Vivemos
em tempos conturbados, ninguém duvida. Valores de vida essenciais vão
gradativamente sendo jogados ao lixo, por uma sociedade de consumo que venera a
banalização, vulgaridade e violência. Estranho mundo este, onde o correto
torna-se entedioso. Onde o respeito, a compreensão, o amor e a gratidão parecem
desaparecer no tormento da radicalização diária. Muita fúria, muito ódio, pouca
harmonia e paz.
Nestes
momentos onde a corrupção generalizada e a crise de representatividade assola a
Nação, multidões saindo às ruas protestando, uma notícia pode ser emblemática
no meio deste furacão da decadência. Despercebida ou não, foi noticiado na
imprensa nacional: “Homem é acusado de torturar adolescente deficiente no Rio”.
Explicando melhor, com perplexidade, um homem de 27 anos de idade foi detido em
flagrante por torturar um menino de 13 anos, com síndrome degenerativa.
Nos
jornais, muitas páginas destinadas ao desvio de recursos públicos repugnam o
País, que pede cadeia para os ladrões. Entre tantos argumentos prós e contras
para o petrolão, impeachment e golpe, talvez reste pouco tempo para analisar a
conduta sobre o que leva a um homem a espancar um menino deficiente físico
cadeirante. Desculpem, eu assisti as imagens no programa Fantástico de domingo.
Permitam-me: Meu Deus do Céu, o que está acontecendo com a humanidade!? O que
leva um ser humano a praticar atos monstruosos, sem nenhuma compaixão, como
estes constantemente exibidos em rede nacional?
Mais
difícil ainda é assimilar que a barbárie no mundo torna-se corriqueira. De tão
repetitiva, já não nos surpreende. Errado! Acostumar-nos com a ideia de uma
humanidade primitiva que parece viver às cegas, não pode mais ser tolerado. A
este monstro no Rio de Janeiro, como a outros tantos que torturam seres indefesos
no Brasil e mundo afora, meu mais profundo sentimento de indignação, e votos de
que a justiça seja implacável.
Como
tantos, desejo viver em um mundo mais humano e, de preferência, sem nenhuma
crueldade. Inatingível? Não importa. Enquanto houver vida deve haver esperança.
No momento em que abandonarmos a convivência, a equidade e a justiça, estaremos
riscando as palavras do Barão de Montesquieu, “a injustiça que se faz a um é
uma ameaça que se faz a todos”.
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