sexta-feira, 16 de outubro de 2009

UM CASO DE SUICÍDIO OU HOMICÍDIO?

Por isso o Direito Penal é tão atraente!


O homem que matou a si mesmo consigo próprio.

No jantar de premiação anual de ciências Forenses, em 1994, o perito
médico-legista Dr. Don Harper Mills impressionou o público com as
complicações legais de uma morte bizarra.

Aqui está a história:

Em 23 de março de 1994, o médico legista examinou o corpo de Ronald
Opus e concluiu que a causa da morte fora um tiro de espingarda na
cabeça. O Sr. Opus pulara do alto de um prédio de 10 andares,
pretendendo suicidar-se.

Ele deixou uma nota de suicídio confirmando sua intenção. Mas quando
estava caindo, passando pelo nono andar, Opus foi atingido por um tiro
de espingarda na cabeça, que o matou instantaneamente.

O que Opus não sabia era que uma rede de segurança havia sido
instalada um pouco abaixo, na altura do oitavo andar, a fim de
proteger alguns trabalhadores. Portanto, Ronald Opus não teria sido
capaz de consumar seu suicídio como pretendia.

O Dr. Mills relata que "quando uma pessoa inicia um ato de suicídio e
consegue se matar, sua morte é considerada suicídio, mesmo que o
mecanismo final da morte não tenha sido o desejado."

Mas o fato de Opus ter sido morto em plena queda, no meio de um
suicídio que não teria dado certo por causa da rede de segurança,
transformou o caso em homicídio.

O quarto do nono andar, de onde partiu o tiro assassino, era ocupado
por um casal de velhos. Eles estavam discutindo em altos gritos e o
marido ameaçava a esposa com uma espingarda. O homem estava tão
furioso que, ao apertar o gatilho, o tiro errou completamente sua
esposa, atravessando a janela e atingindo o corpo que caía.

Quando alguém tenta matar a vítima "A", mas acidentalmente mata a
vítima "B", esse alguém é culpado pelo homicídio de "B".

Quando acusado de assassinato, tanto o marido quanto a esposa foram
enfáticos, ao afirmarem que a espingarda deveria estar descarregada. O
velho disse que tinha o hábito de ameaçar sua esposa com a espingarda
descarregada durante suas discussões. Ele jamais tivera a intenção de
matá-la.

Portanto, o assassinato do sr. Opus parecia ter sido um acidente, ou
seja, ambos achavam que a arma estava descarregada, portanto a culpa
seria de quem carregara a arma.

A investigação descobriu uma testemunha que vira o filho do casal
carregar a espingarda um mês antes. Foi descoberto que a senhora havia
cortado a mesada do filho, e este, sabendo das brigas constantes de
seus pais, carregara a espingarda na esperança de que seu pai matasse
sua mãe. O caso passa a ser, portanto, do assassinato do Sr. Opus pelo
filho do casal. As investigações descobriram que o filho do casal era,
na verdade, Ronald Opus. Ele se encontrava frustrado por não ter até
então conseguido matar sua mãe. Por isso, em 23 de março, ele se
atirou do décimo andar do prédio onde morava, vindo a ser morto por um
tiro de espingarda quando passava pela janela do nono andar. Ronald
Opus havia efetivamente assassinado a si mesmo, por isso a polícia
encerrou o caso como suicídio.

Interessante, não?


6 comentários:

  1. E demais interessante esta matéria além de curiosa pelo fato ocorrido.
    Abraços forte

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  2. Põe interessante nisso! Nunca vi coisa igual, William...

    Bjos!

    Vivi

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  3. Enquanto gargalhava meucérebro ainda funcionava, e no fim acabei pensando na questão, pra mim, de maior relevância: o opus morreu - alguém conseguiu enterrar o opus?? :-| En-fim! rs
    Ótimo blog, bjinho!

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  4. Depois de rir muito, só posso te dizer uma coisa? Não é posssívellll! Rsrsrs!
    Bjão

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  5. ops...rs corrigindo...
    Bom Post
    Bom fds
    Abraços

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