Se tem
uma tragédia inominável em tamanho, destruição, desagregação social e familiar
se chama uso crescente de drogas ilícitas. Veja bem que me referi ao uso e não
existência delas. Digo nestes termos porque para mim elas podem existir aos
quilos, aos borbotões , às toneladas que não me farão diferença. A
questão está em usá-las ou não usá-las. Igualzinho a coexistência do bem
e do mal. Ambos estão sempre à nossa espreita. O resultado e efeitos serão de
que lado eu fico. É simples e ponto final. Nesta questão, as famílias têm um
papel decisivo. Situação análoga ao encontro da presa com o predador. Os pais
devem sempre proteger as suas crias. Eu protejo as minhas, porque as feras do
tráfico estão soltas por aí.
Aqui
neste ponto é que moram o risco e todos os perigos para o animal humano.
Resultados e efeitos e lados do mal. Dilemas e opções que a princípio parecem
não ter incógnitas X ou Y para soluções. Clareza meridiana! Será? Aqui entram o
busílis, o nó górdio, o quid nessa encruzilhada da vida, porque o diabo e toda
a personalização do mal têm os seus truques, os seus enganos e engodos. O mundo
do crime se equipara ao éden, onde se encontrava o casal adâmico, tudo em paz,
bonitinho. Aí chega a serpente, toda cheia de boas intenções e todos sabem o
final da história.
Não
seriam dilemas nem encruzilhadas da vida se toda pessoa nascesse pronta e
ciente das armadilhas e chamariscos da maldade. Alguém, algum leitor conhece
algum drogadito, algum traficante, ou outro toxicômano ou delinquente que se
iniciou depois dos 40 anos? Eu conheço raros casos. Conto-os nos dedos de uma
única mão. São lembranças de exceção! As crianças, os adolescentes e jovens de
baixa idade, são as presas mais vulneráveis. Eles estão na base dessa
destruidora pirâmide do consumo e dos futuros traficantes das malditas e
diabólicas drogas. Uma epidemia gigantesca cujo recrudescimento e
adeptos de mais e mais adictos não têm limites.
É de
fácil compreensão que o crescente consumo de toda forma de substâncias de
efeitos psicotrópicos ou alucinógenos têm em sua origem múltiplos fatores.
Dentre esses podemos destacar a desestruturação moral e educacional das
famílias.
A
criação permissiva e frouxa dos filhos tem sido uma tônica da modernidade, dos
chamados tempos digitais e da vida virtual, que de virtude não tem nada. No
mundo e submundo da Internet tudo resvala para um outro mundo com
comportamentos e atitudes sem regras e sem limites.
O
pensamento até de muitos pais e pedagogos voltou a ser aquele da época dos
hippies e da rebeldia. Qual era o lema deles? É proibido proibir. Hoje vemos
até psicólogos e educadores entrarem neste barco furado à deriva. Até criadores
e defensores dos propalados direitos humanos têm navegado nesta onda do
liberalismo sem regras. Muitos outros fatores entram nesta que não mais é mais
uma hecatombe, mas uma catástrofe com milhões de vítimas. Pudera! Quem dera
fosse apenas cem (hecatombe, era o sacrifício de cem bois aos deuses do olimpo,
mitologia grega)! Mas, não. Só no Brasil temos mais de dois milhões de usuários
de crack. Atenção para esse numero! Não disse mil.
Dois
milhões de usuários de crack. Repiso de novo a cifra, dois milhões, apenas de
usuários de uma das mais devastadoras drogas. Um dos produtos da pasta
base de cocaína. Agora imagine o universo dos adictos de maconha, de
cocaína, de merla, de cola de sapateiro, de morfina, de álcool, de
psicotrópicos de uso médico! Trata-se de uma devastação, um aniquilamento de
uma juventude, das famílias, de toda uma sociedade. Está surgindo um legião de
pessoas dementes, de psicopatas, de retardados mentais, de zumbis; legião
esta fabricada por toneladas de drogas.
Que
outros fatores estão na base de tão pavorosa e hedionda pandemia de drogaditos?
Pobreza, exclusão social, educação de baixa qualidade, desemprego, políticas
demagógicas, código penal arcaico, leis e legislação antidrogas brandas para
com os narcotraficantes; leis permissivas com os usuários. E não se trata,
fazendo justiça, de culpa apenas de nossos legisladores do congresso, mas de
nossos sapientes e intocáveis juízes de nosso excelso STF, o supremo
fiscal e atalaia das leis (nosso egrégio STF), revisor dos atos e
decisões dos políticos e dos governos como um todo (no caso Brasil um governo
tolo e atolado em desmandos e corrupção). Enfim, quero pontuar alguns
disparates e esquisitices de quem nos governa (tempos de PT) e de quem é tido
como oficial guardião de nossa constituição e das leis. Para o supremo,
marcha da maconha, propaganda e consumo (usuário) de drogas são normais.
O Congresso deverá criar um monstro (legalização de uso de drogas) e o STF
endossar. Tudo legal. Ainda não definiram o quanto em gramas o indivíduo pode
portar de cocaína para consumo. Umas 50 gramas, 100 gramas? Não se sabe ainda.
Esses
dias foi apreendida uma carga de 10 toneladas de maconha. É muito, trata-se de
tráfico. Imagine se o congresso definir como 50 gramas o limite máximo de
cocaína por brasileiro como usuário. Não seria absurdo para consumo individual.
O indivíduo pode portar quantas garrafas ele suportar de cachaça, uísque,
vodka; por que não umas 50 graminhas de maconha, cocaína, ou crack?
Está dentro de uma razoabilidade consumista . Multipliquemos então 200
milhões( população brasileira) x 50 gramas por usuário = 10.000 toneladas de
cada droga , estocadas no Brasil. Repito a cifra, dez milhões de kg que os
brasileiros poderão carregar como usuários . Pergunta infantil: de quem os
viciados irão comprar os baseados para consumo? Cair do céu como maná não
vai. Se tem permissão de uso tem traficantes . Juntando todas as pontas, drogas
+ usuários + traficantes.. Estamos perdidos ou não?
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