O papel do homem nos relacionamentos conjugais

Nós homens somos realmente pegos de surpresa ao nos depararmos com uma mulher mais experiente, aliás, qual a mulher que não se amadurece primeiro que o homem? É só parar e observar, enquanto crianças, nós meninos queremos nos autoafirmar com brincadeiras de cunho competitivo, enquanto que elas, as meninas, possuem brincadeiras um pouco mais sensíveis, como o desejo de brincar de bonecas, de casinha, etc. Na puberdade, adivinhem quem atinge o amadurecimento sexual primeiro? É claro que são elas! Já nascem prontas pra isso, enquanto que nós homens ainda esperamos um grande tempo pra atingir uma maturação sexual. É claro que há exceções!!!
Não há como fugir, nós homens somos moldados à maneira delas, elas sim são forte o bastante para poder ajudar um homem na sua transformação, nós homens saímos de seres altamente animalizados para seres mais sentimentais e de certa forma sem sequer saber direito o que estava acontecendo acabamos cedendo aos caprichos femininos, mas é claro, sem perder a força masculina. Observe em sua casa, se seu pai é uma pessoa mais controlada e até mesmo mais humanizada, com certeza foi porque ele se permitiu ser influenciado por sua avó ou por sua mãe, que, talvez nos tempos de namoro entre os dois, tenha sugerido, de repente até de uma forma “agressiva”, algumas ideias para que os dois ficassem juntos, salvo aquelas relações arranjadas.
Mas o que realmente tem acontecido nos relacionamentos de hoje? Por que o aumento de separações? O que pode levar uma pessoa que está dentro de um relacionamento a procurar um relacionamento extraconjugal?
Pois bem, existem vários fatores que podem culminar em um dos fatos acima, mas vamos nos ater aqui ao papel do homem no relacionamento interpessoal. Ora, existem situações que ocorrem e que são muito óbvias, mas não as percebemos nunca ou quase nunca. Veja bem, no período em ainda éramos os “homens das cavernas”, quem saía para caçar e quem ficava em casa cuidando da prole e da harmonia do local em que viviam? Saltando um pouquinho mais à frente, na época medieval, o homem começava a se tornar um ser mais sentimental se atentando para suas emoções, mas ainda muito embrutecido, um forte guerreiro. Em meados do século XVIII, o homem já se mostra mais sentimental e ainda mais intelectualizado com o advento das grandes descobertas científicas e isso foi ótimo. Já no século XX, tivemos uma desconexão energética, onde um queria tomar o lugar do outro, uma competição desnecessária e que culminou no desarranjo social em que vivemos hoje.
Em meus atendimentos como terapeuta, percebo que alguns homens de hoje acham que têm que ser servidos quando na verdade o seu papel é de servir, acham que não podem demonstrar seus verdadeiros sentimentos para uma mulher com medo de que ela o interprete como um homem frágil, quando na verdade elas querem um homem que se expresse, mas que esteja em seu verdadeiro lugar, o de homem! Aquele que sabe servir sem se humilhar, com a força de um guerreiro, que seja seguro sem ser arrogante, que tenha um cérebro que expresse o positivo e sua real inteligência! Porque isso é afrodisíaco, que tenha a força da compreensão, mesmo sabendo que nunca irá compreender a mulher! Afinal, quem poderia entender este belo ser de “outra espécie”? Enfim, que seja somente homem!

Tiago Rodrigues do Prado é terapeuta. (www.renascersaude.com.br)

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