Todo
mundo já ouviu alguma história de gênios que foram subestimados antes de
alcançarem o reconhecimento pelo seu talento. Acho que o caso mais conhecido é
do Albert Einstein. Quando criança era um aluno mediano no máximo e não
conseguia acompanhar algumas grades na escola. Henry Ford, que popularizou os
automóveis no início do século XX também não recebia muitas apostas dos seus
próximos, já que declarou falência cinco vezes antes de se tornar bem-sucedido.
Mais
recentemente, os criadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, não obtiveram
apoio do Yahoo no início da carreira, pois acreditavam que a ideia do site de
busca não era muito interessante. Todos esses casos mostram que talentos podem
ser desenvolvidos a partir de oportunidades. É preciso saber reconhecê-los e,
no âmbito corporativo, oferecer suporte e ferramenta que os impulsione a se
desenvolverem para assumir novos desafios.
Independente
do cargo assumido na empresa, cada pessoa leva um tempo para se adaptar às suas
funções e começar a ser despertado para novos desafios. Isso porque nosso sistema
cognitivo demanda certo tempo para se acostumar com o ambiente e às novas
relações estabelecidas no local. Devemos considerar também que cada pessoa tem
uma bagagem de vida e experiências pessoais que contribuem, positivamente ou
não, para a aceitação de novos cenários.
É claro
que existem pessoas com o dom de propor soluções e lidar com transformações com
maior facilidade, mas nem todas são assim, e por isso, as organizações precisam
saber prepará-las corretamente.
Com o
desenvolvimento rápido dos mercados, estamos promovendo profissionais jovens
para posições chave e para cargos de liderança. Estão preparados? Muitas vezes
não. Então a questão é: seria possível gerenciar e estimular o processo de
aceleração destes profissionais? Reduzir o tempo de preparação e deixa-los mais
“aptos” aos seus desafios? Nós acreditamos que sim.
Primeiro,
é preciso salientar que a empresa necessita compreender que “promover” não é
por si só suficiente. O encantamento por ter “subido” na carreira rapidamente
se dilui diante da frustração e sentimento de “incapacidade” que este líder
sentirá por não conseguir entregar o que é esperado. É um processo de mudança!
Com o
novo desafio, em muitos casos, surgirá a necessidade de desenvolvimento e
qualificação. Existem inúmeras formas de fazê-lo: a vivência, o “learning on de
job” é uma das mais poderosas. Mas, como já dito, o tempo disponível para o
aprendizado e a necessidade de resultados que a empresa possui, podem ser
incompatíveis.
A
aceleração é uma resposta poderosa para estes casos. E temos consciência que
passar um cronograma de tarefas e explicar os procedimentos em um dia poderá,
em muitos casos, ser absolutamente insuficiente.
Como é
feita a aceleração?
Como
seu nome sugere, o profissional fará parte de um programa, em que será exposto
a situações que no dia-a-dia que demoraria a vivenciar no curso natural da vida
e, estaria sujeito no mínimo à velocidade da rotina e a aleatoriedade dos
acontecimentos.
Expor
de forma gerenciada e planejada, testar e simular, dar suporte, acompanhar de
perto de forma orientada e focada e corrigir, poderá ser valioso: reduz o
tempo, o investimento e amplia a chance de bons resultados. Estamos
falando de mais eficiência operacional e específica.
Os
programas de aceleração podem ser de caráter eminentemente técnico ou de
liderança. Para cada situação, a estrutura deverá ser específica e focada, pois
de outra forma, os resultados não virão no curto prazo.
Quando
a aceleração for eminentemente técnica, a participação de profissionais de
referência da própria empresa ajudará enormemente a reduzir a distância entre o
conhecimento organizado e tácito e a prática, sempre somado a temas de caráter
comportamental e “de base” como inter-relacionamento pessoal, comunicação e
expressão (relatórios, apresentações, etc) e várias outras.
Nos
casos de aceleração de jovens líderes, os temas abordados deverão estar todos
focados nos desafios de coordenação de equipes e, da “conformação” do seu papel
frente aos seus pares e superiores. Neste caso, profissionais experientes da
própria empresa terão um papel complementar ao programa de aceleração,
desempenhando funções de mentoring e coaching.
Para
empresas com grandes desafios o tempo não é absoluto. Será sempre relativo
(hora mais curto, hora mais longo) às suas necessidades e aos seus desafios nos
mercados cada vez mais competitivos. Não é hora de esperar. É necessário
acelerar.
Não há
porquê não fazê-lo de forma administrada e coordenada despertando o potencial
de profissionais que estão aí, ao seu lado.
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