domingo, 11 de outubro de 2015

Origem ao bem


Os Luminares da humanidade

Há quem afirme que Jesus tenha haurido conhecimentos na seita dos essênios pelo simples fato de a  haver  conhecido e pela semelhança, em alguns aspectos, dos princípios essênios com os ensinamentos do Cristo. A ideia cristã foi pressentida muitos séculos antes de Jesus e dos essênios, tendo por principais precursores Sócrates e Platão.
Jesus, governador espiritual do Planeta – que presidiu a sua formação- acompanhava e acompanha o processo evolutivo do orbe, já trazia em si mesmo o alfa e o ômega de todo o  processo filosófico, organizador e condutor de todas as civilizações planetárias.
Seus enviados, em várias épocas da história da Terra, trouxeram suas luzes para o conforto e orientação da humanidade perdida e rebelde. Deixaram suas contribuições. Estas permeiam  os compêndios filosóficos doutrinários de todos os tempos e de todos os povos, através dos séculos.
 Os registros, orais na maioria dos casos, foram passando de geração a geração, até que em determinado ponto da história da humanidade  houve  compilações desses  ensinamentos que hoje conhecemos sob a veste dos mais variados ensaios filosóficos.
Reportemos-nos apenas a um desses luminares da humanidade: Sócrates.
Como o Cristo, Sócrates nada escreveu ou nenhum escrito deixou. E também, como ele, combateu os preceitos religiosos, colocou a virtude acima da hipocrisia, e teve a morte dos criminosos.
Alguém dirá que não  pode haver paridade entre a doutrina de um pagão e a do Cristo, mas Allan Kardec afirma no quarto tomo da introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo: Sócrates e Platão – que a doutrina de Sócrates não era pagã, pois objetivava combater o paganismo.
Veja alguns desses tópicos, que você poderá buscar na íntegra, na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo. A obra kardequiana, que abarca os preceitos morais de todas as filosofias religiosas, sem ferir a nenhuma delas, baseando-se em Sócrates e Platão, os precursores do Cristianismo, nos diz:
O homem é uma alma encarnada. Antes de sua encarnação existia, unida aos tipos primordiais, às ideias do verdadeiro , do bem e do belo; separa-se deles encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
Enquanto tivermos o nosso corpo e a alma se achar mergulhada nessa corrupção, nunca possuiremos o objeto de nossos desejos: a verdade.
Libertos da loucura do corpo, conversaremos com homens igualmente libertos e conheceremos, por nós mesmos, a essência das coisas.
A alma impura, nesse estado, se encontra oprimida e se vê , de novo, arrastada para o mundo visível, pelo horror do que é invisível e imaterial.
Se a alma é imaterial, tem de passar, após essa vida, a um mundo igualmente invisível e imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta à matéria.
Importa distinguir bem a alma pura, verdadeiramente imaterial, que se alimente, como Deus, de ciência e pensamentos, da alma mais ou menos maculada de impurezas materiais, que a impedem de elevar-se para o divino e a retém nos lugares da sua estada na terra.
Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres do corpo , da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma, não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá aguardar, tranquilamente, a hora da sua partida para o outro mundo.
O corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Dá-se o mesmo com a alma.   Quando despida do corpo, ela guarda os traços do seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua vida. Assim, a maior desgraça que pode acontecer ao homem é ir para o outro mundo com a alma carregada de crimes.
É pelos frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz; qualificá-la de má, quando deles provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem.
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