sábado, 10 de outubro de 2015

Como lidar com o medo das crianças



O medo é uma emoção básica do ser humano. Ele é que garante que não coloquemos nossa mão na boca de um leão quando vamos visitar um zoológico. Portanto, quando esse medo é intenso, na maioria das vezes, atrapalha, pois deixamos de fazer muitas coisas por conta dele.

Se temos um medo excessivo ou se nos preocupamos muito com determinada situação, é porque aprendemos, de alguma forma, com o meio no qual fomos criados. Mas isso é outra história, pois não podemos mudar nosso passado. Não temos como mudar tudo o que vivemos até aqui. Porém, podemos fazer diferente daqui em diante.

Podemos identificar nossos medos e nossas preocupações e tentar cuidar com mais carinho delas, ou seja, falarmos dela, tirarmos um tempo para sentir o porquê sentimos medo e pensarmos no número de vezes que nos preocupamos e não aconteceu aquilo que profetizamos.

Se você é mãe, pai, educador, enfim, lida com crianças, é preciso ficar atento, pois, assim como você, elas também têm seus medos e preocupações e se elas se queixam é porque, de fato, sentem. Então, pensei e escrevi aqui algumas dicas para ajudá-los:

1. É muito importante que haja a escuta dessa criança. Permita que ela expresse e fale sobre seus medos;

2. Tente saber o que lhe assusta. Mostre que se importa com o que ela traz e não diga frases do tipo: “não é nada”, “deixe de ser bobo” ou coisas do gênero;

3. Transmita-lhe carinho, afeto, proteção e confiança, acolha a criança, olhando para ela enquanto ela fala. O acolhimento, de forma geral, nutre a confiança da criança, fazendo com que ela sinta que pode contar com esse adulto. Agindo dessa forma, ela passará a se sentir mais segura de si e com a autoestima mais elevada


4. Estimule a criança a expressar seus medos sem se sentir ridícula e com vergonha. Para isso, é necessário que aceite os medos como reais. Conte a ela, por exemplo, das vezes que também sentiste medo quando era criança. Deixe sua criança interna falar sobre os medos que também sentia;

5. Enfrente o problema com a criança. Ela conta com o adulto para ajudar a superá-lo, quando não é capaz de fazer algo sozinha. Tente fazer com que ela possa comprovar que não é nada demais aquilo que imaginou ser “um bicho de sete cabeças”;


6. O lúdico, para a criança, é fundamental e não seria diferente em se tratando de medo. Brinque com ela. Se o medo for de escuro, brinque de pata cega, de esconde-esconde e, posteriormente, comente o fato, mostrando que ela esteve no escuro e somente o que aconteceu foi a diversão. Fale frase do tipo: “Fulano, tu te deu conta que entrou no quarto escuro e nada de ruim aconteceu?” ou “Como foi entrar naquele lugar que estava escuro?” Isso ajudará a criança a se dar conta de sua capacidade de vencer sua ansiedade. Se o receio da criança for de experimentar situações novas por medo do fracasso, deixe-a experienciar situações menos estressantes. Por exemplo: se o medo for de iniciar uma atividade nova, permita-se acompanhar o pequeno, sem que ele esteja exposto diretamente. Observe seus sinais físicos e deixe ele falar sobre o que sente, se o mesmo demonstrar necessidade;

7. Elogie o esforço, o êxito e a valentia da criança, quando ela conquistar alguma vitória diante do medo. Desta forma, estará animando-a e dando-lhe mais confiança;


8. Deve sempre se dizer a verdade à criança. Às vezes, é o desconhecido e a falta de informação o que provoca os temores nela.

 Acredite no potencial do seu pequeno e acredite, também, que és capaz de ajudá-lo sem se misturar com a ansiedade dele.


Comente este artigo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário