Não importa se os vizinhos agem de forma semelhante. Se vários colegas do trabalho concordam entre si com certas questões. Se os parentes falam a mesma coisa. Se a história reconta o passado estimulada pelos fatos presentes. Se a mídia exibe a mesma situação repetidamente. Se a maioria faz tudo quanto faz. Conveniência?
Nada deve interessar se você não analisa criticamente cada impressão que recebe. Portanto, é um dever opor-se à opinião de terceiros sem apreciá-la primeiramente, para não tropeçar e, pior, ao cair, apontar o dedo da culpa para os outros. Boa parte da responsabilidade pessoal é fruto da consciência sobre si mesmo, admitindo que se errou ao agir inconscientemente. Aquele que não ilumina o seu caminho através da reflexão, vaga errante nas picadas escuras formadas pelos retalhos das ideias alheias. Só você é capaz de lançar compreensão sobre os pensamentos e atos com os quais convive. Seja você mesmo!
Por não ter consciência sobre o que pensa, o homem concorda com muita coisa que sequer lhe diz respeito, no intuito de, pelo menos, mostrar-se cordato com os demais de convívio. Na ausência da opinião crítica individual, resta-lhe a concordância cega do pensamento coletivo. Medo de ser rejeitado? É um tipo de compensação, ainda que despercebida, efetiva no seu propósito. Parte e todo, pois, andam morosa e empobrecidamente.
É preferível desagradar a alguns e evoluir solitariamente a manter-se preso ao atraso do grupo. Cumpre dizer, contudo, que não é pela discordância que as pessoas se separam – ela, ao contrário, aproxima aqueles que nela enxergam proveito –, mas pelo desinteresse que se instala à medida que um avança e outro fica para trás. O ser humano agrupa-se socialmente por interesses particulares que atendam necessidades e desejos próprios. Ao perder tais proveitos, dá novo direcionamento às relações, buscando inusitados horizontes, ainda que negue a importante mudança, pelo sentimento de culpa que pode imprimir pressão e pesar.
Não é simples atravessar o deserto da transformação pessoal ao separar-se das pessoas de convívio, todavia há ganhos que não apenas compensam, mas elevam o entendimento de que a evolução cobra por cada passo dado e o seu preço é mais do que justo. Interessantes personagens atraem e são atraídos, gerando renovada e oportuna roda de convivência, além do alargamento da consciência que dá testemunho, cada vez mais, dos próprios atos que, por sua vez, são fruto da reflexão e não do acaso que é par constante da inconsciência. Seja você mesmo! Seja Você Mesmo (Mas Não Seja Sempre o Mesmo).
Colaboração: Armando Neto. psicólogo
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Muito Bom. Fica com Deus.
ResponderExcluirTexto interessante, William.
ResponderExcluirBjs.
O crescimento, seja ele pessoal ou profissional, sempre desagrada alguém. Temos que usar de sabedoria para não magoar as pessoas que nos cercam.
ResponderExcluirBeijocas