sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A promoção da mulher

Um dia por ano é dedicado à mulher. Os meios de comunicação, todos os programas enaltecem o papel da mulher. Justas homenagens. Alguém disse: "por que só a mulher? Eu responderia: porque o homem sempre quis dominar a mulher, escravizá-la... Embora o movimento de promoção da mulher surja, em todo o mundo, como um dos acontecimentos mais importantes dos últimos tempos, ela é um elemento de dependência, ainda, do homem, especialmente na América Latina. O pai desespera-se quando descobre na filha sinais de próxima maternidade. Ainda é uma menina, não deveria fazer isto. Nenhuma palavra de condenação para o homem. A "solução". Faça o aborto. Mate a criança. Uma secreta cumplicidade os une. Somente a mulher é responsável por este fato que ele não gostaria que tivesse acontecido em sua família. Ao longo da história, o homem delimita o lugar e a função da mulher na sociedade, como se ela fosse menor e incapaz de situar-se e de descobrir e assumir a sua própria missão. O homem a aprisiona erige-se em poder absoluto, levando a mulher a submeter-se à autoridade suprema dele. Especialmente nos países pobres, analfabetos, o mundo é centrado no homem, orientado e centrado nele. Há casos em que o marido bate na esposa, a ponto de ser necessário ser criada a Delegacia da Mulher. É estranho, não é? Por que não há também a delegacia do homem? Da mesma forma como não há o dia do homem. Este já está protegido pela cultura machista. A exploração da sexualidade feminina.

Por isso há grande número de famílias incompletas, principalmente pela falta de pai. Para o povo judeu a mulher, tirada da costela do Adão, era um ser desprezível. A teologia primitiva não construía um relacionamento entre homem-mulher. O ideal do patriarcado permanece vivo até o século 19: o homem governa, a mulher executa, os filhos obedecem e a prostituição é vista como proteção necessária à monogamia. No final do século 19 fatores econômicos e sociais mudam a situação. Reconquistam aos poucos, as mulheres, seus direitos e a ONU (Organização das Nações Unidas) reclama o reconhecimento universal dos direitos humanos, assimilando assim a mulher a uma sociedade até então nitidamente masculina.

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2 comentários:

  1. Belo post, esta cultura machista tem que acabar, nós mulheres já conseguimos muitas coisas e muitas já sustentam seus lares, me diga uma coisa: O que seriam de vocês, homens, se não fossem nós mulheres? Muitos de vocês parecem que tem medo de nós, pois nos tornamos independentes em tudo, temos nosso trabalho, criamos os filhos, temos as nossas opiniões , não ficamos mais caladas, se algumas se deixam subjugar é por que ainda não conhecem a sua força. Muitas de nós ficamos grávidas quando namoramos e não casamos, a culpa é só nossa? É claro que não, pois a responsabilidade é do casal, aborto é crime e trás várias consequencias no futuro, muitas de nós que praticam este ato, quando querem engravidar não conseguem. Eu tenho um filho e não sou casada, ele queria o aborto, não fiz e o mandei ir para um pasto comer capim, quer dizer eu o chamei de asno, burro, cavalo... Ele disse que eu sou muito braba, na época eu tinha vinte anos, se ele não quis assumir, eu sim, hoje meu filho tem 24 anos, é formado em engenharia de computação, nunca me deu trabalho algum, meu maravilhoso filho é lindo, eu sou louca por ele, aliás todos os meus familiares também.

    Um abraço amigo.

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  2. Ainda tem que mudar muitos conceitos, mesmo nos países que se dizem "modernos". Quando precisamos sustentar uma casa, seja por divorcio ou viuvez, sem trabalho é impossível sobreviver. E ganhamos ainda muito menos do que um homem. Isso é lastimável.

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