábado, 31 de outubro de 2015

O Brasil e a (falta de) decisão



O governo divide seu tempo entre a obrigação de promover o ajuste econômico (onde optou por aumentar impostos em vez de diminuir gastos) e o interesse de tentar salvar o mandato da presidente da República, ameaçada pelo “impeachment”. O balcão de negócios instalado nos escaninhos do poder é inacreditável e destruidor da imagem da classe política junto à população.
 O sentimento que sobra ao cidadão comum é de viver num País que vai como um barco à deriva, onde, apesar das ações da Justiça, que tem levado à prisão figuras cuja punição era inimaginável, pouco se faz para a solução dos problemas e o retorno à normalidade.
Vivencia-se, por exemplo, a medição de forças entre as correntes do Congresso, onde muitos parlamentares são alvos de denúncias iguais aquelas que têm a obrigação de apurar em relação a membros e agregados do Executivo. As correntes políticas fazem proselitismo e chegam a convocar seus “bate-paus” para manifestações de apoio ou repúdio àquilo que pensam.
Enquanto eles discutem, o País sangra. Os chefes de família perdem o emprego, as empresas deixam de produzir e até o governo arrecada menos impostos, pois cai a atividade econômica.
A União, os estados e os municípios, em consequência, operam com déficit e têm dificuldade para saldar suas dívidas.  
 Precisamos, com toda urgência, resgatar o Brasil. É impatriótico a classe política se perder em debates e (o pior) conchavos, enquanto a população sofre. É necessário decidir urgentemente se haverá ou não “impeachment” e se o governo tem representatividade e força para continuar. A incerteza e a protelação são piores do que qualquer das decisões, mesmo que a decisão adotada não seja a melhor...
Comente este artigo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário